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Jade Ackerman
Perdão se houver erros, estou sem tempo para reler várias vezes e sou muito desatenta. Esse é meu segundo capítulo favorito por enquanto.
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— Claro que enxergo, eu já disse para você há muito tempo — Jade revirou os olhos, o olho direito meio vermelho devido à terra.
— Você nunca diss... — Levi até tentou argumentar, mas Jade reforçou:
— Eu já disse. Posso até te fazer lembrar. Foi na primeira vez que nos reencontramos depois do que tinha acontecido com a minha mãe. Eu disse mais ou menos assim: "não sou caolha, quer ver?" Eu já ia levantar o tapa-olho, mas você disse: "não quero ver essa merda"
Levi tentou resgatar na memória sobre esse dia, e ele lembrava superficialmente. Aliás, a única coisa que ele lembrava com muira clareza foi do exato momento em que a Jade havia lhe torcido o braço na parede.
— Qual é o seu problema?! — ele perguntou com uma certa indignação depois de um tempo em silêncio. — Por que diabos eu aceitaria ver a droga do seu olho sendo que tínhamos literalmente acabado brigar?! Acha mesmo que eu aceitaria?
— Sim, no seu lugar eu aceitaria — respondeu cruzando os braços.
— Óbvio que você aceitaria, você não pensa. — Levi deu uma pausa, ele sabia não podia ficar exigindo coisas dela, afinal de contas, não são amigos de verdade. Embora que não justifica não mostrar à Isabel e Farlan. — Se você enxerga, por que diabos usa tapa-olho?
— Por estérica — respondeu, simples. — Acho bonito um tapa-olho e acho feio a cicatriz que ficou no meu olho.
— Feio? Se isso é feio... o que é bonito para você?
Jade olhou nos olhos de Levi, um sorriso enigmático.
— Prefiro não comentar. Enfim, certo dia eu tive a brilhante ideia de pedir a opinião para uma crianças sobre o meu olho... Foi a pior decisão da minha vida.. Fui humilhada, massacrada, oprimid...
— E desde quando você dá ouvidos a crianças?! — a voz do Levi trazia um tom de advertência. Nada para ele fazia sentido. Ela não fazia sentido.
— Eu não dou ouvidos para você, apenas. As crianças eu escuto sim. Elas são conhecidas pela sinceridade e, você dificilmente vai ouvir uma criança dizer alguma mentira relacionada à aparência.
— Eu também sou sincero.
— Você mente toda a hora, tá? Fica me chamando de fedorenta e sem cérebro.
— Na parte de não ter cérebro não é mentira... Eu não minto, e se eu dissesse que seu olho não é feio, não seria uma mentira.
Ela parou e olhou para Levi parecendo repentinamente envergonhada e meio sem graça. Escutá-lo dizer qualquer coisa que não fosse ácida era algo de se admirar.
