IV - 𝕼𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔

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Passagem de tempo

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O som de ganchos sendo disparados e gritos felizes de Isabel enchiam a área coberta de barro que o grupo chama de campo de treinamento. Jade estava sentada, assistindo eles treinarem, em especial uma pessoa.

Jade não lembra ao certo a partir de qual momento acabou fazendo parte do grupo deles, já que nunca aceitou nada. Muito pelo contrário, recusou diversas vezes a oferta de Isabel de juntar-se à quadrilha quando descobriu que Levi obrigava todos a limparem a casa. Ela não acharia problema nisso, na verdade, achava até justo. Entretanto, o problema era que Levi nunca estava satisfeito e sempre encontrava poeira. Bom, essa era a desculpa dela, na realidade, ela não gostava de ter Levi como líder e odiava ter que limpar a casa por obrigação.

— Não vai treinar? — Levi se aproximou de Jade e se assentou-se ao lado dela, uma distância consideravelmente longa. — Ninguém está com vontade hoje. Isabel está só brincando... Nem mesmo eu.

— Sim! Não é todo o dia que chega uma oferta de sair daqui — disse Jade direcionado o olhar para Isabel que estava conversando com Farlan, transbordando em empolgação. — Fico feliz que Isabel está feliz. Até mesmo Yan conseguiu sair daqui, com certeza com aquela infecção ele morreria logo, logo.

Um homem misterioso com um bigode fez uma proposta hoje mais cedo para Levi, consistia em: pegar um certo documento do líder da Tropa ds Exploração, nem que seja matando. E também matar um homem que era considerado o atual homem mais forte da humanidade. Em troca, ele daria a todos eles a cidadania para poder viver na Cidade Superior. Porém, como garantia o homem misterioso pegou um dos colegas de assalto de Levi e o levou para uma clínica para tratar a infecção que estava se espalhando por toda a perna do garoto. Traduzindo: um refém.

— Só espero que aquele estranho bigodudo cumpra com a palavra dele e realmente tenha levado Yan para fazer o tratamento das pernas. Não só isso, eu não quero ter que matar duas pessoas e no final acabarmos não ganhando nossa cidadania.

— Tem razão... Nossa, quem diria que logo você cresceria na vida — ela segurou o riso — de bandido para matador de aluguel.

— Mudanças extremas exigem medidas extremas. Não estou afim de passar minha eternidade aqui. E não esqueça que você é uma de nós, também é uma ladra.

— Você vai roubar lá encima? — Ela perguntou, e fez-se um silêncio, Levi parecia não acreditar no que tinha ouvido.

— Que pergunta besta! Conseguiu ser mais idiota do que você. Lá encima existem leis, diferente daqui. E também não estou afim de ver a cabeça de nenhum de vocês rolando. Quando nós quatro subirmos, deixaremos para trás esse vida.

— Então pretende trabalhar? Vai ser o quê? — ela abriu um sorriso —, Faxineiro? Combina perfeitamente com você. Eu adoria ver você uniformizado!

Com o rosto inteiramente sério, Levi ficou encarando Jade que estava com a mão sobre a boca tentando segurar o riso. Ele não estava achando graça nenhuma.

— E você vai trabalhar nos palcos, palhaça idiota. Às vezes eu me arrependo tanto de não ter acabado com você quando pude. Me pouparia de tanto estresse... — Levi colocou a mão no rosto, tentando ficar calmo, ela não conseguiria tirar sua paz em um dia tão importante — Enfim, caolha idiota, não sabemos exatamente quando iremos sair daqui, precisamos primeiro encontrar o líder da Tropa de Exploração e um outro homem. O bigodudo me entregou retratos deles, os desenhos estão realistas então creio que dá para identificar. Logo, logo te entrego. E não esqueça, caolha, quando subirmos, aja com naturalidade.

BE MINE | Levi Ackerman X OcOnde histórias criam vida. Descubra agora