Desesperada por uma oportunidade profissional sólida, Candice decidiu se reinventar... como babá? Às vezes, nos vemos em papéis que não imaginávamos, mas é nesses momentos que a vida nos reserva as maiores surpresas.
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O tempo passava e mais perto estava de rever os meninos. Minha manhã com a pequena Hope foi tranquila, lhe dei o remédio, pintamos uns desenhos, pegamos um pouco de sol enquanto comíamos frutas no jardim.
O jardineiro me olhava com desdém, ele até me falou que hoje o mordomo estava de folga e que essa não era a vestimenta certa para trabalhar, o que será que ele estava insinuando? Mas como o jardineiro era um senhor de mais idade, me repreendi mentalmente para não lhe responder devidamente.
Para mim que nunca fui muito de gostar de criança, estou até achando que estou me dando bem com a Hope. Ela continua sem conversar, o que acho estranho pois aos dois anos muitas crianças já falam! Chego a pensar que possa ser uma doença, um trauma ou medo de se expressar.
As vezes via ela olhar para as frutas e pronunciar sons baixinhos ou grunhidos.
— Essa fruta se chama, morango — ela me olhou e parecia confusa, peguei a fruta inteira e ao invés de fazer como as outras e cortar, entreguei o morango inteiro — morango!
Ela abriu a boca como se quisesse falar, mais desistiu e deu uma mordida na fruta.
Mas sua felicidade pela auto independência de ter comido a fruta sozinha, me deixou leve e feliz. Ela deve ser super protegida ao ponto de nem fazer como outras crianças e tentar comer sozinha ou brincar na terra, passear com a família. Consigo sentir uma tristeza em seus olhos, e é a mesma tristeza que expira pela casa.
A morte dela devem ter os abalado muito.
— Ei princesa, vamos dar uma olhadinha no mural da detenção e ver se você toma banho antes de almoçar ou antes do sono da tarde — ela pareceu não entender nada, mas me seguiu.
Entramos pelo fundo e logo encontramos a cozinha, lavei o pequeno prato que sujei das frutas. O cheiro da comida feita por Keyla tomava conta do ambiente, peguei Hope e seguimos para sala.
— É pelo que aparece aqui no mural da detenção juvenil, você almoça as 11h50 e seu banho é as 14 horas — mais não tem sentindo para mim, o que ela fazeria até o horário de banhar e já estava na hora de levá-la para almoçar — mais o que você faz depois do almoço?
— Vocês duas podem assistir TV — levei um susto com a voz grave e masculina, mais logo reconheci "Ian".
— Acho uma ótima ideia — falei sorrindo e ele retribuiu, e me senti envergonhada por um minuto. Hope se desfez da minha mão e correu para os braços da amigo do pai.
— Oi princesa — falou com carinho e ela sorriu em seus braços. — E a senhorita?
— Eu? O que tem eu — falei nervosa, será que fiz algo errado.
— Como está sendo seu primeiro dia? — sua voz foi suave e me trouxe tranquilidade.
— está bem, um pouco nervosa.
— Acho que está muito bem, primeira vez que Hope se deu bem com uma babá — falou e me surpreendi
— Como assim? — perguntei
— ela teima, chora ou apronta, quando ela não gosta, normalmente uma babá nunca dura mais de dois dias — nunca imaginei que esse pequeno anjo, fizesse isso. Como a cara de anjo engana.
— Porque não me disse isso antes — o vi se envergonhar e dar um mínimo sorriso.
— não aceitaria se soubesse — e suas palavras estavam repletas de razão.
Apenas respirei fundo, afinal já assinei tudo e tenho que mostrar que sou capaz e ajudar meu pai.
— Desculpe por ter lhe escondido a verdade senhorita Accola — disse e chegou um pouco perto com a Morgan Mirim. Ele pegou em minhas mãos e quase não respirei.
— Tudo bem senhor Somerhalder — ele negou gentilmente.
— Apenas Ian. — concordei
— então me chame apenas de Candice ou Candy — o vi sorrir e assentir, estávamos olhando um para ou outro quando ouvi alguém pigarrear.
Droga, senhor Morgan estava no último degrau da escada. O que será que ele ouviu. Merda!
Ele deve me achar uma biscate.
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Beijos da Thete e da Tessa💋
Desculpe qualquer erro
Sinto muito pelo pequeno capítulo, farei um maior da próxima vez.