Desesperada por uma oportunidade profissional sólida, Candice decidiu se reinventar... como babá? Às vezes, nos vemos em papéis que não imaginávamos, mas é nesses momentos que a vida nos reserva as maiores surpresas.
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Acordei com uma sensação diferente do habitual. Estava feliz? Não sabia dizer, mas me sentia bem; não tive pesadelos naquela noite. Me virei na cama para olhar para cima e levei um susto ao perceber que havia alguém ao meu lado. Dei um pulo para trás, já me sentando na cama.
— Puta que pariu, quer me matar? — perguntei, olhando para a pessoa.
— Suspirando a essa hora? Deixa-me adivinhar, sonhou com a linda babá? — Wesley disse, rindo. O olhei o repreendendo — Não me olhe assim, eu tenho uma mulher só disse o que você pensa.
— O que você está fazendo aqui a essa hora, Wesley? — perguntei, ainda surpreso.
— Já são mais de onze horas, meu amigo — respondeu ele, sorrindo. Pulei da cama, surpreso por ter dormido tanto.
— Faz meses que você não dorme tanto assim — comentou Paul.
— Eu não deveria. E os meninos? — falei, vestindo uma blusa, já que estava apenas de moletom.
— Pheobe está com eles lá embaixo, fica tranquilo. Eu até tive que ligar para a babá por vídeo.
— O quê? Por quê?
— Seu filho mais novo pediu, para que ela o visse comer o bolo. Vai entender as crianças — disse ele, se levantando da cama. — Vamos passar a tarde no parque com eles, quer que eu chame a babá para ir com a gente?
Ele sorriu de forma suspeita, e eu joguei o travesseiro nele, que desviou rapidamente.
— Me erra, Paul — disse, abrindo a porta.
— Está tudo bem em voltar a gostar de alguém, não vamos te crucificar por isso — ele falou, saindo comigo do quarto. Quando eu não respondi, ele suspirou. — O Daniel vai encontrar com a gente no parque e vai levar os filhos também.
— Vai ser um encontro infantil. Os únicos adultos seremos eu e a Pheobe — disse ironicamente, e ele riu.
— Melhor que ser um adolescente na puberdade. Acho que você teve uma ereção enquanto sonhava com a babá — disse, já descendo correndo as escadas.
Olhei para baixo para garantir e sorri nervoso.
— Eu vou te matar, Wesley! — desci as escadas rapidamente e dei de cara com Pheobe e as crianças na sala. Me acalmei ao ver Paul sentado com Hope ao seu lado, aquele sacana sabia que eu não brigaria com ele na frente das crianças. Suspirei e sorri para Pheobe, que durante a semana é minha secretária.
— Bom dia, Pheobe. Como está?
Dei um beijinho em sua bochecha. Phoebe sorriu e respondeu:
— Bom dia, estou bem, mas não melhor que você. — disse me observando — As crianças estavam ansiosas para te ver acordar.
Wesley aproveitou para me cutucar de novo.
— Talvez, além de pedir um bolo para a babá, você possa pedir para ela ir ao parque com a gente — sugeriu ele, piscando para mim.
