Desesperada por uma oportunidade profissional sólida, Candice decidiu se reinventar... como babá? Às vezes, nos vemos em papéis que não imaginávamos, mas é nesses momentos que a vida nos reserva as maiores surpresas.
○Essecapítulo contém violência e muitas palavras de baixo calão. Caso não goste ou se sinta desconfortável, espere o próximo capítulo que postarei assim que possível.
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A vida é realmente uma caixinha de surpresas, pensei ao ouvir a voz da minha mãe na sala. O que ela achava que estava fazendo aqui? Passei a mão pela cabeça, tentando entender a situação. Mais cedo, Jordan me ligou para me mostrar que tinha experimentado o bolo que eu fiz e elogiou, dizendo que estava uma delícia. Ele até me mostrou Hope, que sorriu enquanto comia. Durante a ligação, ouvi uma voz masculina na cozinha com os garotos, mas não consegui identificar quem era. Sabia que não era o Sr. Morgan nem o Sr. Somerhalder. Falando no Joseph, eu não consegui dormir direito, algo me incomodava, sentia um vazio em meu peito, queria poder vê-lo pela ligação, precisava vê-lo. Mas pelo que Jordan me falou, ele estava dormindo.
Depois dessa conversa, voltei para o quarto e me deitei, olhando para o teto. Acabei adormecendo novamente, e quando acordei, já ouvia seus gritos na cozinha, me peguei pensando em como resolver esse problema com minha mãe, ou até mesmo como tirá-la da minha vida de uma vez por todas. Ela chegou aqui gritando e xingando meu pai, e eu não sabia se deveria levantar e confrontá-la ou simplesmente fingir que ela não existia.
As vozes ficaram mais altas, e eu pude sentir a tensão crescendo a cada palavra. De repente, ouvi o som de algo quebrando. Pulei da cama, ainda de pijama, e corri para a sala. Lá estavam os cacos de vidro espalhados pelo chão e meu pai com os punhos cerrados, olhando para o vaso quebrado. E ali estava ela, minha mãe, com um sorriso confiante nos lábios. Não precisava ser um gênio para entender que o vaso quebrado era obra dela.
Ela sempre soube como provocar, como mexer com as pessoas ao seu redor. O sorriso em seu rosto só aumentava minha raiva. Eu estava furiosa, não só com ela, mas com a situação toda. A presença dela sempre causava caos e desconforto, e eu não conseguia entender por que ela insistia em aparecer.
— Você é louca — disse, chamando sua atenção. Seu sorriso só aumentou.
— Olha se não é a bastarda — disse se aproximando. Permaneci firme na mesma posição. — Até que cresceu, está forte e até um pouco bonita.
— Vai embora dessa casa, ninguém te quer aqui — disse, sentindo minhas mãos suarem. Ela colocou a mão no meu pescoço, apertando. — Para! Me solta!
— Sua rebelde, você devia me agradecer por não ter te abortado e está me expulsando? Eu te criei, sustentei essa casa até seus 19 anos, me deve respeito — disse, apertando ainda mais o meu pescoço. Sentia algo queimando em meu peito e uma dor aguda na garganta. Sendo policial, ela tinha muita força.
— Solta nossa filha — disse meu pai. Ela sorriu e me soltou, fazendo com que eu caísse no chão, recuperando minhas forças e respirando tudo o que podia.
— Nossa, não. Ela nunca foi minha filha — sua voz transbordava rancor. — Ela devia ter morrido no lugar da Leah. Leah sim era minha filha.
Senti um nó na garganta, e não era por causa do aperto.