Desesperada por uma oportunidade profissional sólida, Candice decidiu se reinventar... como babá? Às vezes, nos vemos em papéis que não imaginávamos, mas é nesses momentos que a vida nos reserva as maiores surpresas.
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O Joseph saiu para trabalhar e eu fiquei responsável por levar a Hope na natação. Os irmãos mais velhos foram para a escola e eu estava vestindo uma roupa leve para levar a pequena Morgan.
Peguei alguns lanchinhos e coloquei dentro da minha bolsa. A lancheira da Hope tinha apenas frutas, e crianças precisam de carboidratos e proteínas pela manhã. Pelo menos foi o que eu vi na internet.
Desci e me encontrei com Keyla, que estava com ela enquanto eu terminava de me arrumar.
— Obrigado – agradeci rapidamente, pois já estava em cima da hora.
Peguei-a do colo de Keyla e fomos para sua aula.
Era o mesmo clube esportivo onde o Jordan jogava. Então, eu tinha uma noção de onde poderia ser o lugar da aula de natação.
Cheguei e a professora estava prestes a explicar para os pais como era a mobilidade que suas filhas faziam antes de entrarem na água. Prestei bastante atenção, pois teria que ajudar a Hope a se alongar. Enquanto as outras mães ajudavam suas filhas, eu fui ajudar a minha pequena patroinha.
— Não fica com medo por elas serem mais altas que você? — perguntei enquanto ela esticava a lombar. Ela olhou em volta com preocupação e desdém, e reconheci aquele olhar; era algo típico dos Morgan.
— Ser confiante é muito bom. Sei que você vai ganhar delas, de lavada — a loirinha sorriu. Dei um beijo em sua testa. — Vai lá e arrasa.
Vi-a sair correndo e entrar na fila para o treino.
— Não pode ensinar sua filha a ser competitiva — ouvi uma mulher ruiva falar ao meu lado enquanto me olhava.
— Estou ensinando-a a adquirir mais confiança, não a ser competitiva — corrigi sua precipitação. — E ela não... — Quando ia responder que Hope não era minha filha, ela me interrompeu.
— Você foi mãe muito nova e não adquiriu maturidade ainda. Vai acabar ensinando e incentivando coisas erradas para sua filha — disse, me olhando de cima a baixo.
— Espero que sua filha não adquira sua língua grande e seu mau caráter — olhei seriamente para ela. — E, além disso, não pedi sua opinião sobre como educar, então cuide da sua vida.
Provavelmente, ela estava chocada. Eu esperei para ver se ela retrucaria, mas ela fez o oposto e se retirou, me deixando sem sua insignificante presença.
Fiquei mais próxima da piscina, observando a Hope. Às vezes, sentia um olhar sobre mim, mas imaginava ser a ruiva sem sal e fingi não me importar.
Hope era realmente muito boa, nadava rápido e era muito ágil. Fiquei encantada, como essas crianças davam o seu melhor, e com certeza era mais eficiente que muitos adultos que fazem natação.
A aula durou 50 minutos. Levei a Hope para o vestiário e dei um banho rápido nela, já que havia outras pessoas querendo usar também. Vesti-a e saímos para fora. Ela se despediu da professora.
