— Meu nome é Becky — digo a ele quando andamos em direção ao pub. — Freen só me chama pelo sobrenome porque..
— Porque ela está tentando te manter a distância — ele completa. — Clássico da Freen. Ninguém consegue ser amigo dela até que tenha atravessado mais ou menos cem obstáculos, a maioria deles em chamas.
— Isso não é... nem remotamente perto do que eu ia dizer — digo a ele, olhando de relance para Freen.
Ela está desfilando em direção ao pub. Não há outra palavra para descrever o balanço que ela coloca no quadril ou o modo despreocupado com que ela avança pelo caminho liderando o grupo, sabendo que todos nós a seguiremos.
Então percebo que estou praticamente encarando Freen e acordo do transe, focando a porta de madeira adornada na minha frente.
O pub é basicamente tudo que imaginei que um pub escocês seria — e, acredite em mim, eu passei muito tempo imaginando pubs escoceses.
Tenho uma pasta no Pinterest e tudo.
O carpete é bem escuro, com uma estampa apagada demais para eu distinguir o que é depois de tanto tempo (e, imagino, depois de tantos pés e cervejas derrubadas), mesas aconchegantes e um monte de espelhos que também servem de propagandas de uísques e cervejas, as marcas pintadas ao redor das molduras em tinta já descascada. Eu também noto algumas pinturas das Terras Altas, algumas com veados e um ou outro homem de kilt.
Mas mal tenho tempo para absorver tudo porque Nam já está me empurrando em direção a uma mesa circular no canto enquanto aponta Troye para o bar.
— Pede a primeira rodada — ela sussurra para ele e Troye faz uma cara emburrada.
— Por que eu tenho que pedir? — ele sussurra de volta. — Eles que são os ricos. Bom, os mais ricos.
— Sivan!
Não sei o que é exatamente que faz com que dizer o nome dele dessa maneira tenha um efeito tão forte em Troye, mas ele solta um suspiro e vai ao bar, seguindo a ordem.
— Eu quero um refrigerante! — grito para ele, mas não acho que ele ouviu.
Os garotos que estavam com Heng em Gregorstoun já estão na mesa.
Bom, o cara loiro está. Os outros dois, de cabelo escuro e que parecem irmãos, estão jogando dardos.
Nam e eu nos sentamos. Freen e Heng se sentam cada um numa ponta, como se fossem suportes de livros humanos.
Limpando a garganta, Nam se inclina para a frente um pouco, abaixando a cabeça.
— Então, Heng — ela diz —, você sente falta de Gregorstoun?
Ele sorri para ela.
— Não muito, mas o cenário não era tão bonito quando eu estudava lá.
Nam sorri de volta, brincando com o cabelo, e Troye escolhe esse momento para voltar à mesa, de alguma maneira conseguindo carregar os vários copos ao mesmo tempo. Deve ser uma habilidade que eles ensinam aos garotos daqui.
— Becky — ele diz para mim, e pego o copo de refrigerante das mãos dele.
Aparentemente ele me ouviu, porque todo mundo, menos eu, tem um copo de cerveja. Bom, todo mundo menos Nam, que está tomando uma sidra de pera cujo doce aroma flutua em minha direção quando ela gira o copo nas mãos.
Heng toma um gole de sua cerveja e faz uma careta.
— Jesus, cara, o que é isso? — ele pergunta.
Troye se afunda no assento.
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SUA ALTEZA REAL - Freenbecky
Teen FictionRebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé na sua bunda e volta com o ex, deixando Becky à deriva em meio às emoções. Eis que ela decide aproveitar sua chance de ouro e se inscreve p...