Sexta-feira.

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É sexta-feira — digo no impulso, e Freen e Heng se viram para me olhar.

Heng sorri de leve, seus dentes praticamente brilhando enquanto ele coloca as mãos nos bolsos de trás da calça.

— Sim, é — ele diz, levantando um ombro. — Mas é só um pulo no pub. Eu não te manteria na rua até tarde, Colega Armstrong.

Os olhos de Freen ficam semicerrados e sinto minhas bochechas corarem. Repentinamente, a queda de Nam por Heng faz muito sentido para mim, mas ainda não vou sair vagabundeando por aí... seja lá onde for com esses dois.

Sou uma seguidora de regras por natureza. Eu nunca desobedeci a horários, nunca matei aula no colégio e nunca fui a um bar.

E a mensagem de Sana continua na minha tela, à espera.

Então agora eu apenas pego o livro sobre a cama e o balanço um pouco.

— Dever de casa — digo. — Mas vocês dois se divirtam.

— Te falei — Freen diz num tom de voz baixo para Heng, e imagino que isso signifique que ela já disse para ele o quanto sou entediante.

Não me importo.

Então ela se aproxima do irmão.

— Estão todos aqui?

Heng balança a cabeça, o que tem o efeito de soltar uma quantidade perfeita de cabelo, fazendo-os cair sobre a testa.

— Nem todos. Chanyeol, Sehun e Baek estavam livres, mas Eunwoo está ocupado com o colégio e Dan, claro, está morto.

Fico sem reação ao ouvir isso, mas Flora apenas revira os olhos.

— Ele não está morto, e Engfa disse que ele voltou para a Escócia.

— Não, ele está extremamente morto, e é tudo muito trágico, mas estou seguindo em frente. De qualquer maneira, Dan não seria de ajuda alguma neste momento.

Freen pensa no que o irmão disse, inclinando a cabeça para o lado antes de concordar e jogar o cabelo para trás dos ombros:

— Isso é verdade.

— Que seja. Dois é melhor do que nada, acho. Vamos?

Eu finjo que estou lendo enquanto observo Freen pegar uma jaqueta de couro cinza que estava no encosto da cadeira, vestindo-a sobre o suéter e os jeans que ela colocou mais cedo. Então ela entrelaça o braço com o de Heng e eles saem, a porta fechando-se atrás dos dois.

Solto um suspiro de alívio e jogo o livro para o lado, passando minha atenção de volta para o notebook.

Talvez eu só responda com um "oi" também. Ou eu poderia mandar uma mensagem para Bambam e perguntar o que ele acha. É o que vou fazer.

Eu abro uma aba diferente para escrever para o Bam, mas algo me perturba no fundo da minha mente e, depois de um segundo, percebo que é um Alerta de Amizade.

Nam.

Ela talvez nem saiba que o Heng está aqui e, se eu contar que ele não apenas está aqui, mas veio ao meu quarto e me convidou para sair, ela nunca vai me perdoar. Além do mais, estou devendo uma a ela por ter me resgatado hoje.

Droga.

Eu hesito por apenas um segundo antes de fechar o notebook.

Revirando os olhos para mim mesma, solto um grunhido e saio para o corredor.

— Ei — chamo, e Freen e Heng se viram, quase ao mesmo tempo.

Imagino se eles treinaram para fazer isso, estontear as pessoas com a beleza de seus rostos.

SUA ALTEZA REAL - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora