Um novo começo.

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— E então, como você pode imaginar, ninguém na família McGregor nunca mais comeu uma truta.

— Totalmente — murmuro em resposta à história do sr. McGregor, mesmo só tendo ouvido metade.

Estou sentada no banco de trás de um Land Rover com Freen, nós duas – bom, nós três, contando com o sr. McGregor – estamos voltando para Gregorstoun na escuridão. Graças a Nam e Elisabeth, que estavam com suas mochilas e dispararam sinalizadores, razão pela qual o sr. McGregor está nos levando de volta ao colégio.

— Só estou dizendo, meninas, que vocês tiveram sorte que foi um veado e não uma truta — ele continua dizendo antes de sacudir a cabeça com tristeza. — Pobre Brian.

Agora eu queria ter prestado atenção à história, mas já estávamos chegando ao estacionamento do colégio, com todas as luzes acesas, fazendo o prédio brilhar na escuridão.

Eu daria um suspiro de alívio diante dessa visão se a dra. McKee não estivesse em pé nos degraus de entrada, com os braços cruzados sobre o peito.

— Droga — Freen murmura ao meu lado, e eu concordo.

— Droga demais.

Estou cansada e molhada e com frio e sem a menor vontade de tentar explicar toda essa situação para a dra. McKee.

Mas, quando saímos juntas do carro, ela simplesmente diz:

— Vamos conversar sobre isso amanhã.

E então volta para dentro do colégio.

Olho para Freen, que apenas dá um longo suspiro antes de dizer:

— Bom, vamos nos preocupar com isso mais tarde, o.k.? Vou tomar um banho. Talvez eu nunca consiga tirar o cheiro de rio do meu cabelo.

Mas a convocação para comparecer ao escritório da dra. McKee não vem na próxima manhã. Ou na manhã seguinte. Apenas quando todo mundo retorna do Desafio e eu finalmente começo a relaxar, pensando que talvez não levarei uma bronca desta vez, é que o dr. Flyte me impede de entrar na aula de história e me diz que a dra. McKee quer me ver.

E assim, mais uma vez, estou sentada ao lado de Freen na frente da diretora.

Desta vez, nós nos encontramos em seu escritório em vez da capela, e, mesmo que Freen estivesse certa de que sua mãe apareceria de novo, não há procissão real alguma.

Apenas nós.

Sentada do outro lado da mesa, ela nos observa com a testa franzida de leve.

— Moças — ela começa, e se interrompe, sacudindo a cabeça. — Desculpa, eu não sei nem como começar, já que as histórias que ouvi da senhorita Orntara e da senhorita Graham foram um pouco confusas e envolviam um veado.

Freen acena com a cabeça.

— Sim, nós fomos atacadas por um veado e foi assim que perdemos nossas coisas. Foi muito traumático. Não foi, Armstrong?

Por mais que eu tenha dito que não seguiria o plano estúpido de Freen, me vi concordando com a cabeça.

— Um veado. Trauma — digo, e a dra. McKee solta um suspiro.

— Senhorita Armstrong — ela diz, me encarando. — Você não estaria mentindo pela princesa, estaria?

Como ela sabe? Ela tem poderes psíquicos ou eu sou uma péssima mentirosa?

Mas então a dra. McKee começa a arrumar os papéis sobre a mesa e diz:

— Porque a amiga da senhorita Sarocha, a senhorita Waraha, insistiu que duas semanas atrás a senhorita Sarocha contou a ela que não planejava continuar em Gregorstoun durante o outono e que tinha um novo plano para tentar voltar para casa. Isso é verdade?

SUA ALTEZA REAL - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora