Calebe 12

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"Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti." (Isaias 49: 15-16)

"Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois, toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa." (Rute 3:11)

– Bom dia Calebe, você perdeu, o culto foi maravilhoso.

– Bom dia, o culto ou a companhia? – ela franziu a testa e ergueu uma sobrancelha. Era hora de calar a boca.

– Vou no confinamento agora, enquanto você se organiza. Em meia hora estou de volta, espero que esteja pronto. – Peguei pesado na brincadeira.

Selei os dois cavalos e os coloquei no redondel, em vinte minutos estavam prontos para pista. Alice e Jorge sentaram em um banco que fizemos em cima da cerca, para ter melhor visibilidade. Quando assenti com a cabeça, eles começaram a nos avaliar, garrote era pequeno e deu trabalho para Apolo que não se saiu mal. No entanto, com Bradok não era necessário eu indicar o que era para ser feito, ele simplesmente sabia. Seus olhos se fixavam no bezerro e parecia ser um caçador prevendo os próximos passos do garrote a frente.

– Com certeza o Bradok vai se sair melhor que o Apolo. É um animal mais jovem e vocês formam uma ótima dupla. – disse Alice com convicção.

– No entanto, – disse Jorge. – Apolo é um animal muito bom, e é melhor ainda quando Alice o monta.

– Eu concordo, alguns animais têm afinidade com algumas pessoas. O que acham de competirmos em team penning? – disse animado.

– Nós três? – perguntou Alice. – Perdeu a noção? Eu estudo e observo, mas nunca competi, nem treinei.

– Eu topo – disse Jorge, – mas só posso treinar anoite.

– Combinado. – Eu disse apertando a mão de Jorge. – Pense bem, você terá três animais competindo.

– Acha mesmo que podemos ganhar essa prova? – Disse Alice – são apenas duas semanas para treinar.

– Eu não iria, se não acreditasse. – Jorge encerrou o assunto. Alice já estava saindo convencida. – Dona Alice, posso te pedir um favor?

– Uau, isso é inédito– disse erguendo as mãos, – eu que sempre te peço ajuda. No que posso te ser útil Jorge?

– Como sabe, eu e sua tia trabalhamos juntos e quero pedir a mão dela em noivado. Quero que estejam presentes, mas não sei como fazer.

– Posso fazer um jantar, por meu pai estar de volta com todos e no meio do jantar você faz o pedido. O que acha? – o homem coçou a nuca – quem você gostaria que estivesse presente?

– Só os pastores, fora o pessoal da fazenda. – Ela assentiu.

– Eu os conheci ontem e foram usados por Deus para impactar minha vida. Será um prazer tê-los aqui. – Então era verdade, ela realmente foi ao culto. – Na verdade, por que não fazemos logo o casamento? – a garota estava quase explodindo de alegria.

– Eu nem sei se ela aceitaria. – disse por fim.

Alice fez um sinal com o dedo indicador, pensou um pouco e caminhou por todo o estabulo, digitou alguma coisa no celular e logo em seguida veio até nós com um largo sorriso.

– O senhor fala então com os pastores, se eles permitirem, faço aqui mesmo um lindo jantar para vocês dois, – mostrou umas imagens do Pinterest – assim não tem pressão alguma para aceitar o pedido porque estaria na frente dos outros e depois com tudo certo e a opinião dos dois eu faço a festa de casamento. Simples divertido e rápido, como Anísia gosta.

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