Aquele em as explicações e Demônios são apenas... Anjos caídos

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Quando Jiwoo abriu seus olhos notou que já não estava mais no quarto dos espelhos, ou mais conhecido como seu purgatório particular. Piscou seus olhos lentamente, podendo ver o teto preto assim que os abriu novamente.

Sentou-se calmamente na cama macia onde dormia anteriormente e observou o lugar onde estava, era um cômodo sem decoração alguma, as paredes eram pretas com algumas falhas provavelmente pelo tempo de quando haviam sido pintadas. A única coisa que havia naquele lugar era a cama no canto do cômodo no qual a mulher estava sentada. Aquele lugar tinha um cheiro estranho, a mulher só não sabia dizer se era bom ou ruim.

– Você não vai conseguir proteger a todos! – Piscou seus olhos observando todo o cômodo e não vendo ninguém ali.

– Eu te amo e seria um cara muito feliz se você sentisse um terço do que eu sinto. – A coreana sentiu seu coração acelerar em sua caixa torácica. O quê estava acontecendo consigo?

Talvez eu ganhe minha alma gêmea de volta, mas meu outro amor que agora é minha amiga não vai mais estar nesse mundo. Incrível, não?! – Sentiu seu coração se apertar dentro de seu peito, sua respiração estava desregulada tornando o ato de respirar mais difícil. – Jiwoo, se você não conseguir voltar logo, irão esquecer de você. – O quê eram todas aquelas palavras? Não conseguia lembrar mas sentia-se nervosa com elas sendo jogadas em cima de si.

Estamos sempre com você, Jiwoonnie, se apresse e venha nos achar. – Não conseguiu identificar quem era mas pode sentir o carinho e cuidado vindo daquela voz.

Jiwoo juntou seus joelhos ao peito os abraçando fortemente, sentia dificuldade em respirar e o quarto mais e mais parecia que estava se encolhendo a cada segundo. Como havia parado ali? Onde exatamente era aquele lugar? O que eram aquelas palavras ecoando em sua cabeça? Aquilo tinha algum significado? Todas essas perguntas pareciam estar sufocando lentamente a mulher de olhos felinos.

Ela pressionou seu rosto contra seu joelho, apertou as suas unhas grandes nas palmas das mãos tentando sentir algo que não fosse aquela sensação angustiante, mesmo tentando distrair sua atenção de sua aparente crise ainda sentia as paredes se fechando contra si. Estava sufocando naquele lugar, precisava de ajuda.

– Por favor... – Sussurrou ela com a voz embargada. Não sabia por quem estava chamando, só queria que aquilo parasse.

– Respira e inspira, calmamente. Pare de pensar em tudo, se concentre em sua respiração, Jiwoo. – A coreana fez como lhe foi instruído pela voz da pessoa desconhecida. – Consegue me dizer um cheiro que você sente?

– É estranho, forte... Não sei... – Murmurou ainda tentando regularizar sua respiração, era notável que estava mais calma que anteriormente.

– Sinto muito por não ser tão agradável, é só que, manter um cheiro bom aqui embaixo é meio complicado. – A mulher coçou sua cabeça em constrangimento.

Quando Jiwoo pode se sentir na realidade ela tinha a desconhecida olhando para si preocupada.

Assim que se sentiu mais calma encarou a mulher sentada à sua frente, tinha cabelos marrom claro, possuía uma maquiagem leve com um delineado preto nos olhos da qual tinham a coloração azul, suas roupas eram inteiramente da cor preta composta por uma calça jeans e uma camiseta, e era um pouco mais baixa que si.

– Obrigada. – Murmurou baixo. – Que lugar é esse? – Questionou a garota anjo olhando em volta.

– O esconderijo dos demônios, ou mais conhecido como esgoto. – Simplificou a mulher.

– Quem é você? – Perguntou confusa, Jiwoo tinha a ligeira sensação de já ter conhecido aquela mulher em algum momento.

– Oh... você não se lembra de mim. – Jiwoo encarou a mulher, e ao ver a mesma de cabeça baixa, e coçando a nuca, pensou em lhe dizer algo, porém ela foi mais rápida. – Eu me chamo Beca Michell, como eu posso dizer... Eu sou um demônio e vou te explicar tudo o que está acontecendo. Você se lembra de quem você é? – Jiwoo assentiu. – Se lembra da Chloe? – Ao ver o anjo negando com a cabeça em resposta, Beca suspirou, teria uma longa explicação a dar.

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