🌀Capítulo dez 🌀

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Heros

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Heros

Quando a noite chegou eu me arrumei e esperei que me chamassem para o tal jantar, não sabia se podia simplesmente aparecer. Por algum motivo estava nervoso andando de um lado para o outro no celeiro a ponto de a marca do meu rastro ficar no chão, esse comportamento ridículo não era do meu feitio. Mas também não estava acostumado a ser convidado para o aniversário de adolescentes, ainda mais um que quero comer a mãe dele ao invés do bolo da festa.

— Puta que pariu! Eu realmente sou um pervertido de merda. – Deslizei as mãos pelo rosto, impaciente.

Matar e torturar as pessoas era algo tão fácil para mim como amarrar os cadarços, mas lidar com pessoas além da minha família e os homens do cartel era um verdadeiro enigma para mim. Me sentia ridículo por estar tão ansioso para encontrar uma mulher e duas crianças, estava prestes a desistir de ir nesse jantar, quando a Aurora apareceu no celeiro para me buscar toda animada.

— A mamãe pediu para te avisar que o jantar já está pronto, Heros. – A criança serelepe agarrou a minha mão e me puxou na direção da cabana, não tinha como fugir.

— Gostei da sua roupa, ciganinha. – Elogiei e ela ficou toda boba.

— Obrigada, são roupas de festa cigana. Foi minha mamãe que fez para o aniversário do Igor. – Ela girou o corpo de maneira que a saia pomposa formada por vários lenços de seda de várias cores rodopiou, a pequena estava uma graça, parecia uma palheta de cores ambulante.

— Entre e fique à vontade, Heros. – Dara abriu a porta para nós e eu fiquei totalmente sem fôlego olhando para ela, a mulher estava simplesmente deslumbrante.

Assim como a Aurora, ela também usava roupas de festa cigana. Dara vestia um vestido longo na cor vinho caído nos ombros, um espartilho de couro preto amarrado com tiras marcava a cintura fina e realçava o decote, mas sem ficar chamativo demais. Estava na medida certa. Ela nunca usava maquiagem e nem precisava, era naturalmente linda. Seu cabelo estava com um volume selvagem jogado para o lado de um jeito sexy, uma rosa vermelha presa atrás da orelha dava o toque final perfeito.

Não conseguia parar de olhar para a Dara, ela estava linda demais. Só pensava em coisas dignas de uma bela bofetada. Madre de Dios! A festa de aniversário de uma criança não era o lugar certo para ficar excitado. Sim! Eu era mesmo a porra de um pervertido da pior espécie.

— Por que está olhando a mamãe assim, Heros? Acho que também gostou da roupa de festa dela. – A ciganinha metida a casamenteira entrou em cena outra vez, ela não perdia uma oportunidade de me fazer virar pai dela.

— Eu gos...tei, muito – gaguejei.

Pensando que Dara estava esplêndida naquele vestido, mas ficaria ainda melhor sem ele, usando apenas a rosa vermelha no cabelo na minha cama.

— Que bom que gostou, Heros. – Dara ficou toda sem jeito.

— Claro que ele gostou, mamãe. Heros me disse que a senhora é a mulher mais linda que já viu na vida. – A ciganinha deu continuidade ao seu plano, ela sabia exatamente como jogar as cartas que tinha na manga na hora certa.

HEROS - A rendenção do mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora