Capítulo vinte e um

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Heros

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Heros

— Então quer dizer que agora eu sou seu irmão, Blade Maldonado Rivera? – Tive que me controlar para não cair de porrada em cima dele e dar um fim naquele garoto antes da hora, porque tinha muitas perguntas e precisava de respostas que só ele podia me dar.

Em vinte anos causando o terror na nossa família, aquela foi a primeira vez que o Blade se referiu a mim como seu irmão. Esperei muito tempo por aquilo, mas não imaginei que seria em tais circunstâncias.

— Heros? – Os músculos das suas costas se contraíram assim que ouviu a minha voz, parecia tão chocado com a minha presença quanto eu com a dele.

Meu irmão jogou a Dara no chão como se fosse um saco de lixo, agora que achou o que estava procurando, ela não tinha mais nenhum valor para ele, então se livrou dela.

— Eu sabia que você estava vivo! – Virou de frente para mim, seus olhos azuis gélidos se dilataram ao me ver na sua frente, vivo e mais saudável do que nunca.

— E você veio terminar o serviço, não é mesmo, irmãozinho? – O encarei olho no olho.

A primeira coisa que reparei foram os dois Colts de ouro pendurados na cintura do Blade e ele sabia como manuseá-los com perfeição, bastaria apenas um segundo para atirar na Dara e em mim ao mesmo tempo e eu não poderia fazer absolutamente nada para impedir. Estava nas mãos do merdinha e não podia fazer nada a respeito. Em se tratando de um psicopata como o meu irmão, podia se esperar qualquer coisa.

— Mas que porra está acontecendo aqui? – Blade olhou para a Dara caída no chão alisando o pescoço na área onde ele apertou, depois para mim e analisou as minhas roupas ciganas.

— Isso não é da sua conta, Blade! Como me encontrou aqui? Quem mais sabe que estou vivo?

— Puta que pariu, Heros! Todo mundo na Colômbia achando que está morto, e você aqui, todo esse tempo brincando de casinha com essa cigana, mesmo sabendo o que a nossa família pensa sobre esse povo feiticeiro. – Fuzilou a Dara com o olhar, ela se encolheu toda de medo e correu para se esconder atrás de mim.

Blade Maldonado, de fato, era naturalmente assustador. Principalmente para aqueles que não estavam acostumados com toda a sua personalidade sombria. Imagino o medo que a Dara sentiu quando acordou e deu de cara com o meu irmão, se eu tivesse demorado mais um minuto para voltar, ele teria quebrado o pescoço dela só com uma mão.

— Já disse que isso não é da sua conta. Diga logo o que veio fazer aqui, garoto!

— Minha nossa, Heros! Você é mais filho da puta do que eu pensava. Seria melhor que estivesse morto de verdade, mais viável assim do que dar esse desgosto para a mamá, que ainda está de luto pela sua suposta morte – disse e as suas palavras me acertaram como um soco no estômago.

Eu imaginava que a minha mãe deveria estar sofrendo muito por conta do meu desaparecimento, mas saber que ela já estava certa da minha morte acabou comigo. Ela não merecia todo esse sofrimento.

HEROS - A rendenção do mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora