Capítulo treze

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Heros

Saí da cabana da Dara e fui para o celeiro dominado pela ira, eu desejava aquela mulher com a mesma força que odiava a sua teimosia. Primeiro pede para eu ficar, para depois me mandar embora como um cão sarnento por causa de um cara que nem conhecia direito e podia colocar a vida dela e dos filhos em risco. Inferno! Não conseguia entender isso. Na verdade, não entendia porra nenhuma do que estava sentindo. Eram muitos sentimentos intensos dentro de mim ao mesmo tempo, mas naquele momento o ciúme com certeza era o que predominava entre os demais. Eu fiquei puto de raiva quando vi a Dara com aquele cara, nem pensei direito e fiz a merda de aparecer na sala e deixei ele ver o meu rosto. Na hora não pensei nas consequências.

No fundo, estava pouco me fodendo se aquele cara trabalhava para os filhos da puta que tentaram me matar ou não, eu queria matá-lo só pela afronta de ter beijado o rosto da minha cigana bem diante dos meus olhos. Dara havia fodido com o meu psicológico de um jeito que não teria conserto, nunca senti ciúmes de nada e de ninguém na vida, e essa sensação de estar à deriva em mar aberto tendo que depender de outra pessoa para não se afogar era horrível. Por isso perdi a cabeça e acabei falando aquele monte de merda para a Dara, queria poder voltar atrás e consertar isso. Mas era impossível.

Quis morrer quando ela me olhou como se eu fosse um monstro e deixou claro que não confiava em deixar os filhos perto de mim, que tipo de pessoa a Dara pensava que eu era? Porra! Jamais machucaria a ciganinha de maneira nenhuma, já o moleque até gostaria de dar alguns cascudos de vez em quando para aprender a agir como homem, mas nada muito grave que deixasse marcas. O ponto que eu quero chegar é que me apeguei àquela família estranha e faria de tudo para protegê-los, até mesmo matar um cara que suspeitasse que poderia colocar a vida deles em perigo.

Mas a Dara não acreditava nisso, me mandou embora das suas terras sem ao menos pensar duas vezes. Confesso que isso acabou comigo. Se eu a magoei, ela também havia me magoado profundamente.

— Porra, Heros! Como você deixou a situação chegar a esse ponto? – Sentei na minha cama e deslizei as mãos pelo rosto, só queria sumir dali o quanto antes e esquecer que a cigana Dara Calon e os seus filhos existiam.

Ela fez a escolha dela, não queria a minha ajuda. Achava que se os meus inimigos aparecessem aqui atrás de mim, conseguiria lidar sozinha com a situação. Se a teimosa soubesse que essa gente atiraria nela antes mesmo que abrisse a boca...

Mas isso não era mais problema meu, já tinha problemas mais que o suficiente para lidar sozinho.

— E um deles é conseguir sair desse fim de mundo e voltar para a Colômbia, sem um celular ou um centavo no bolso. – Sentei no chão e fiquei olhando as tábuas velhas roídas pelas traças.

Decidi esperar até que todos estivessem dormindo para ir embora, não queria que a Dara e as crianças me vissem partindo. Até queria me despedir dos dois, mas duvidava muito que Dara me deixaria falar com os seus filhos novamente. Apaguei as luzes do celeiro e fiquei em silêncio, e quando a chuva parou depois de algumas horas, peguei a mochila velha que achei no celeiro e coloquei algumas coisas que pudesse precisar na nova jornada que estava por vir.

HEROS - A rendenção do mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora