CRM - Centro de Reabilitação Masculina

Capítulo 2 - Segundo dia - Parte 1

Aviso: Esta história é uma ficção com toques sadomasoquistas para maiores de 18 anos, mas definitivamente não se propõe a ser um exemplo da prática, muito pelo contrário, BSDM NÃO é o que eu descrevo aqui. Pode causar gatilhos por tratar de temas como: violência, sangue, tortura, privação de liberdade, situação análoga a escravidão, crueldade e dor.

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N. 5

Acordo com as luzes sendo acesas e com um sinal que parece um instrumento musical. A guarda logo aparece e fala pra eu colocar as mãos na grade, prende meus pulsos na frente do meu corpo e me leva a um salão amplo com mesas e cadeiras. Um cheiro bom de comida vem de lá.

— Vai comer, seu imundo! - A mulher me empurra para dentro do salão e fecha a grade atrás de mim. Para quê essa grosseria toda? Eu, hein!?

Todos os outros prisioneiros estavam lá, mas não tinham mais a cara de assustados. As guardas indicam uma janela na parede para pegarmos a bandeja e me sento em uma das mesas, onde já tem outros homens sentados. Um deles ainda estava com a barba, acho curioso, mas não questiono. Eles falam entre si, baixo e em códigos estranhos, não entendo muito do que dizem e acho melhor não falar nada. Assim que todos terminaram de comer, somos levados novamente para tomar banho e refazem aquela lavagem interna. Depois seguimos para uma sala de aula.

Na lousa estão escritas 8 regras do CRM e quando todos se sentam uma mulher lê o que estava escrito para a sala.

"Regra 1: A partir de agora você é despojado do status de 'pessoa'. De agora em diante, você é um servidor do sistema e está aqui para servir a sociedade, seu crime foi grave e por isso você é menos que um homem, é um objeto, um brinquedo, um escravo sem vontades."

Como assim menos que um homem? Escravo sem vontades? Não sou isso, não! O que é que essas mulheres estão pensando?

"Regra 2: Você não usará nenhum tipo de roupa, nenhum tipo de cobertura em seu corpo, ele agora pertence ao estado e ao CRM."

Meu corpo pertence a mim, única e exclusivamente. Essas regras estão me deixando irritado.

"Regra 3: Suas coleiras têm um dispositivo de choque, ele será acionado sempre que necessário para educação e/ou punição. Não tente sair do complexo, isso acionará a coleira em voltagem suficiente para parar o seu coração."

Isso está ficando cada vez mais estranho.

"Regra 4: Atos de desobediência resultarão em uma punição a altura."

Isso a moça já havia dito.

"Regra 5: Você não tem permissão para falar. A única razão pela qual você não está amordaçado é para que possamos usar sua boca se quisermos."

Usar minha boca? Um arrepio passa pela minha espinha.

"Regra 6: Quem não trabalha, não come."

Essa é super razoável e eu acho até bem justa. Só não sei o que elas querem dizer com trabalho.

"Regra 7: Não se toquem e não toquem nenhuma das superioras sem expressa autorização."

Não se toquem? Como assim?

"Regra 8: O CRM cria novos homens para servir, obedecer e atender as necessidades das mulheres."

Mas em que merda eu me meti?