A terapeuta

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– Podemos começar? – uma mulher alta e bonita entrou na sala, sua pele negra e seus olhos amendoados pareciam animados ao olhar para Sakura sentada em seu divã. – O que te traz aqui Sakura? – A paciente respira fundo, eram tantos motivos que ela não sabia por onde começar, ela queria sentir menos medo, menos ansiedade, mais confiança no que fazia, mas também queria entender quem era ela, pra que ela tinha nascido além de estragar a vida de sua mãe.
– Eu tive uma crise muito forte de ansiedade a uns dez dias atrás e meu namorado e minha melhor amiga insistiram para que eu procurasse um profissional.
– Eles te convenceram ? – Sakura olhou para suas mãos em seu colo, aquilo era constrangedor. Teria que expor suas fraquezas para uma mulher que ela nunca viu na vida, e se ela achasse que ela era uma tola? – Eles devem ter tido um motivo muito forte para isso…
– Eu acho que surtei, acabei falando coisas idiotas para o meu namorado, e ele levou muito a sério.
– Podemos começar do começo? – ela pediu e Sakura concordou, a mulher perguntou sobre a idade de Sakura, com quantas pessoas vivia, se tinha animais de estimação, relacionamentos, amigos, nomes, sobre seus pais e mais uma série de perguntas que fariam parte daquele tratamento, que a rosada achava que não adiantaria muito para ela.
Karui era simpática e atenta, anotava algumas coisas e de vez em quando fazia comentários ou perguntas, a uma hora de sessão renderam algumas lágrimas e ela conheceu um pouco mais de sua paciente. Não lhe deu nenhum diagnóstico, mas disse o que ela precisava. – Olha Sakura, nós vamos trabalhar com tudo que você é, e o que você foi, e não precisa ficar preocupada seu caso tem solução, a maioria do casos tem, porém é uma questão de tempo até que você sinta uma diferença, terapia não é um macarrão instantâneo. – Sakura a encarou curiosa. – Não é uma coisa rápida,  eu quis dizer, não tem efeitos imediatos, mas você vai perceber com o tempo a mudança no seu modo de agir e de pensar.
– Tá bem.
– Nos vemos na semana que vem, certo? E se precisar de mim pode entrar em contato pelo meu telefone. – Ela entregou um cartão com um número que a Haruno salvou em seu celular mais tarde.
Pensou em tudo que disse aquela mulher, sobre seus pais, a separação, o quanto o ensino médio havia sido difícil e a faculdade não muito melhor, suas crises recentes e o relacionamento com Sasuke.
Sua primeira vez com ele havia sido muito boa e acordar com ele abraçado a si havia sido maravilhoso. Se lembrou dos braços dele, cuidando dela, da preocupação em machucá-la, até mesmo da voz dele lhe dando boa noite. Aquilo havia sido algo bom.
E lá estava ele em frente a clínica, esperando ela sair, seu paletó já havia sido descartado assim como a gravata, a camisa aberta e as mangas dobradas faziam dele uma combinação perfeita, ainda mais com os óculos escuros, ele parecia deliciosamente sexy. Balançou a cabeça dissipando aqueles pensamentos que a faziam se sentir quente.
– Como foi? – Ele perguntou beijando os lábios macios dela.
– Foi bom. Ela é muito animada, eu gostei bastante.
– Fico feliz. – Ela entrou do lado do carona no carro e ele deu partida, dirigindo em direção a casa dela, sem nem mesmo perguntar onde ele deveria ir, na verdade ele queria ficar com ela, pois teve certeza de que aquela consulta despertaria sentimentos estranhos em Sakura, e ele tinha razão, ela ficou quieta o caminho todo e nem percebeu que ele a levou para casa e desceu do carro a acompanhando, com uma pequena mala de mão.
– Você vai viajar? - ela perguntou curiosa.
– Não, é só por precaução.
– hum… Sei – ela o encarou num misto de inconformidade e ironia. Mas por mais que ela achasse que ele estava sendo abusado ela gostava, e muito de ter ele ali. Eevee os recebeu na porta da casa, feliz por ter sua dona de volta, enquanto Sakura a pegava no colo Sasuke fazia carinho na cabeça dela, em seguida deixando sua mala no sofá até que ele arrumasse um lugar para guardar suas coisas.
A bagagem inclui um pijama, cuecas, uma muda de roupa, escova e pasta de dentes, afinal ele já tinha dormido ali duas vezes. E claro Sakura não tinha roupa de outro homem ali, ou escovas sobressalentes.
– Minha mãe ficou animada em conhecê-la. – Sakura sentiu um gelo em seu estômago. Começou a pensar no que Mikoto acharia dela, do quanto ela era patética e incompatível com seu filho. Enquanto seu pai com certeza lhe rechassaria, e com certeza seria expulsa da casa deles.
– E se eu não for? Eu não sei se estou pronta. – Disse preocupada.
– Se quiser saber, meu pai está na casa de campo. – Ela respira mais leve ao saber disso, mas não totalmente. – Ela vai gostar de você, tenho certeza, ainda mais sabendo que você cuida bem da Eevee. – Ela sorriu de lado. – Quer pizza? – Era uma sexta nublada e pizza seria perfeito.
– Sim.
Os dois preparavam a sala, confortavelmente para ver qualquer filme ou série como eles amavam fazer, mesmo que Sasuke tivesse sugerido um restaurante naquela sexta feira, mas desistiu por causa da sessão dela. Mas no sábado iriam almoçar com Mikoto e ele tinha certeza de que tudo daria certo.
– Hinata volta quando? – perguntou sem muita curiosidade apenas para ter algum assunto em comum e para saber quando seu amigo pararia de se lamentar a saudade da namorada.
– Acho que na segunda ou terça. Ela fez parcerias importantes para a fábrica.
– Isso é bom, os coreanos sabem negociar e expandir.
– É um lugar que eu queria conhecer, acho que assisto tanta série vinda de lá que fiquei curiosa.
– Não seja por isso, eu arrumo motivos pra gente ir pra lá.
– Não precisa disso, Sasuke.
– É um bom lugar para conhecer, eu acho um país bonito. – Ele fingiu que mudou de ideia, mas pensou em um meio de levar ela para conhecer e fazer algo romântico com Sakura. Algo que não a deixasse nervosa ou com medo. Desejou muito que o tratamento com a psicóloga desse certo, que ela fosse mais segura de si, que os pensamentos que a atormentam não a atormentassem mais.
– Quer guardar sua “mala” no meu guarda roupa? – ela perguntou irônica, ele parecia uma criança que ia dormir na casa dos avós.
Ele pegou a pequena bagagem e levou até o quarto, abrindo a primeira porta do guarda roupa e deixando a mala ali, porém já trocando a camisa e a calça por roupas mais confortáveis, guardou tudo dentro, mas uma sacola rosada caiu no chão espalhando parte do conteúdo no chão, um conteúdo bem interessante e que o fez lembrar por que Itachi agradeceu o dia em que Sakura e Izumi saíram juntas e voltaram com sacolas iguais a essa.
– Itachi, desgraçado, por que não me falou? – Ele pegou uma peça preta em suas mãos e levou até a sala onde Sakura assistia qualquer coisa na tv. Sasuke sentia uma vontade muito grande de sorrir e maior ainda de ver sua namorada vestida numa daquelas. – Sakura, o que é isso?
– Isso o quê? – ela olhou para trás calmamente, mas quando seus olhos pousaram na calcinha preta de renda na mão dele seu rosto queimou de vergonha, fazendo ela esconder o rosto nas almofadas do sofá. – Sakura? – ele chamou contendo o riso. – Olha pra mim, não precisa ficar assim. Só fiquei curioso, quando você pretendia usar?
– Não fala comigo não… – pediu sentindo seu pescoço e bochecha queimarem.
– Por que você ficou assim? Eu achei bonita, as três cores. E fiquei curioso de ver como fica em você.
– Não ficou, não. – disse com a voz abafada pelas almofadas.
– Eu prometo que não faço nada… Veste pra mim, Amor – ele apelou para o apelido que ele sabia que a derretia . Lentamente Sakura ergueu a cabeça o encarando, ainda vermelha de vergonha.
– Não vai rir? – ele negou com a cabeça, com um olhar quase inocente. – Vou vestir só essa. Não vou por as outras de jeito nenhum – resmungou.
– Não estou reclamando. – Ergueu as mãos em sinal de rendição ao que ela disse.
– Então vem para o quarto não vou ficar desfilando com isso. – ela estava vermelha e irritada, seu biquinho era gracioso e Sasuke não podia negar que ele amava quando ela estava brava daquele jeito, mandona.
Ele entrou no quarto e sentou na cama, como uma criança que esperava, se sentia eufórico, a curiosidade de vê-la vestida assim só perdia para o baile. Sakura não enxergava a mulher linda que ela era, suas curvas suaves do quadril, os seios medianos e cheinhos, as mãos delicadas, misturados ao rosto harmonioso entre uma boca pequena e rosada, olhos verdes, nariz pequeno e empinadinho, finalizado no longo cabelo rosado que era um pequeno toque de rebelde que ela poderia ser, não fosse sua ansiedade. O que ela não entendia era que Sasuke queria que ela se visse assim, como ele via, com toda a sua beleza e delicadeza, que era isso que ele gostava nela, e que não fazia diferença se ela era rica ou não, a escolhida de Fugaku, sua Assistente ou uma desajustada. Ele gostava dela do jeito que ela era, e insistia no tratamento pois sentia que ela tinha que conhecer a pessoa incrível que ela era.
– Se você rir, eu te ponha pra dormir lá fora. – ela disse as costas dele, que se virou rapidamente para encarar uma das cenas mais bonitas que ele já havia visto.
A renda preta sobre a pele alva faziam o rapaz sentir uma pulsação no membro, o tecido delicado não tinha forro, com isso os mamilos ficavam escondidos sob o tom negro da lingerie, bem justa na pele, com alças finas, a calcinha pequena, mas nas laterais tinha uma renda que parecia um babadinho, seu olhar se nublou em luxuria, mordeu o labios tentando conter a vontade de atacá-la.
– Você tá rindo!? – perguntou indignada, sem entender que a mordida nos lábios dele significava mais uma vontade gritante de seu corpo do que qualquer vontade de rir, se tinha uma coisa que ele não estava com vontade era de rir. Ela ia saindo quando ele se levantou rápido e a pegou pela cintura.
– Parece que eu quero rir, Sakura? – perguntou com uma voz baixa quando o corpo pequeno dela se chocou com o dele. A fazendo sentir a ereção na calça de moletom que ele usava. – Não se atreva a tirar. – Beijou os lábios dela, espalmando a mão livre na bunda empinada dela, que aquela calcinha deixava ainda mais gostosa. Roçou o nariz na bochecha e continuou o caminho sentindo o cheiro dela, querendo gravar aquela imagem e aquele cheiro em sua mente para sempre.
Desceu mordidas e beijos pelos pescoço alvo, a fazendo gemer e arfar, as pernas dela se apertavam, sentindo a intensidade dele.
– Quero você essa noite, e todas as noites seguinte. – A voz grossa só serviu para deixá-la ainda mais excitada. – Eu quero você gemendo. – Mordeu o lóbulo da orelha e desceu pela pele abaixo, e ela obedeceu, gemendo baixinho.
Continuou a trilha de beijos e mordidas, sabendo que ela ficaria muito brava quando percebesse que ele deixou algumas marquinhas, ergueu uma das pernas dela, enlaçando e sua cintura, e a deitando na cama, a ereção roçando em sua intimidade protegida apenas por aquele pedaço mínimo de tecido, a fazendo gemer e arfar, os olhos fechados pareciam viajar longe.
– Olhe para mim. – Pediu.
Continuou a trilha de lambidas e beijos, mordeu o mamilo sob a renda, a fazendo gemer, aquela sensação a fazia queimar de desejo, uma vontade louca de se esfregar nele, agora que ela sabia do quanto era gostosa a sensação de senti-lo, Sasuke apertou o seio livre em sua mão enquanto ela arranhava as costas dele o trazendo para perto, se separaram quando ele tirou a calça e a cueca, deixando o membro duro a mostra. Puxou a calcinha de renda para apreciar a vista que era a boceta rosada dela, se abaixou entre as pernas dela, enquanto Sakura segurava os cabelos dele, sabendo o que sentiria e o quanto isso era delicioso. A mão forte dele apertou o quadril como se pudesse se aproximar ainda mais dela, que gemia deliciosamente. Lambeu a entrada e o clitoris chupando em seguida, sua língua passou a entrar e sair da entrada molhada. O movimento a fez sentir seu ventre se contrair e tudo esquentar.
– Sasuke… – o nome dele, saindo sôfrego dos lábios dela, apenas serviram para que o Uchiha sentisse mais tesão em vê-la entregue ao prazer.
– Goza na minha boca, quero sentir seu gosto. – Continuou forte, chupando e introduziu dois dedos fazendo ela gemer alto e forte, enquanto gozava na boca dele. As pernas tremeram ao lado de seu rosto, enquanto ela arfava, procurando por ar. Ele se levantou, seu corpo pedia pelo dela, roçou a cabeça do pau na entrada lambuzada dela, a fazendo estremecer e com delicadeza entrou na boceta apertadinha, sentindo ela o espremer mais, aquela sensação era deliciosa, sentir entrando devagar no gozo dela, continuou os movimentos, devagar,  aumentando a velocidade aos poucos enquanto ela mordia o ombro tatuado dele, contendo o grito.
– Geme, não tem porque se segurar. – Disse olhando para ela. Que obedeceu. – Isso, tá doendo? – perguntou preocupado. Ela negou devagar, muito pelo contrário, ela estava quente e molhada. Aquilo foi como um combustível para que ele continuasse e aumentasse a força de seus movimentos, forte e fundo, fazendo ela o arranhar e apertar, as pernas envolviam o tronco dele, fazendo ela se assustar quando ele se levantou e sentou na cama, com ela ainda encaixada em seu membro duro, fez ela sentar  em si com força, enquanto ele urrava de prazer, era uma nova sensação  gostosa de sentir, ainda mais quando ele puxou seu sutiã de renda para o lado e abocanhou o seio, era como uma dança harmoniosa dos dois, as mãos dele em sua bunda apertava deliciosamente, e ela esquecia completamente qualquer vergonha que tivessem.
– Sasuke … sussurrou o nome dele quando sentiu seu ventre se contrair mais uma vez, forte, ela achava que desmaiaria de tanto tesão… – Eu…
– Shhh – ela continuou se mexendo sobre ele, seu interior o apertou com força e ela sentiu aquela sensação arrebatadora mais uma vez lhe tomar, a fazendo tremer, amolecer sobre ele, mas antes que ela conseguisse ao menos encostar em seu peito, Sasuke a tirou de cima, quando seu membro se derramou na barriga dela, fazendo ambos se assustarem, aquilo havia sido tão bom que se esqueceram completamente do preservativo. Sakura o encarou assustada e ele agradeceu mentalmente ter conseguido sair. Se odiando por ter esquecido o maldito preservativo.

A desajustada Onde histórias criam vida. Descubra agora