A manhã passou rápido depois que todos se instalaram em seus respectivos quartos no Hotel. Jennifer foi orientada e ajudada por Lana que estava em um quarto ao lado para que dormisse um pouco. A morena não sabia dizer "por que, mas sentia uma grande empatia e uma conexão com a loira.
-Teremos reunião às 15 horas, até lá você deveria dormir e depois comer algo. Se precisar, estou ao lado. -Disse com simpatia e um olhar preocupado.
-Obrigada, por isso... Por tudo. -Disse enternecida e muito grata.
-Não precisa agradecer, qualquer um faria o mesmo, Jennifer, vamos ser como uma família agora. -Declarou com um sorriso encantador nos lábios e um olhar concentrado. Podia sentir o calor que emanava do outro corpo à sua frente e que sensação maravilhosa, há muito tempo Parrilla não se sentia de tal forma.
-Até mais tarde, Lana! -Disse olhando pra baixo, em um claro sinal de insegurança e talvez inquietação por tamanha amabilidade da outra mulher. Aquela característica um tanto altruista de Lana era cativante e havia fisgado Morrison inconscientemente.
-Até daqui a pouco, Jennifer. -Se despediu e adentrou em seu quarto sob o olhar atento da mais nova.
POV Jennifer Morrison
É engraçado como a vida joga com a gente e dá um giro de 360 graus em poucas horas. Eu não sou o tipo de pessoa totalmente extrovertida, que se apaixona fácil ou que se lança na vida deixando que a mesma me leve para onde quiser.
Gosto de planejar, de conhecer, sentir, e claro, escrever meu destino até onde for possível. Tenho minhas crenças e valores, alguns moldados desde a infância e outros que todavía estão em fase de amadurecimento. De descoberta.
Quando cheguei atrasada ao Aeroporto não foi por descaso ou modos, mas sim por haver discutido com Jesse. Faz algum tempo que voltamos a estar juntos pela segunda vez. Ele está trabalhando em uma série Chicago Fire e está contente, mas temos nós estranhado desde que aceitei o papel de Emma Swan de Adam e Ed, por ser em outro país, por se tratar de uma personagem diferente e única, mas que de certa forma tem tudo a ver com minha personalidade. Há trejeitos e pensamentos que penso trabalhar em Emma que são típicos meus.
Hoje ao me trazer para o aeroporto, meu namorado surtou por saber que vamos ficar distante por pelo menos um mês. O clima estava frio e úmido, o que me fez acordar como sempre impaciente e chata, coisa que não facilitou nada no momento da discussão. Ele é um homem incrível e tenta fazer tudo que está ao seu alcance para a gente dar certo e me ver feliz, porém depois do noivado tudo virou motivo pra briga, não tive outra opção além de pedir que ele deixasse Ava com minha irmã Julia porque naquele momento eu precisava de um tempo. Ao notar que Jesse ficou alterado Adam e Ed se aproximaram como se fossem meus pais e me deram uma força, o acalmaram ao menos naquele momento. Prometi que trataríamos do assunto quando eu estivesse instalada ou voltasse um fim de semana para Los angeles ou para nossa casa em Chicago. Sim, nós passávamos mais tempos juntos que quaisquer casal de namorados, por termos uma rotina parecida e compreendermos a vida um do outro até então.
Quando entrei no vôo já atrasada, me senti mal, de repente meu mau humor se tornou uma enxaqueca e como esqueci de tomar remédio para enjôo, acabei passando mal durante o vôo. A aeromoça foi muito gentil e Lana muito amável, apesar de eu ter percebido que ela não estava feliz com meu atraso, ninguém devia estar, mas senti um pré-julgamento em seu olhar e afeição. Depois que descemos do avião e fomos para os carros, por coincidência ela e eu ficamos na mesma Van, dividindo com Adam, Ginnifer, Josh e Jared que jogava entretido seu videogame ao lado da mãe. Suspirei aliviada por ninguém ficar perguntando coisas ou em cima de mim, exceto aqueles olhos marrons que me cuidavam durante todo o trajeto.
Sua mão quente alcançou a minha quando descemos do carro e fizemos o Check in rápido no hotel, outra coincidência do destino ficarmos no mesmo andar, será? Não acredito nessas coisas de sorte ou acaso, para mim as coisas são como são, nossas vidas estão escritas em uma espécie de livro invisível que cada um de nós tem a chance de escreve e reescrever, dificilmente apagar momentos, pessoas ou coisas.
Lana estava agora escrita nas páginas da minha vida, eu só não sei por quanto tempo ou como essa relação vai se desenrolar. Será que ela sentiu o mesmo calor que eu quando nossos corpos se tocaram e aproximaram? Será que ela pode ver meu medo de deixar ela entrar? As coisas estão tão nebulosas e confusas.
A única coisa que acredito é que ela é uma boa pessoa e uma bela mulher, talvez uma ótima amiga. Com tantos pensamentos acabo sentindo minhas pálpebras pesadas e dormindo em cima do sobretudo preto que eu vesti ao sair para o Hotel. Por um momento, só pude ver em minha mente aquele rosto inquieto e aqueles lábios vermelhos chamando meu nome e dizendo que tudo ia ficar bem. Que eu descansasse. Me senti leve e estranhamente feliz. Me aninhei mais ao lençol.
FIM DO POV DE JENNIFER
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(Narração)
Já passava das duas da tarde quando Lana terminou de se arrumar. Ainda estava exausta, afinal ficou o tempo todo cuidando da colega e quando não, trocava brincadeiras com Jared e os outros na Van. Queria apaziguar aquele sentimento de impotência que sentira enquanto JMo estava trancafiada na cabine, e logo, saíra pálida igual uma folha de papel. Queria esquecer seu julgamento errôneo e precoce, havia descoberto por Adam que a loira era muito pontual e que havia passado por um transtorno pouco antes de voar com eles, coisa que a morena entendeu se tratar do rapaz que chegava sob seu percalço.
Esperava ver a loirinha dentro de alguns minutos, mas foi tirada de seus pensamentos ao ouvir um barulho advindo do corredor? Não. Lana saiu e não avistou nada nem ninguém, foi quando ouviu de novo...
"Não, por favor, me devolve? Você não pode fazer isso! Eu faço o que quiser. Eu, eu não vou embora! Eu prometo! Sou só... Sua! Eu juro!"
Junto com aquelas palavras de súplica e desespero se sentia a agonia e o choro forte.
Mas o que será diabos está acontecendo? - Começou a dizer a si mesma até reconhecer aquela voz. Podia jurar que era da loira que havia deixado horas atrás em seu luxuoso e seguro quarto. Seus pelos se eriçaram. Sua boca desenhou um "O" e a morena tratou de elevar a mão a boca. Não sabia o que estava acontecendo lá dentro, não podia ver a si mesma, mas estava aterrorizada e por impulso correu até o quarto vizinho, tratou de colar o ouvido à porta e sentiu sua médula levar um choque. Era Morrison. As palavras difusas e aterrorizadas que saiam de sua boca penetraram nos ouvidos da mulher mais velha e então ela bateu, mas nada. Bateu de novo. Os ruídos pareciam ter cessado. Puxou a maçaneta tão agoniada e preocupada por duas vezes até que um grito forte e alto se prolongou.
"Nãoooooo!"
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Amor Sem Fim -Morrilla
Ficción GeneralTudo acontece enquanto JMo e Lana Parrilla estão gravando a série Once Upon a Time (Era Uma Vez )- série de televisão americana de drama e fantasia criada por Adam Horowitz e Edward Kitsis. O primeiro contato de Jennifer e Lana foi quando Adam e...