Você é mesmo gostosa. Capitulo 5.

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"É um pensamento curioso, mas somente quando vemos o lado ridículo das pessoas é que nos apercebemos quanto as amamos!"

Agatha Christie

POV Lana Parrilla

Meu coração encolheu quando vi o motivo do meu estresse de horas atrás encolhido naquele cubículo, cabelos desgrenhado, as mãos pressionando a borda do vaso sanitário, como se dali advir alguma força que a sustentasse. Alarguei os passos e ela com sua visão periférica me viu chegar e agachar. Estava branca como o porcelanato da parede. Segurei seu cabelo fazendo um rabo de cavalo e alisei seu dorso. Minutos de passaram e em uma trégua que seu estômago deu, vi sua fraqueza, aquele odor horrível, não tinha outro jeito...

-Vem, você precisa de um banho. -Falei a levantando pela cintura, a apoiando em meu ombro e levando para debaixo do chuveiro com certa dificuldade, já que ela é magra, porém mais alta que eu.

-Não. Quero. Lana. -Disse com dificuldade igual uma criança manhosa.

A sustentei contra parede embaixo do chuveiro com cuidado pra ela não cair, colei nossos corpos e baixei o zíper do vestido vermelho que ficava nas costas. Por sorte, o vestido foi mais fácil de tirar. Engoli a seco quando vi a lingerie de seda vermelha que cobriam a minha colega. O sutiã meia taça com aro, a calcinha modelo fio toda rendada deixando a pele alva bem destacada.

-Vamos Morrison, me ajude, levante os braços. -Pedi e ela levantou e pude tirar o vestido por cima, ficamos com nossos rostos há poucos centímetros de distância.

-Quero dormir! Nunca. Mais. Vou. Beber. Desculpa?! -Falou com cara de cão arrependido. Achei engraçado e balancei a cabeça sinalizando um "sim, eu te desculpo!" com a cabeça. Voltei aos meus devaneios. Por alguma razão esbarrar naquele olhar verde-azulado, naquele corpo estava me deixando fora de órbita. Liguei o chuveiro antes que ela teimasse em fugir do banho, e claro, acabei tomando um banho junto. Minha roupa estava encharcada. Lavei os cabelos áureos, ensaboei o corpo dela e essa, meus amigos, foi a parte mais constrangedora e difícil pra ambas. Senti como se meu corpo entrasse em combustão. Posso jurar que meus olhos estão vidrados nos olhos fechados de Jen, sim ela havia fechado os olhos ao sentir que eu passava a esponja pelo seu corpo, e, logo depois enxaguei seu corpo. Ela sorriu tímida. Achei fofo e sorri de volta franzindo a testa...

-Tem que terminar o banho, Laninha. -Disse jogando sabonete líquido em meu cabelo e me segurando com seus braços seus redor do meu pescoço.

-Jennifer Morrison você enlouqueceu?! -Falei com voz rouca e com indignação. Ela simplesmente me puxou para debaixo do chuveiro com ela e foi inevitável. Nossos corpos grudaram. A distância foi quebrada e uma Jennifer marota acabou por roçar a sua boca no canto da minha. Não sou de ferro!

O álcool podia ainda estar em seu organismo e eu poderia me arrepender assim como ela no dia seguinte, já que eu também havia tomado algumas doses, mas se não era um sinal do universo, eu não sei mais o que significava todos aquelas demonstrações de uma conexão entre nós, durante aquelas quatro semanas. Ataquei seus lábios sem esperar resposta, até que nos separamos em busca de ar. Ela arregalou os olhos por uma fração de segundos, me assustei, achei que iria sair correndo ou me expulsar do quarto.

-Você é mesmo gostosa! -Declarou me surpreendendo e isso não foi tudo.

Conheço a figura, sei o quanto ela é tradicional, cheia de regras, geniosa, contudo, pra minha surpresa ela me puxou de novo contra seus lábios e pediu licença com a língua pra aprofundar o beijo, eu amei aquilo, seguimos uma grande batalha com nossas línguas de quem dominava quem. As mãos bobas exploravam os corpos uma da outra. Minhas bochechas queimavam assim como meu corpo. Podia sentir o calor do corpo dela e isso era tão fascinante. Aquelas covinhas aparecendo em seu rosto só por eu estar ali com ela. Trinta e três anos parecia ter sentindo em apenas uma noite. Ao sentir uma pessoa.

Amor Sem Fim -Morrilla Onde histórias criam vida. Descubra agora