A Volta Pra Casa. Capitulo 32

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"Seja para mim o que você quiser, contanto que seja o meu amor". -Maneva

Capitulo

Nós tínhamos nos divertido até o momento em que minha irmã voltou sem Jennifer. As duas haviam ido ao toalete. Eu não considerei ir com elas, mas quando bati o olho e não vi minha loira, travei. Sendo uma figura pública, pensei que algum fã a reconheceu e como de praxe a fez estancar em algum lugar da casa noturna. Isso meio que me fez ficar mais calma.

—É melhor eu ir procurar a Jen. -Falei levantando da cadeira, impaciente com a demora dela em retornar.

—Eu vou com você! -Disse minha amiga se prontificando a me ajudar.

—Não é necessário, eu vou acha-la. Você poderia ficar com a Dee? -Pedi vendo minha irmã aérea.
—Claro, amiga, mas qualquer coisa você grita? Rsrsrs. -Concordou para meu alívio e balancei a cabeça com as besteiras da minha outra loira.

Eu também tenho uma boa dose de álcool no sangue, mas estou firme e forte. Acho melhor alguém cuidar da minha irmã que já está falando abobrinhas. Deena é fraca para bebidas, daqui a pouco vai estar querendo dormir. Eu conheço a peça. Tess  tem muita resistência e não demonstra estar tão fora da casinha, por isso confio nela.

Fiz o caminho mais próximo e provável que as meninas fizeram minutos atrás. Sempre buscando-a com olhos de águia. Cheguei ansiosa até a metade do caminho e senti meu corpo tensionar.

Jennifer! -Disse bem baixo ao ver uma cabeleira loira há alguns passos à frente.

A cena que presenciei nos minutos que passaram foi uma surpresa e um choque de realidade.

Eu reconheceria aquele corpo, aquele cabelo dourado em qualquer tempo ou lugar. A raiva me consumiu quando meus olhos flagraram um homem moreno, com um corpo malhado segurando Jennifer como se ela fosse sua namorada, em um beijo aparentemente furtivo.

Não pensei. Não disse nada. Quando dei por mim, já tinha puxado o cara pela gola, forçando ele a liberar Jennifer que se debatia nos braços dele. Fiquei tão cega de ódio que acabei empurrando quem estava em minha frente e dei um gancho de esquerda naquele macho escroto. Ouvi os dois carinhas fazer a maior algazarra quando meu soco acertou em cheio nariz do idiota. Ele ficou muito irritado e parecia querer avançar em mim. Nesse momento, a loira assustada entrou no meio da briga e me puxou para trás.

—Ficou maluca?! -Esbravejou ficando há poucos centímetros de distância.

Uma roda havia sido formada no meio da boate. Todos olhando a situação. Todos assistindo o inusitado show de horrores que era um homem e uma mulher em uma briga de verdade. Vivi a minha vida toda no Brooklyn, conhecia bem aquele tipinho.

—Isso é pra você aprender a respeitar uma mulher, seu filho de chocadeira! -Devolvi o insulto, definitivamente eu estava vivendo a minha personagem. Minha ira era tão grande que não ligava para o fato de sermos famosas.

—Ah, a bananinha tá nervosinha por causa da amiga, tá? ela é bem gostosinha mesmo. -Provocou com o nariz sangrando, desviando seu olhar devasso para Jennifer outra vez. A comia com os olhos, encarando-a de cima a baixo. Parecia que Gaia estava testando minha paciência.

Como era de se esperar e por intervenção divina, apareceram os seguranças da boate e as pessoas começaram a se dispersar. A loira que tentava nos separar fazendo uma barreira com o próprio corpo, tensa segurou minha mão quando um dos seguranças dedicou sua atenção a nós duas e outros dois ao cara.

—As senhoritas estão bem? -Perguntou com olhar analítico. Ele devia ter seus 40 anos e parecia já saber a qué se dava aquela balbúrdia de minutos atrás.

Amor Sem Fim -Morrilla Onde histórias criam vida. Descubra agora