O Admirador. Capitulo 16

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A paixão morre mesmo quando lhe é dado tudo e nada.


POV's Lana Parrilla

A minha cabeça estava prestes a colapsar de tantos pensamentos. Voltamos para o hotel em silêncio. Eu entedia bastante os valores que Jennifer foi criada e conhecia sua personalidade, talvez fosse esse o meu maior medo. Eu estou completamente apaixonada pela minha amiga de cast e até hoje não tenho certeza se ela sente o mesmo por mim ou se tudo é só "uma aventura". Um mundo novo pra ela, já que até onde sei, ela nunca ficou com outra mulher.

Entramos no hotel e Meghan veio toda afoita pra cima de JMo. Eu acreditei que apesar daquele momento de algumas horas atrás, íamos pelo menos chegar a um consenso ou apenas descansar juntas. Me enganei. Senti minha unha cravar na palma da minha mão quando fechei o punho direito ao ouvir nossa "colega" chamá-la de uma maneira tão íntima e ela nem se importar. Será que era por que ela estava chateada e cansada para reagir ou por que gostava dos flertes da morena? Não quis mais pensar na resposta. Me despedí o mais educada e simpática que pude e fui para meu quarto. Nossa, eu devia mesmo ter alugado uma casa como a maioria fez. Estaria com Lola agora. Minha bebê.

Fiz minha higiene. Vesti uma camisola vermelha de seda de alcinhas e que ia até o joelho. Me senti confortável. Coloquei o roupão de mesma cor para amenizar o frio. Peguei o script para continuar estudando um pouco minhas falas, mas não deu certo. Minha memória me levava para aquele momento que o "palerma" do Stan nos flagrou e praticamente ameaçou minha loira. Dei um pulo da cama e sem perceber eu estava andando em um vai e vem pelo quarto, tentando achar uma solução. Pensando n'uma saída para aquele possível problema. Foi quando tinha o olhar perdido que vi abaixo, nos pés da porta, na pequena fresta uma sombra que surgiu. Senti minha respiração diminuir e logo estava acelerada. Sorri ao imaginar que Morrison havia baixado a guarda e tomado a atitude de vir até mim. Ela me ama.

Toda emoção se transformou em choro quando a sombra sumiu. Nem um toque. Talvez nem fosse ela. Talvez tivesse ido encontrar os outros no restaurante. Sentei no chão, recostada na lateral da cama king. Não precisava me martirizar mais, só chorar. Tinha de botar todo aquele excesso de ansiedade, medo, paixão, angústia e raiva que estavam me sufocando pra fora.

A gente segura tanto essa imagem perfeita pro mundo. Esse sorriso pintado 24 horas. Essa força e simpatia que acaba sufocando nossa essência. Não importa quanto você ame alguém, uma hora ou outra ele vai frustrar suas expectativas. Ele vai te ferir com ou sem querer, parece uma lei. Uma regra na vida, pra ver se a gente suporta. Um teste pra ver se a gente merece ou se dá conta de ter tudo o que sempre quis e sonhou viver.

Acho que passaram algumas horas depois que me esvai em lágrimas, então me joguei na cama sem me importar com mais nada. Estava fadigada. Sonhava com aqueles olhos claros me observando. Me admirando a cada amanhecer. Meu corpo mole pedia apenas amparo. As lágrimas insistentes secaram e pouco a pouco fui vendo tudo se apagar. A noite pode ser um bom abrigo para almas solitárias e confusas.

FIM do POV's Lana Parrilla

Narradora

Jennifer Morrison levantou as seis da manhã com sua "Siri" lhe avisando que era hora de acordar.

Maldição! -Praguejou ainda sonolenta. Os olhos fundos e inchados. Não havia dormido quase nada e esquecera de cancelar o alarme aquela manhã que não gravaria.

A contragosto jogou o lençol bege da cama para o lado com fúria, como se este tivesse culpa de algo. Parou tentando focar e abrir os olhos adaptando-se a claridade, que escapava pelas pequenas frestas das cortinas das janelas de vidro do quarto. Seu cabelo estava um desastre. Finalmente criou coragem e sentou procurando as pantufas para levantar. Iria correr. Correr até não poder mais. Preguiçosa seguiu até o banheiro e tomou um banho bem quente. Terminou sua higiene. Depois dos cuidados com sua pele, vestiu uma roupa esportiva como de costume: uma calça legging preta até o joelho valorizando suas curvas e um top preto. Tênis esportivo branco. Iria colocar um boné para se proteger do sol e dar um ar mais despojado ao look. Fez um rabo de cavalo no cabelo. Pegou seus fones de ouvido e colocou do lado do celular na cama junto com o boné. Recebeu o café da manhã no quarto...

Amor Sem Fim -Morrilla Onde histórias criam vida. Descubra agora