Estamos juntas. Capitulo 33

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"Trabalhar duro te levará para cima, aproveitar o caminho te levará mais longe." ✨

Depois que saímos do banho, Lana me deu um blusão e uma calcinha nova que tinha em sua gaveta. Ela estava com um Baby Doll de cetim estampado de oncinha. Uma secou o cabelo da outra e nos escondemos debaixo daqueles lençóis grossos de algodão egípcio.
Lola estava esparramada na poltrona cinza, do outro lado do quarto. Só lembro de me agarrar ao corpo da morena, acariciando seus cabelos negros e macios, enquanto ela lutava para não dormir primeiro, o que acabou acontecendo. Eu sentia uma tranquilidade surreal inalando o cheiro de lavanda em sua pele morena. Escondi minha cabeça no vão do seu pescoço e então desmaiei até o dia seguinte.

~~~~~~~~~ LANA & JEN~~~~~~~~~

Já era tarde quando senti uma luz forte invadir minhas pálpebras e arrancar um palavrão. Se tem uma coisa que detesto é ser acordada e meu humor é dos piores quando acordo. Nada pessoal, só um defeito na mortal que sou.

Porra!
Só Mais 5 minutos?!

Resmunguei, me encolhendo mais debaixo do lençol e escondendo meu rosto amassado e aborrecido debaixo do travesseiro.

—Se quiser morar na cama eu te dou uma maçã envenenada, querida. -Brincou pulando na cama, fazendo meu corpo por instinto se erguer. 

—Assim vai ficar com teia de aranha até outra encarnação. -Falei sentando contrariada. Tenho certeza que minha cara  era igual a do tio Scar, do filme O Rei Leão.

—Ja me acostumei com esse mau humor de cão matutino seu. -Diz sorridente, me dando um beijo de esquimó.

—Eu não entendo como alguém pode acordar tão feliz. -Falo bocejando, tirando o lençol e me espreguiçando.

—Você é uma ogra, não tem como entender. -Falou com falso ar de mágoa.

Então não tive escolha a não ser começar àquela linda manhã fazendo cócegas no meu potinho. Estávamos as duas de ressaca, mas nada nos roubou a alegria e a certeza de que estamos escrevendo essa fase de nossas vidas juntas aquela manhã.

—Pára! Pa-r..a! -Pedia morrendo de rir, quase chorando com as cócegas em sua barriga. Estava vermelha de tão exultante.

Paramos a brincadeira quando alguém bateu à porta e eu congelei. Lana continuou descontraída, enquanto eu arregalei meus olhos fitando aquele par de olhos amendoados.

—Merda e agora? -Cochicho com medo.

—Pode falar normalmente, ela não é o bicho papão. -Respondeu mostrando sua confiança e tranquilidade.

Será que Lana levava seus namoricos para casa sempre? Hum.

—O café da manhã  vai esfriar, filha. -Disse tia Candy atrás da porta.

—Ja vou, mama. -Respondeu com seu tom habitual, enquanto eu procurava uma roupa minha para vestir. Como se fosse encontrar no quarto de Lana.

—Vê se não demora, saco vazio não pára em pé. -Disse enquanto sua voz diminuía. Ela havia descido.

Trocamos um selinho e fomos ao meu quarto para eu me vestir. Demorei cerca de meia hora fazendo minha higiene pessoal e me tornando "apresentável". Isso escutando os pigarros e passos ansiosos da minha companheira, há poucos metros.

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NA SALA DE JANTAR

Havia uma bela mesa branca de com tampo de vidro branco e a borda de madeira. As cadeiras tinham estofado branco e eram de madeira.

Cumprimentei as três mulheres mais velhas e estranhei Deena não estar entre nós. Dolores comentou à mesa que Deena estava no décimo sono. Que inveja branca dela. Não teve filho de Deus que a acordasse, presumindo assim que nossa farra foi ótima. Conversa vai e conversa vem, fui descobrindo algumas coisas sobre Lana, por exemplo: que a mesma encara tudo, mas morre de medo de cantar em público. Adorável.

Amor Sem Fim -Morrilla Onde histórias criam vida. Descubra agora