Lembrando que tudo foi tirado das vozes da minha cabeça ou de séries. Não tentem reproduzir qualquer coisa aqui escrita.
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Kara
Ainda abraçada com Lena, caminhou em direção a sala dos staffs. Kara até cogitou a ideia de leva-la para a sala de Andrea, mas lembrou que ao invés de paredes, havia janelas em volta de todo o cômodo.
Abriu a porta, levando-as para o sofá e se sentou trazendo a menor consigo. A Luthor apoiou o rosto no pescoço da outra e rodeou a cintura alheia com os braços. Lilian, Lionel e Lex entraram atrás, sentaram-se nas cadeiras ali dispostas e observaram atentamente a cena a frente.
A mais nova dos Luthors nunca fora de demonstrar seus sentimentos, menos ainda de chorar na frente de qualquer pessoa. Ela tremia e chorava compulsoriamente nos braços da residente.
- Querida – seu pai chamou após alguns minutos angustiantes de silencio -, quer nos contar o que está sentindo? – Perguntou fazendo um carinho no joelho da filha.
Lena levou algum tempo para se recompor. A todo momento, Kara fazia caricias em suas costas e sussurrava para que a menor respirasse calmamente.
- Não foi a primeira vez que apontaram uma arma para mim. – Sussurrou após um tempo, ainda com o rosto escondido.
- Como assim? O que quer dizer? – Lex se alertou, só podia ter ouvido errado.
Lena suspirou profundamente sentindo o cheiro doce de Kara invadir suas narinas e saiu de seu esconderijo. Na mesma hora a loira sentiu uma falta absurda da respiração da morena em seu pescoço.
- Quando trabalhamos no Mercy West, entrou um paciente com ferimentos a bala no peito. O caso dele era muito grave, porém ele era um imigrante ilegal e nós não poderíamos atende-lo, menos ainda sem a presença da polícia. – Tomou folego. Kara ainda fazia carinho em suas costas com uma das mãos, ao mesmo tempo em que a outra apertava sua coxa, observando-a o tempo todo. – O irmão mais velho que o tinha trago e ficou esperando noticias do lado de fora. Eu fui até ele para lhe explicar a situação e pedir desculpas por não poder ajudar, mas ele não entendeu. Quando percebi, havia uma arma na minha cabeça – soluçou e mais lagrimas rolaram por seu rosto. Os quatro pares de olhos se arregalaram e era possível ver lagrimas em alguns deles. Kara apertou ainda mais a perna da morena – Ele me ameaçou, disse que se eu não desse um jeito de salvar seu irmão, ele me mataria e a minha família.
- Eu não acredito nisso. Por que não me contou, Kieran? – Lex interrompeu a irmã se pondo de pé, os olhos vermelhos.
Lena se encolheu e voltou a se esconder no pescoço da residente. Lilian Lançou um olhar de reprovação para o filho.
- Deixe que ela continue, querido. – Proferiu a matriarca e o mais velho voltou a se sentar.
- Depois disso ele me empurrou. Eu cai no chão e vi que ele tinha uma pistola apontada na minha direção. Ele mandou que eu levantasse e fosse salvar seu irmão enquanto fazia sinais para que eu voltasse para o hospital. – Lena encarava as próprias mãos sobre o colo de Kara, a loira ainda tinha os braços firmes ao seu redor. – Eu corri para dentro e pedi uma sala de cirurgia de emergência. A operação foi complicada, ele teve duas paradas cardíacas e transpusemos várias bolsas de sangue. Ainda assim, eu consegui tirar as balas e reparar a aorta dele. Depois que o levaram para o quarto, voltei ao estacionamento para informar o irmão, mas quando cheguei lá, tinha mais homens com ele e todos armados.
"Eu me aproximei e eles me fecharam dentro de um circulo enquanto dois deles me seguraram. Dessa vez, todos apontavam armas para a minha cabeça. Eu avisei que a cirurgia havia sido um sucesso, que o irmão dele estava no quarto e estável. - Mais lagrimas e com elas um aperto vindo da loira – Ele veio ate mim, colocou a arma na minha boca e disse que eu não fiz nada mais que minha obrigação e que deveria me matar ali mesmo. – Kara sentiu seu peito apertar só com a possibilidade e as lagrimas que ela segurava finalmente rolaram - Mas que por respeito ao irmão não o faria e que era pra eu nunca mais cruzar seu caminho. Antes deles me soltarem e saírem, ele me deu uma coronhada na cabeça.
Quando a morena concluiu, todos na sala choravam. Nenhum deles poderia sequer imaginar como Lena estava se sentindo. Ela sempre teve uma pose de durona e sempre guardava seus sentimentos para si.
- Alguém sabia disso? – Lionel perguntou abraçado a esposa.
- Eu contei para Sam logo depois que ela brigou comigo por ter sido demitida. – Murmurou.
- Por isso ela passou aquela semana em casa. – Lex divagou encarando um ponto fixo no chão.
- Exato. Ela queria garantir que eu realmente estava bem. Também foi por isso que ela conseguiu um emprego no Presbiteriano para a gente. – Lena finalmente se afastou do pescoço de Kara e encarando o irmão
Um silencio se instalou onde podia ser visto as expressões de medo nos rostos dos ali presentes
- Com licença, senhores Luthors – Um interno interrompeu adentrando a sala após bater na porta. – O FBI precisa falar com os senhores.
Lionel e Lilian se entreolharam. Não queriam deixar Lena sozinha depois de todo o ocorrido.
- Podem ir. – A filha falou simples.
- Não sabemos quanto tempo irá demorar, querida, e nós dispensamos o motorista, não tem como você e seus irmãos irem para casa. – O pai argumentou docemente.
- Eu posso leva-los. – Kara se pronunciou. - Meu turno acabou as 20 horas, estou oficialmente liberada há – Olhou as horas no celular – 15 minutos.
- Você tem certeza, querida? Não queremos incomodar. Além do mais, Ruby também está com Sam. – Lilian perguntou depois de encarar o marido.
- Claro, eu posso fazer isso, e não será nenhum incomodo. Eu só preciso avisar minha irmã primeiro. – Sorriu timidamente enquanto mexia nervosamente nos óculos.
- Se estiver tudo bem por vocês. – Lionel olhou para os filhos.
Os gêmeos concordaram e se levantaram. Pegaram suas mochilas e após isso todos saíram da sala acompanhando o interno.
- Eu só vou pegar minhas coisas e encontro com vocês. – Kara avisou. – Tudo bem por você? – Se virou para Lena.
- Sim, tudo bem. – A morena respondeu e logo sentiu as mãos da residente em seu rosto.
Kara a olhou por alguns instantes e sorriu enquanto deixava seus polegares acariciar as maçãs de seu rosto. Ela se aproximou depositando um leve beijo na testa da mais nova. Lena sentiu suas bochechas esquentarem com o ato de carinho.
Feito isso, saiu.
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Eu sei que sumi e gostaria de pedir desculpas por isso. Não achei que realmente alguém fosse ler e gostar disso aqui, mas estou feliz que tenham.
Então esse capítulo é dedicado a você que foi ao meu perfil pedir pela atualização. Obrigada por ler e por gostar do que eu escrevo.
Deixe-me saber se estão gostando <3
Até já!
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All Of Me
FanfictionImprudentes, teimosos, exigentes, atrevidos, imaturos, ciumentos... Adjetivos que muitos usariam para descrever os Luthor's, mas ninguém poderia negar: eles eram incríveis. Lena e Lex nunca foram de ter muitos amigos, na verdade só duas pessoas ocu...