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Sem camisa? Nu? Só pode ser o universo brincando com minha sanidade mental! Como irei resistir? Quem em sã consciência conseguiria ficar ao lado de um homem como esse e se manter plena, sem reação? É demais para mim, nunca antes senti perto de alguém a minúscula parte do que sinto quando meu marido se aproxima, e isso com ele vestido, agora, esses desejos imorais que me fazem ficar quente, se potencializaram.
Tento erguer-me da cadeira mas fico zonza devido ao beijo, a camisa, o peito nu, os gominhos, e a ligação cabeça-corpo falha, minhas pernas não obedecem ao comando de levantar-se e acabo caindo nos braços de Baran.
Tenho a impressão que fui pega com mais firmeza ainda do que das outras vezes, seus braços ao redor de mim estão mais apertados, mais possessivos e também mais confiantes. Creio que minha postura de mulher apaixonada tenha contribuído para que meu marido veja que eu já lhe dei meu coração a muito tempo e isso deixou nossa relação mais intensa e os toques mais ousados. Estou colada nele de tal modo que entre nós nem um grão de areia é capaz de passar, e meu único pensamento é beija-lo novamente. Olho para sua boca e respiro fundo criando coragem de tomar a iniciativa... Esse movimento faz nossos peitos roçarem um no outro e sinto meus mamilos ficarem duros instantaneamente.
De repente, tudo que vejo é ele, tudo que quero é ele e sem demora encontro sua boca com uma necessidade imensa. Preciso de mais, quero todo calor, o cheiro, a pele, tenho que senti-lo pedacinho por pedacinho, meu coração bate frenético, meu cérebro se desligou e agora quem manda é o desejo. Seguro em seu pescoço mas ainda é pouco então levo as mãos aos seus cabelos e deixo elas passearem entre os fios sedosos, sempre tive vontade de desmanchar seu topete quando discutimos, queria vê-lo sem a postura de homem de negócios poderoso mas agora o motivo é outro, muito melhor, simplesmente minhas mãos não conseguem parar e ter seus cabelos entre os dedos é uma questão de prazer, não mais de vingança como antes.
Baran geme profundamente e seus movimentos despertam como se ele estivesse me dando tempo de explorar o beijo, de estar no controle e sou erguida até ficar sentada sobre o balcão da cozinha. Já que estava em casa e sozinha, uso um vestido leve que se embola sobre as coxas revelando partes de meu corpo que antes ficavam escondidas aos olhos do meu marido. Baran traça um caminho invisível em minhas pernas usando somente um dedo... Por onde seu toque passa, deixa um rastro de fogo e arrepios que vai subindo ao encontro da minha parte íntima.
Um barulho vindo da sala nos tira do transe em que estávamos e sem pensar corremos até o pai de Baran que continua em sua cadeira, imóvel e aparentemente bem, no mesmo local em que estava, tudo parece normal exceto por cacos de vidro que se espalham perto dele. O vaso onde coloquei a flor vermelha recebida a pouco está quebrado e, por alguns segundos penso que pode ter sido meu sogro que o derrubou mas então a cortina balança e vejo o quanto fui tola, já que está claro que foi assim que o vaso caiu, afinal o Senhor Kudret não teria como fazer isso...
Rapidamente começo a juntar os cacos mas acabo cortando um dedo e um filete de sangue escorre pela palma de minha mão. Baran surge amparando-me com enorme delicadeza, parecia que havia sofrido um ferimento grave. Sou conduzida até a poltrona mas para minha total surpresa quem senta é meu marido que em seguida pega-me no colo inspecionando o machucado minuciosamente.
- Não é nada... Somente um corte bobo...
- Até mesmo um pequeno corte seu é em meu coração como um punhal. E, desse assunto você entende não é?
Lentamente seus lábios descem sobre o ferimento e deixam um beijo casto que me faz suspirar. Em seguida meu dedo é capturado entre seus lábios que o sugam delicadamente. Sinto-me derreter e o ar some de meus pulmões, essa cena sexy me hipnotiza e deixa em brasas. Remexo o corpo, inquieta em seu colo e percebo sua dureza... Assustada com o rumo rápido com que me deixei levar, desrespeitando inclusive meu sogro ali presente, fujo de seus braços. Já de pé, tento ajeitar a roupa e os cabelos que estão perfeitos mas isso me dá tempo de respirar normalmente antes de falar.
- Preciso me arrumar para a faculdade...
- Estarei esperando... Nós estaremos.
Meu marido parece tão afetado quanto eu e isso me dá certo alívio, já que ele está bem mais desgrenhado e ofegante. Corro para o banheiro mas antes noto um ar de riso no rosto do pai de Baran que parece ter se divertido com a cena.
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Demoro todo tempo possível antes de sair do prédio da faculdade. Reviso trabalhos e procuro livros aleatórios na biblioteca até que o lugar vai apagando as luzes em um sinal claro que devo retirar-me. Baran ofereceu-se para buscar-me mas não achei correto já que seria a primeira noite do Senhor Kudret em uma casa estranha, além é claro de temer o que aconteceria se ficasse trancada em um carro com ele. Mas do motorista não pude esquivar-me, no estacionamento o carro preto reluzente me aguardava.
Durante o caminho fui imaginando todas as possibilidades de desfecho para essa noite. Talvez Baran já estivesse dormindo ou lendo algo relacionado a trabalho e nem notasse minha chagada. Ou, ele ainda poderia estar sem camisa, esperando-me no escuro... A pequena casa possui somente um quarto que destinei ao meu sogro e, deixei roupas de cama sobre o sofá para meu marido. De minha parte, pretendo adormecer na poltrona.
Ao entrar imediatamente noto a diferença na sala. Um sofá bem maior do que o que havia ali ocupa seu lugar, na verdade é um daqueles que servem como cama quando aberto. Em um dos lados, Baran está deitado dormindo profundamente. A poltrona não está mais lá. Procuro em minha mente opções mas as cadeiras da cozinha são a única alternativa. Silenciosamente deito-me o mais longe possível da tentação em forma de homem ao meu lado mas no outro dia, ao acordar-me, antes mesmo de abrir os olhos percebo que a distância inicial foi em vão... Estou esparramada por cima de Baran, segurando seu corpo firmemente com o nariz enterrado no peito nu.
Minha sorte é que ele ainda dorme então nunca saberá a posição em que passamos a noite.