capitulo 20

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Eu deixei a luz do quarto acesa. Quero ver cada reação do seu corpo. Quero ver as suas expressões. Quero desejá-la sem vendas e sem receios. Quero que Emma se sinta segura ao se entregar para mim.

Eu quero fazê-la entender o que nem eu mesma entendi sobre a vida. Não quero perder a oportunidade de admirá-la por completo. Apenas a luz da lua que invade o ambiente não seria o suficiente.

É tudo muito novo. É tudo muito mágico. Não consigo descrever as minhas emoções. Na verdade, não sei ao certo o que estou sentindo. É como se fosse a minha primeira vez. Estou um pouco nervosa e ansiosa. Parece que estou no auge da minha adolescência pronta para provar um doce único.  É como se eu estivesse preparada para se jogar de um abismo sem paraquedas. O fogo me consome por dentro. A sede de prová-la não é maior do que o desejo de amá-la — acredite, tem diferença.

Tudo ficará gravado na memória das nossas almas. E a cada novo segundo ao seu lado, desejo tê-la por toda a eternidade. Mesmo não sendo feita de certezas, não tenho dúvidas em relação a Emma. É ela. Sempre foi e sempre será ela. Antes dela não havia significados. Depois dela não haverá mais ninguém. Fomos feitas e destinadas uma á outra. E eu posso te convencer que o nosso amor é bonito e é bonito.

Eu quero ser a sua melhor noite, o seu melhor amor e a paixão que lhe queima. Não há limites no que sinto, no que desejo e no que pretendo fazer. É possível que ela sinta todas as minhas vontades e possa ver em meu olhar todos os meus receios, mas não há palavras capaz de descrever aquilo que se apossou dos nossos corações.

Eu comecei beijando-a com ternura, demonstrando que iria cuidar dela em todos os quesitos e que não há espaço para mais ninguém na minha vida. É doce o nosso contato, o nosso toque. Eu amo a maneira como as suas mãos percorrem e fazem carícias pelo meu corpo. Eu sou apaixonada pelos suspiros que ela dá em meio aos beijos, isso sem falar nas mordidas suaves que me deixam ainda mais quente.

— Posso continuar? — perguntei com uma certa doçura.

— Você pode tudo, meu raio de sol. — Emma respondeu e me olhou com intensidade. — Me faça sua por completo.

E então ela fechou os olhos e se deixou levar pelo momento. Eu voltei a beijá-la — só que agora com mais tesão. A minha língua brincava pela sua boca e as minhas vontades não eram puras. As minhas mãos percorriam o seu corpo e buscava senti-la. Hora ou outra, eu me perdia admirando as suas expressões tão entregues. O meu coração não cabia em meu peito. Eu não sabia que a desejava tanto, até começar a prová-la.
Eu beijei o seu pescoço e não evitei deixar marcas. E fui descendo a minha boca, chupando cada pedacinho seu, lhe arrancando gemidos tímidos. Emma consegue ser ainda mais perfeita nua. Oh Deus, e que perfeição! Eu posso jurar que a tua nudez é a mais linda obra de arte. E a sua voz rouca implorando para que a minha boca continuasse tocando a tua pele, é a mais perfeita música. Me sinto em chamas.

A maior perfeição foi quando toquei em sua buceta. Quando senti o seu gosto. Puta que pariu! Primeiro, dei um beijo e depois comecei a brincar. Hora a minha língua apenas passeava por cima, em outrora deslizava para dentro. Quanto mais molhada Emma ficava, mais a vontade de chupá-la me dominava. É deveras magnífico observá-la com tesão... eu posso ficar aqui por um bom tempo. O melhor é quando os meus dedos começaram a entrar e sair da sua buceta apertada e foram lambuzados pelo seu gozo. Eu não queria parar. Eu queria voltar a beijá-la e continuar fodendo e a amando com toda a intensidade presente no meu ser. Posso afirmar que se tornou o meu mais novo vício escutá-la pedindo por mais. Eu realmente não queria parar mas o fiz quando notei que ela havia chego no limite do prazer...

— Você é tão perfeita. Tão gostosa sendo minha. — Eu comentei e lhe dei um beijo carinhoso e demorado, encerrando com um selinho.

— Eu amo você, meu raio de sol. — Eu pude ver a verdade em seus lindos olhos.

— Eu também amo você, meu amor.

🌹

O dia amanheceu bonito. Eu não tenho motivos para reclamar, apenas para sorrir. Eu gosto dessa paz que me invade. Eu adoro não ter uma tristeza para vos relatar. Eu gosto de estar aqui esperando dona Rosa acabar de passar o café e pensar “a vida vale a pena.” Óbvio que ela iria querer saber as razões que me levam a explodir de felicidade e se quer saber a verdade, não sei nem por onde começar.
Não demorou para que a bela senhora se sentasse a minha frente e me entregasse uma xícara de café. O seu silêncio se parecia com: “pode começar a falar.” E o meu sorriso era do tipo: “talvez eu tenha encontrado o paraíso.”

— As coisas entre vocês estão se resolvendo, não?

— Eu acho que sim, Rosinha. — Eu sorri. — E se quer saber de uma coisa: me sinto tão feliz. Pela primeira vez na vida posso dizer que estou sendo feliz.

— Fico feliz por ti, minha menina. — Ela foi sincera. Eu amo o amor que ela me dá. — Você merece mil milhões de motivos para sorrir.

— E ela seria todos esses motivos, sem sombra de dúvidas.

E assim, em meio a lembranças e sorrisos bobos, fui degustando o café terrivelmente doce. Tentei ignorar o orgulho que dona Rosa estava de mim. Droga. Eu estou feliz.

Mais uma xícara de café. Mais lembranças. Eu estava tão a mercê dos meus pensamentos que não notei a aproximação do capeta.

— Cadê ela? — A voz irritante do demônio que conheci não faz muito tempo, me roubou a paz matinal
.
— Quem te deixou entrar? — perguntei e me levantei para ver se estava certa sobre quem se tratava.

— Isso não importa. Cadê o meu amor? — Insistiu. Ela é tão arrogante que pensa que é bonito ser feia.

— Quer que chame os seguranças, minha menina? — Dona Rosa se envolveu na conversa ao perceber que a tal da Lilith não era bem vinda.

— Não precisa, Rosinha. Pode ficar sentada e terminar o seu café que eu tiro o lixo pra fora!

— Espero que isso não tenha sido sobre mim. — A ex da Emma comentou. Eu me aproximei e a olhei com desprezo.

— Sobre quem mais seria?

— Eu não vou ficar perdendo tempo contigo. Cadê ela?

— Não te interessa onde está a minha mulher. Será que você não entendeu ainda que não poderá mais chegar perto da Emma?! Não há nada que tu possas fazer para mudar isso.

— Eu vou te colocar na cadeia! — esbravejou.

— Por qual crime? Ser bonita demais? — Fui debochada. — Você sabe que se eu te bater aqui a errada ainda será tu, não sabes? Vou alegar que invadiu a minha casa e me aborreceu. Acho que você não tá afim de ficar ainda mais horrível do que já é!

— Já chega. Vou chamar os seguranças. — Rosa se levantou mas antes de fazer o que disse, percebeu que não precisava. A garota chata se deu por vencida e se retirou fazendo inúmeros xingamentos.

— Quem é?

— A ex abusiva do meu amor. Se ela fosse uma boa pessoa, eu me retiraria dessa história e entenderia o meu erro. Mas ela é o capeta e então farei questão de lhe entregar o inferno.

— Nem precisa se preocupar. A idiota só quer chamar a atenção mas vai desistir em breve, assim que arrumar outro passatempo. Não se esquenta com isso. Volte a tomar o seu café, minha menina.


























































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