TEACHER ─ Wednesday Addams

Final

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O toque suave dos lábios de Wednesday se chocaram contra a sua testa, a mulher corvo te auxiliava no banho a passar o sabonete pelas suas costas cheia de arranhões e hematomas. Você choramingou baixo fazendo a mulher corvo beijar outra vez sua testa.

─ Estou quase acabando, só mais um pouquinho. ─ Disse enquanto fazia um caminho de beijos da sua têmpora até os seus lábios. ─ manhosa...

Você suspirou com a junção dos lábios de Wednesday. Havia se acostumado com a temperatura gélida deles contra os seus, sempre causando leves arrepios em seu corpo.

─ Wed, não me chame assim. Você sabe que eu não sou manhosa! ─ Disse contra os lábios da mais velha. ─ Tá bom, talvez eu seja...

─ Você não engana ninguém. ─ Addams depois do ósculo continuou a passar o sabonete nos ferimentos, no fim jogou água. ─ Prontinho cara mia.

Você permaneceu encolhida na banheira olhando seu reflexo na água, pensava longe e não ouviu o que Wednesday sussurrou.

─ Ainda está chateada por eu ter mentido? ─ Fitou a esgrimista fazendo um leve bico.

─ Um pouco cara mia ─ A mulher de tranças jogou um pouco mais de água para tirar o resto do sabonete no seu corpo, logo foi possível escutar seus suspiro alto. ─ Fique tranquila, não durará para sempre.

─ Eu não tive escolha, se tivesse eu faria diferente... ─ Você desabafou olhando a esgrimista olho no olho.

─ Confio em você, não me machucaria nem se eu te pedisse. ─ Wednesday acariciou seu ombro exposto. ─ Vem, tem que se secar para eu refazer os curativos!

Você acenou com a cabeça e se levantou com a ajuda da garota pálida, ao mesmo tempo se escorou na parede. Em passos curtos se direcionou até a cama da mais velha aonde sentou, permanecendo quieta e abafando gemidos de dor.

Wednesday pegou uma toalha no armário e correu até o seu lado, te envolveu com o pano e tentou secar seu corpo sem te ferir.

Quando Addams terminou de enxugar, a esgrimista deixou a toalha estendida sobre a cadeira e partiu até uma mochila, ─ que trouxe do seu quarto ─ para catar algumas roupas suas.

Com todo o cuidado voltou para o seu lado e te vestiu calmamente. No final deixou um selinho em seus lábios e foi escrever outro capítulo do seu livro enquanto você se deitou um pouco apenas a vendo se ajeitar na cadeira e bater os dedos nas teclas, fazendo um barulho constante.

─ O que acontece conosco agora? ─ Perguntou com a voz arrastada.

O barulho das teclas da máquina de escrever pararam e Wednesday pensava no que diria.

─ Como assim? ─ Addams fingiu ficar confusa, não queria te dizer algo para a afligir.

─ Sabe, sobre o Tyler e o Xerife Galpin, as nossas vida daqui para a frente. Olha para mim, eu matei meu pai biológico. ─ Você se sentou na cama cruzando as duas pernas. ─ Me sinto um nojo.

─ Tyler merecia a morte, e você nos libertou de continuar sofrendo pelo resto do nossos anos. Você é uma heroína, não um monstro. ─ A psíquica girou a cadeira em sua direção e permaneceu ali, dizendo tais coisas enquanto observava seu semblante tristonho. ─ Não se culpe, você fez tudo isso por amor e eu sou grata por ter você na minha vida, de fazê-la ter cor outra vez.

Você riu e abriu um leve sorriso ao abaixar a cabeça.

─ Você tá bem? Tá meia mole! ─ Você notou os olhos de Wednesday possuírem um brilho diferente como nas outras vezes.

─ Eu te amo S/N! ─ Addams se levantou depressa e se sentou ao seu lado puxando seu rosto de forma prestigiosa para um ósculo.

Você retribuiu o beijo deixando sua mão na nuca da mais velha apertando de leve, Addams iria se sentar no seu colo quando suas garras de Hyde foram ativadas.

Wednesday arregalou um pouco os olhos ao notar que suas garras quase perduraram o pescoço da mulher corvo e em seguida te mirou pedindo com um olhar para desativar.

─ Foi mal aí. ─ Você suspirou e guardou as garras voltando a trazer Wednesday ainda mais para perto de si.

(...)

Você desceu as escadas do prédio Ophelia Hall com suas bagagens. Ao chegar na frente do estacionamento da escola Tropeço pegou suas coisas e as colocou no porta malas da limousine.

─ Pronta para ir conhecer meus pais? ─ Wednesday apareceu logo em seguida usando roupas sociais para aquele clima frio.

─ Sim! Quero muito conhecer a sua mãe, pelas fotos ela parece uma deusa grega. ─ Você disse sorrindo e Addams te repreendeu com um olhar.

─ Pensei que eu era a deusa grega. ─ A psíquica fingiu estar chateada com sua fala enquanto arrumava a bandagem envolvida na sua cabeça.

─ Bom, você é tecnicamente, nasceu da sua mãe então pode ser considerada uma! ─ Você tentou de uma maneira fofa e atrapalhada explicar a pálida sobre a própria fala.

Wednesday levantou uma das sobrancelhas fingindo entender o que explicava, porém já havia entendido a alguns minutos atrás e apenas te observava falar de forma transtornada e graciosa.

─ Vamos logo, antes que Tropeço vá sem nós para a casa dos meus pais... ─ A esgrimista falou e puxou você em direção ao carro, ela entrou primeiro e logo depois você.

Tropeço fechou a porta do porta malas e a porta dos passageiros na qual você e Wednesday entraram. Em seguida foi para o banco do motorista aonde entrou e fechou a portela, ligando o carro e partindo para a residência Addams.

Você deitou sua cabeça no ombro da mais velha aproveitando que a viagem seria longa e pelos últimos meses sem descansar de forma certa, lutando com as criaturas sobrenaturais e seu monstro interior.

Wednesday estava com um livro em mão quando sentiu o peso da sua cabeça, a mulher virou para o lado e lhe observou fechar os olhos.

Rapidamente quando escutou mãozinha aumentar a música que tocava no rádio para animar Tropeço a pálida jogou uma faca na direção do amigo que se encolheu e diminuiu o volume outra vez voltando a ficar sentado.

─ Durma bem meu anjo, fique tranquila que os monstro foram embora. Agora é só você e eu para o resto de nossas vidas! ─ Susurrou Addams tranquila em seu ouvido, deixando um automático sorriso apaixonado aparecesse em seus lábios cobertos pelo batom tom escuro.

Wednesday finalmente se sentia preenchida por dentro com a sua presença na sua alma obscura, aquietada pelo seu mar de sentimentos interior.
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FIM!