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(Segunda-Feira) 13:20 PM

Nós chegamos ao estúdio de Steve,era como uma kitnet,apenas um cômodo com um banheiro,o estúdio era quase totalmente preto,lá tinha instrumentos,computadores,microfones etc...

Tinha uma pequena decoração,com fotos e objetos que pareciam ser algo sentimental pra ele.

Eu comecei a observar a decoração.
Tinha fotos dele bebê,dele com a família,e fotos dele com os amigos.
Tinham alguns brinquedos que pareciam ser muito antigos.

Era tudo muito aconchegante. Eu gostei de estar ali.

-Nossa,aqui é muito aconchegante,você deve passar a maior parte do seu tempo aqui não é?

S-Sim,eu quase moro aqui pra falar a verdade.-Ele disse desanimado.

-Nossa,você deve gostar de produzir então né?-Eu disse sorrindo inocente.

S-Também,mas na maioria das vezes é pra fugir da minha casa.

-Sério? Porquê? Não precisa falar disso se não quiser.-Eu disse num tom preocupado.

S-Tudo bem eu falo,eu realmente preciso conversar com alguém sabe?.

-Sei muito bem.

S-Meu pai morreu a pouco tempo,a 3 meses pra ser mais específico,ele faleceu de câncer no pulmão,e depois disso minha mãe mudou totalmente. Ela começou a ser extremamente rígida,e começou a me dizer coisas cruéis.-Os olhos de Steve encheram de lágrimas.-Ela me disse hoje antes de vir,que música não me levaria a nada,e que se eu vivesse de música eu iria morar na rua.-As teimosas lágrimas começaram a descer no rosto de Steve.-Meus irmãos começaram a usar drogas e quase não vivem em casa,estão dormindo nas ruas. Está tudo muito exaustivo Gabi.

Eu não disse nada,ele não precisava de palavras naquela hora. Apenas o abracei. E pelo visto ele precisava desse abraço.

Quando Steve me abraçou,suas lágrimas desceram como um cachoeira,ele chorava como uma criança.

Eu comecei a tentar acalmá-lo,porque aquilo estava parecendo uma crise de ansiedade ou pânico. Peguei um copo de água e dei a ele,depois acariciei seu rosto.

Ele fechou os olhos sentindo meu toque.

Aquilo era tão precioso.

-Tá tudo bem meu amor,você não está sozinho. Pode contar comigo para o que precisar ok?-Eu disse sorrindo de um jeito doce,mas ao mesmo tempo preocupado.

S-Não me deixa por favor.

-Eu nunca vou te deixar meu bem. Você é precioso,quem deixaria algo tão precioso como você?

Ele sorriu parecendo estar melhor.

Eu suspirei tranquila.

S-Obrigada por me ouvir Gabi,eu estava guardando isso dentro de mim à muito tempo.

-Eu não fiz o mínimo meu bem.-Eu sorri.

...

Depois disso ele pediu pizza,e enquanto a pizza não chegava,eu finalmente cantei pra ele.

S-Sua voz me acalma Bibi.-Ele disse com os olhos fechados.

-Bibi?

S-Sim, não gostou?

-Adorei.-Eu disse sorrindo.

S-Fica mais fácil pra mim.

.

A pizza chegou e nós fomos comê-la,enquanto conversávamos.

Depois que comemos continuamos conversando. Nós estávamos contando a história de nossas vidas.

S-Eu nasci aqui em Chicago mesmo,tive uma infância normal,mas em família pobre,isso não nunca me incomodou pra falar a verdade. Só tinha um porém,eu sofri bullyng a minha vida inteira por causa de meus olhinhos puxados. Falavam que eu era nerd só por isso,falavam que eu era fraco, e o clássico do pau pequeno. Eu cresci odiando minha aparência por isso,e ainda odeio né fazer o que. Eu tinha uma boa relação com meus pais e meus irmãos,até,bom... Você sabe o resto.

-MAS VOCÊ É LINDO!-Eu disse indignada.

Eu realmente o achava lindo,um dos meninos mais lindos que eu já havia visto,o único "problema" era aquele corte horrendo,mas ele já mudou. Por isso me indignei.

S-Você acha gatinha?

-É,acho.

S-Hmm bom saber... Faz tempo que você não me dá um beijinho não é?

-Ihhh começou.

S-Ahh amorzinho,hoje você não me deu nenhum beijinho.-Ele disse fazendo bico.

-Hmm,me deixe pensar.-Eu disse fazendo uma cara pensativa.

S-Não se faça de difícil boneca,eu sei que você quer me beijar,vem logo.

Ele disse me pegando no colo e me beijando. O beijo era lento,mas com extremo desejo.

Eu pedia à Deus para que ele não aprodundasse as coisas,eu realmente não queria perder a virgindade com 15 anos,ainda queria esperar um tempinho até lá.

Nos separamos por falta de ar,e ele sorriu.

S-Quer testar o chantilly no peitinho?-Ele disse sorrindo de um jeito sapeca.

-Hoje não-Eu disse rindo.

-Talvez outro dia,quem sabe.

S-Esse dia vai demorar?

-Pode ter certeza que vai.

Ele fez uma cara de decepção,mas logo depois deu risada.

S-Eu tô ficando com sono,quer dormir comigo hoje?

Nós estávamos em uma cama que havia lá,era de casal. Ele provavelmente dormia lá pra fugir da realidade que havia em casa.

-Eu também estou. Vou,mas quando der 18:00 eu vou ter que ir embora beleza?-Eu disse colocando meu celular pra despertar.

S-Ebaaa.-Ele disse comemorando com as mãos.

Aquelas mãos gigantes e cheias de veias.

Malditos hormônios.

S-Tudo bem,depois eu te levo pra casa então.

Nós nos consertamos na cama e dormimos,Steve me abraçou por trás e caiu no sono,e eu dormi logo depois.

.

18:00 PM

O despertador tocou,e eu tive que me levantar para voltar pra minha casa.

S-Tchau princesa.-Ele me beijou e foi embora.

Entrei em minha casa,subi até o meu quarto e tomei um último banho.

Eu estava exausta.

Então adormeci muito rápido.

Oie,tudo bem?Espero que sim.
Obrigada por ler,espero que tenham gostado,amo vocês.
Bjo S2

MudançasOnde histórias criam vida. Descubra agora