Lauren demonstrava dia a dia progressos na fisioterapia, já falava sem dificuldades, quase não se percebia a paralisia facial, exceto quando ela sorria. Certa vez quando almoçamos juntas no meu até então apartamento, ela me surpreendeu roubando pedaços de palmito do meu prato com a mão direita. O gesto me transportou para nossos momentos juntas, ela sempre fazia isso para me provocar, nem me dei conta que ela o fez sem dificuldades com a mão direita.
- Espera aí... Faz de novo Lo. – falei ansiosa.Ela repetiu com um sorriso largo nos lábios.
- Lauren! Seus movimentos estão ótimos... Por que você não me disse isso?Não me contive, como um reflexo pulei no seu pescoço a abraçando em comemoração ao seu progresso. Quando me dei conta do meu gesto, fui me afastando do seu corpo, sentindo a resistência dela em se afastar dos meus braços. Senti nossos rostos se encostarem no movimento da separação, Lauren já respirava acelerado e eu me controlava para não invadir sua boca tão próxima de mim. Senti uma vibração no meu corpo, não era excitação, era meu celular dentro do bolso da frente de minha calça, abruptamente me desvencilhei e atendi: Natalie.
- Oi amor, onde você está?
- Oi meu bem, eu estou... No shopping... Vim comprar umas coisinhas...
Não gostava de mentir para Natalie, mas desde que Lauren se tratava em Campinas, fiz isso repetidas vezes tentando evitar novas discussões com Natalie.
- Vai demorar por aí ainda?
- Não, já estou indo pra casa, quer jantar o que hoje?
- Ah, qualquer coisa meu amor, mas te liguei para te contar uma novidade, amanhã temos compromisso, a Universidade vai realizar uma homenagem póstuma para o papai pela pesquisa dele em botânica, e vou receber o prêmio no lugar dele em uma cerimônia.
- Ai que coisa maravilhosa minha linda... Estarei na primeira fila aplaudindo seu discurso.
Lauren observava minha conversa com Natalie, com um olhar triste, depois que desliguei o telefone, perguntou:
- Porque você mentiu para sua namorada?
- Não sei, nem eu mesma sei... Talvez pra evitar provocar os ciúmes dela.
- Não estamos fazendo nada demais.
- Eu sei, eu sei, mas preciso ir, agora tenho comprar algo no shopping pra ela não desconfiar, talvez algo pra vestir na cerimônia de amanhã.
- Cerimônia?
-É, Natalie vai representar o pai em uma homenagem póstuma da Universidade.
Saí às pressas em direção ao shopping, não comprei um vestido só pra mim, comprei também para Natalie, me sentia como aqueles maridos cafajestes que para desencargo de consciência presenteava a esposa depois de uma traição. Ela nem desconfiou e me cobriu de carinhos em retribuição.
- Amor, e sua tese do mestrado? Está escrevendo?
- Ai Natty... Travei viu, você bem que poderia me ajudar né?
- Claro que sim...
Natalie participava de tudo em minha vida, ela se sentou ao meu lado em frente ao computador, fazendo sugestões de melhor redação, sugeria bibliografias, questionava minha metodologia, e assim ia me inspirando.
- Mas me diga, além do presente que você me trouxe, o que preparou para o jantar? – Natalie me olhava como se me desafiasse, sabia que eu não tinha o menor jeito na cozinha.
- Espaguete ao molho de camarão, e de sobremesa, mousse de chocolate!
- Meu Deus com tanto talento assim você está pronta pra casar! Tenho que apressar em amarrar essa mulher... Fez tudo sozinha meu amor?
- Sim, sozinha... Eu fui sozinha até o balcão do restaurante, escolhi sozinha, paguei sozinha, e trouxe sozinha pra casa...
Gargalhamos juntas do meu feito.- Mas... Por causa disso vai desistir de se casar comigo? Ou preciso fazer um curso de culinária antes?
- Comeria todo dia pão com mortadela na padaria da esquina, mas nunca desistiria de casar com você meu amor...
- E então? Quando casamos, sou moça de família do interior, você acha que é só me levar pra casa e pronto?
Natalie sorriu, mas logo ficou séria.
- Mila, eu nunca quis tanto alguma coisa na vida como quero casar com você, mas ainda não é o momento, mas me aguarde, estou esperando algumas definições e tão logo as terei e aí você não me escapa!
Ela me beijou longamente, percebi certo mistério nessa colocação, mas logo me entreguei aos seus beijos, deixando aquele corpo perfeito possuir o meu incansavelmente.
No dia seguinte, Natalie estava de folga, ansiosa, preparava o discurso que ela faria a noite, fui trabalhar, prometendo chegar cedo para irmos juntas ao salão de atos da Universidade. No meio da tarde, saí do hospital, no estacionamento recebi um telefonema de Rosa, a técnica de enfermagem que cuidava de Lauren:
- Dra. Camila, a senhora disse que eu poderia ligar se houvesse algum problema, e...
- O que houve com Lauren, Rosa? – interrompi com a voz angustiada.
- Nada, com ela nada doutora, meu filho é que adoeceu, está no hospital, eu queria pedir a senhora pra levar Dra. Lauren pra fisioterapia, pra que eu possa ver meu filho.
- Ah... Que susto Rosa, pode ir, estou passando aí pra levá-la então.
Fiquei preocupada com o horário mas a fisioterapia não demorava, no máximo em duas horas eu estaria livre, então daria tempo para me arrumar e ir com Natalie para a cerimônia.
Ajudei Lauren a entrar no carro, sua perna direita ainda não respondia bem, na clínica, ela parecia inspirada por minha presença, as vezes sentia que ela se esforçava para se exibir para mim, estava orgulhosa por sua força de vontade, a fisioterapeuta, uma jovem morena de olhos azuis e de cabelos curtos cacheados, todo tempo estimulava Lauren com elogios a sua disposição.
A sessão durou cerca de 50 minutos, mas a fisioterapeuta, Luiza, pediu que Lauren passasse ainda por uma massagem, mesmo preocupada com o horário cedi aos apelos de Luiza, gastando mais meia hora ali. Saímos da clínica por volta das 18h, Lauren percebeu minha pressa:
- Camz, eu pego um táxi, vai se arrumar... Que horas é a cerimônia?
- Não, tudo bem, te deixo em casa, a cerimônia será apenas às 19:30h, Dona Marta está em casa ainda, né?
- Ficará comigo hoje.
Murphy estava com tudo... Peguei todos os semáforos fechados, horário de pico, ainda contei com alguns congestionamentos, gastando mais de 40 minutos no trajeto. No meu celular várias chamadas de Natalie, nem atendi para não me atrasar mais. Cheguei em casa às 19h, jogando tudo pra cima, chamando por Natalie. No balcão do bar, um bilhete de Natalie: "não sei onde você está, nem que horas chegará, não posso te esperar." Até pela escrita e pelas palavras senti a chateação justa de Natalie.
Com todo esforço para chegar a tempo na cerimônia, com o trânsito e depois de eu errar o prédio do salão de atos, só consegui chegar a tempo de ouvir o "muito obrigada" de Natalie, seguido de aplausos da plateia. Como me doeu isso... Natalie percebeu minha presença na porta do auditório, me olhou com frieza, não retribuiu meu sorriso. Esperei a conclusão da cerimônia nas fileiras de trás para não chamar atenção. Um coquetel foi servido em seguida, cumprimentei Carmem, as irmãs de Natalie e o vô Elias que cochichou ao meu ouvido:
- Ela procurou seu rosto o tempo todo na plateia, minha querida... Espero que você tenha um motivo justo para esse atraso.
Natalie fez questão de não chegar perto de mim, e eu até temia me aproximar, vi raiva, mágoa nos olhos dela, e o pior, ela tinha razão em sentir isso. Cerca de meia hora depois do início do coquetel, tomei coragem e me aproximei:
- Natty... Eu...
- Em casa conversamos, Karla.
Ela me fuzilava com o olhar, e o pior, a situação pioraria quando ela soubesse o motivo. Meu coração apertava imaginando que brigaríamos, corria o risco de perder a Natalie. Ela era compreensiva, mas eu já estava abusando dessa compreensão, sem mencionar minha confusão de sentimentos com a proximidade de Lauren em nossas vidas.
Não demorou muito, estava tensa e triste pelo tratamento de Natalie, avisei que estava indo pra casa ela respondeu que iria em seguida, chegou em casa vinte minutos depois que eu, eu a aguardava sentada na cama.
- Natty, eu te devo desculpas...
- Para Camila, você me deve bem mais do que desculpas... Eu estava evitando essa conversa para não ser injusta, nem ser acusada de egoísmo, mas hoje foi a gota d'água. Primeiro, não minta pra mim. Onde você estava e porque não atendeu minhas ligações?
- Eu... Fui levar Lauren a fisioterapia porque o filho da Rosa estava no hospital... Acabei me atrasando com o trânsito... Não atendi pra não me atrasar ainda mais, eu estava dirigindo quando você ligou.
- Camila, eu não posso acreditar que o motivo de você ter me decepcionado hoje foi Lauren. Você sabia da importância disso pra mim, relembrar meu pai, sua morte, você me disse que estaria lá na primeira fila, eu precisava olhar seu rosto na plateia e você arriscou isso pra estar com sua ex-noiva?
- Natty, eu não poderia imaginar que me atrasaria tanto...
- Camila só pra começar, você nem deveria ter ido levá-la, existem pessoas que usam cadeiras de rodas e ainda assim são independentes. Lauren já está andando com auxílio de muletas ela poderia perfeitamente ir de táxi...
- Mas Natalie, ela não tem ninguém...
- Camila, acorda! Isso já está indo longe demais! Você está mentindo pra mim, escondendo coisas, você pensa que eu não sei que você a visita todos os dias quando estou operando?
- Natalie, não é bem assim, eu não conto porque não tem importância...
- Não subestime minha inteligência, Camila, isso não é justo comigo... Você está mudada, nem na sua tese você fala mais, como posso fazer planos pra gente?
- Natalie, eu te amo, quero casar com você, quero formar uma família com você... Eu quero ficar com você pra sempre, meu amor...
- Quer mesmo, Camila? Certeza? Então o que está acontecendo entre você e a Lauren?
- Nada, estou sensibilizada com a situação dela, não sei o motivo, mas me sinto responsável por ela.
- Camila eu acho bom você prestar atenção na nossa relação, porque eu estou me cansando de entender tudo e fechar os olhos para sua sensibilização toda com Lauren.
Natalie saiu para o banheiro batendo a porta, visivelmente irritada, não me dirigiu a palavra no resto da noite. Eu não dormi, já estava acostumada a dormir com ela me envolvendo em seus braços, há mais de um ano não dormimos brigadas uma com a outra, senti um receio de estar estragando tudo entre nós. Natalie estava cheia de razão no que me disse, mas eu não conseguia ignorar a Lauren.
Era madrugada enquanto eu andava pela casa, não sei se por consciência pesada, dúvida, ou falta dos braços de Natalie em volta do meu corpo, provavelmente por todos esses motivos.
Fui até o quarto e me sentei em uma poltrona ao lado da cama, observando ela dormir, eu adorava contemplar seu semblante adormecido, dessa vez ainda fui tomada de uma angústia por tê-la magoado. Como se percebesse que alguém velava seu sono, Natalie despertou, já se notava os olhos inchados, provavelmente chorou em silêncio antes de cair no sono. A culpa me corroía por dentro!
- Ainda acordada? – com voz sonolenta Natalie indagou.
- Não consigo dormir brigada com você... – baixei os olhos, enxugando a face por onde uma lágrima descia.
- Vem cá, vem... Deita aqui comigo.
Natalie levantou o lençol, abriu seus braços, abrindo espaço pra que eu me acomodasse entre eles, me abraçando com força recostando seu queixo entre meu pescoço, e falou ao ouvido:
- Não resisto a esse jeitinho de criança dengosa que você faz quando sabe que errou.
- Não quero te perder Natty... – apertei seus braços que me envolviam.
Adormeci, agora era possível. Como não fazíamos há um tempo, passamos o sábado na chácara da família de Natalie, Carmem, sua mãe, chamou Harry também. Antes do almoço, fomos até a estufa, cenário do nosso primeiro beijo, Natalie estava carinhosa, e eu ainda mais, minha consciência continuava pesada por nossa briga na noite anterior.
- Natty, vou me afastar da Lauren.
- Não te pedi isso, só te pedi pra prestar mais atenção na gente...
- Mas será melhor assim, acho que essa reabilitação dela já pode ser feita no Rio, né? Lá ela tem mais amigos, o Christopher está mais perto...
- Mas e o neurochip?
- A gente pode agendar uma avaliação para dois meses, o que acha?
- É mais ou menos o tempo que eu pensava, mas antes tenho que repetir os exames dela, vamos fazer isso na segunda, ok?
Balancei a cabeça positivamente, enquanto Natalie me entregava uma tulipa, selando minha decisão com um beijo longo e apaixonado.
Namoramos no quarto dela, depois do almoço. Natalie me despiu lentamente, explorando cada centímetro da minha pele, eu arqueava minhas costas rendida ao calor de sua língua roçando meu corpo tomado de tesão. Em cada toque em meu corpo, eu tinha certeza que era com Natalie meu futuro, eu a amava, não podia perdê-la.
Voltamos para nossa casa, em um clima romântico, nossos olhares demonstravam nossa disposição em fazer dar certo nosso presente e nosso futuro juntas. No domingo sequer saímos de casa, passamos o dia inteiro grudadas, nos amamos em todos os cômodos da casa, no chão, na mesa da cozinha, no sofá, na cama, no banheiro...
Nem lembrei de ligar pra Lauren para saber como ela estava, estava absorta na felicidade com Natalie.
Na segunda pedi a Eliza que contatasse Lauren para uma consulta no dia seguinte. Foi um dia corrido, mal nos encontramos no almoço, Natalie operou o dia todo, entretanto não deixava de se manter presente, deixou na minha mesa um envelope vermelho junto com uma rosa, da mesma espécie que se abriu no dia de nosso primeiro beijo, no envelope um bilhete: "Jantar às 20H, não se atrase. A.V.". Uma abreviação de amo você no final do bilhete.
Apesar de morarmos juntas, embarquei no clima romântico de encontro, saí do hospital direto para o shopping, comprei um vestido vermelho, frente única, decotado, uma lingerie sensual, passei em um salão para arrumar os cabelos, passando em uma joalheria, vi um colar lindo, com um pingente em forma de rosa provavelmente de zircônio, não resisti e comprei para Natalie. A caminho do estacionamento, recebi uma ligação de Lauren.
- Ei onde está minha médica? Esqueceu de mim?
- Oi Lauren, desculpa, estava resolvendo uns assuntos pessoais.
- Não vai vir me ver? Estou com saudades...
- Amanhã você tem consulta, nos vemos lá.
- O que houve, Camz? Estou no seu apartamento, me peguei dormindo com uma aquela camiseta velha que você adorava dormir e eu odiava... Penso em você o dia todo aqui e você quer me ver só no hospital?
- Lauren não é mais meu apartamento, e de qualquer forma... Nossa relação deve ser mesmo só profissional, melhor não confundirmos as coisas...
- É isso mesmo que você quer?
- Lauren, por favor...
Não ouvi mais respostas, só o "tu tu tu", me senti mal com a conversa, e como a tratei, mas era necessário. Segui para casa, procurando fixar meus pensamentos em Natalie.
Nossa casa estava linda, Natalie me recebeu bem vestida, os cabelos presos num coque, deixando alguns cachos caindo sobre o rosto, um vestido tão curto quanto o meu, com um decote que evidenciava seus seios deliciosamente fartos, segurava duas taças de vinho.
- Pontual, meu amor, muito bem – entregou uma taça e beijou minha bochecha roçando a sua face na minha.
- Uau... Mas que mulher é essa? – desci meus olhos pelo seu corpo.
- Ela já tem dona, não adianta se empolgar.
Avancei em sua direção, largando a taça de vinho em uma mesinha disposta ao lado da porta, segurei em sua cintura e a empurrei contra a porta a beijando ardentemente, descendo minhas mãos por suas pernas macias.
- Ei... Ah... Mila... PA... PA... Para, a gente...
Não conseguiu completar, deixou a taça junto com a minha, ao sentir que minhas mãos já estavam por baixo do seu vestido, apertando seu sexo molhado, excitada pelo tremor do seu corpo junto ao meu, sentia um frio subindo pela minha espinha até meu sexo pulsar sentindo a umidade de Natalie em meus dedos que buscavam espaço puxando a sua calcinha lateralmente. Ela gozou na minha mão ali mesmo, mas meu desejo não estava satisfeito. Natalie tirou forças não sei de onde, pois suas pernas pareciam bambas, e me empurrou ofegante...
- Não foi assim que planejei nossa noite romântica, pelo menos não nessa sequência...
Sorri mordendo meu lábio inferior.
- É que você me deixa louca... E vestida assim... Nossa... é pra me matar!
Natalie me observou atentamente, não tinha dado tempo para ela apreciar meu look:
- Uau... Mas que mulher é essa? - repetiu minha exclamação.
- Ela está disponível para você... - exibi meu decote nas costas com ar sedutor.
- Ai amor, deixa eu seguir meu plano... Por favor...
Natalie puxou minha mão até a mesa perfeitamente posta, um arranjo com rosas semelhantes ao que me deixou sobre a minha mesa mais cedo, afastou a cadeira me convidando a sentar.
- Espera, antes quero te dar algo.
Peguei minha bolsa que estava no chão, e entreguei o embrulho. Natalie abriu com os olhos brilhando. Ao se deparar com o colar, abriu um largo sorriso, e beijou minha boca avidamente, mas sem pressa.
- É lindo, meu amor! Lindo, obrigada!
- Deixa eu ver como fica em você.
Coloquei o colar em volta de seu pescoço e depois beijei sua nuca para avisar que já tinha terminado.
- Deixa eu olhar.
Correu para a sala onde havia um espelho e voltou me beijando insistindo em agradecer.
- Amei minha princesa, amei!
- Vou querer recompensa depois, apesar de seu sorriso já ser quase suficiente...
- Vamos jantar, estou faminta e ansiosa pra te... Comer todinha...
Meu coração acelerou, nem fazia mais questão de jantar... Queria ser o prato principal dos desejos de Natalie.
- Preparei seu prato predileto...
- Ai duvido, o meu prato predileto é...
Natalie veio da cozinha anunciando:
- Frango ao creme de milho.
- Mas como você...
- Pedi a receita ao seu padrinho quando fomos à formatura de Sophia, estava reservando para uma ocasião especial.
- Ai Natalie, eu te amo! Casa comigo?
- É exatamente o que eu queria ouvir.
Fiz a pergunta quase num tom de brincadeira, como fazia sempre, quando ela fazia algo que me agradasse, mas Natalie respondeu séria.
- Recebi hoje a resposta do pós-doutorado em Haward, próximo ano começo, e quero que você venha comigo, como minha mulher.
Fiz menção de falar algo, mas as palavras não saíam, e Natalie continuava.
- A seleção para o mestrado está aberta, falei com meu antigo orientador, e ele quer ler seu projeto da tese, assim, você faria lá também, com minha recomendação e sua experiência na minha pesquisa, uma pode ajudar a outra e...
- É claro que eu quero, meu amor!
Foi um impulso, mas não me arrependi, eu queria estar com Natalie, não gostaria de interromper a carreira dela, muito menos a minha, unir nosso casamento ao nosso desenvolvimento profissional era mais que perfeito.
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EU SEI QUE É AMOR...
ФанфикCamila Cabello, uma jovem recém formada em medicina, chega ao Rio de Janeiro para sua tão esperada residência médica. Ela só não esperava se apaixonar por uma de suas chefes... ----- CAMREN ADAPTAÇÃO