CAPÍTULO 31: Como se fosse a primeira vez...

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Resolvi não forçar a barra e me preparei para dormi no sofá, para que ela ficasse mais a vontade no quarto. Entretanto, provoquei, vestindo uma camisola de seda decotada, curtinha, uma que a deixava doida, quem sabe eu ativasse sua memória sexual...

Ofereci para trocar os curativos do braço depois que ela molhou no banho, sentei na cama e aproveitava do nosso contato para demorar mais no roçar de nossa peles, usei de toda sedução jogando meus cabelos para o lado e sobrepondo meu corpo sobre o dela, deixava meu decote na altura de seus olhos para pegar algum material de curativo na cabeceira da cama, atrás dela. Com o rabo de olho observava sua reação, ela ficava perturbada com isso, vi que estava no caminho certo para reconquistar minha mulher.

Saí do quarto após desejar-lhe boa noite, beijando sua testa, notei o rubor de sua face, o que me deu uma satisfação incrível por constatar que Natalie não estava indiferente ao flerte entre nós.

- Mas o sofá é confortável? Essa é sua cama, não é justo você dormir sem conforto depois de todos esses dias dormindo na poltrona do hospital.

De pé na porta do quarto, continuei a jogar meus cabelos sensualmente, passava minha mão pela nuca, como se quisesse deixar subetendido o cansaço dos meus músculos pelas noites mal dormidas no hospital.

- Pelo menos no sofá me estico inteira - sorri.

- Ah Camila, é sua cama, pode dormir aqui - Natalie falou timidamente.

- É nossa cama...

Natalie ruborizou, se afastou na cama, abrindo espaço para mim. Eu me aproximei lentamente após apagar as luzes do quarto, ligando apenas o abajur do meu lado. Deixei meus cabelos espalhados pelo travesseiro afim de exalar o perfume que eu usava na nuca, passei no meu corpo durante o banho, o óleo de amêndoas doces que ela adorava, a memória dos seus sentidos ia dar seus sinais, eu tinha certeza.

Podia sentir o corpo de Natalie perto de mim, quente. Ela se mexia muito na cama, foi então que interrompi sua inquietude:

- Está com calor, Natty?

- Não... - disse baixinho.

- Está sentindo alguma dor?

- Não...

- Perdeu o sono?

- Mais ou menos.

- Tem uma coisa que faço pra você dormir, quer tentar lembrar?

Tímida, ela balançou a cabeça positivamente, aproximei meu corpo do dela, abri meus braços e disse ternamente:

- Encosta aqui sua cabeça.

Natalie chegou tímida, afastando seus cabelos para o lado, aconchegando em meu peito, a essa altura meu coração já estava acelerado, e ela podia sentir isso obviamente.

Apertei meu amor em meus braços e com uma das mãos, fazia cafuné nos seus cabelos, sentindo sua pele responder ao meu carinho. Nossos corações aceleravam o compasso juntos, sentia as pernas de Natalie se entrelaçarem nas minhas, à medida que meus braços a envolviam ainda mais, sua respiração já acompanhava a rapidez das batidas do seu coração, ela não estava imune ao nosso contato, e eu tinha que usufruir disso.

- Natty, está tudo bem?

- Sim... Tem certeza que eu dormia depois disso?

Senti uma malícia em sua pergunta, sorri divertida, e respondi:

- É dormia, mas antes disso a gente se cansava um pouco...

- Cansava?

- É Natty...

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