Capítulo 18

858 39 0
                                    

Madeline Miller.

-Irei sair hoje, vou para o CT do Flamengo, quer vir? - Arrascaeta me pergunta, ajeitando a gola de sua blusa.

-Sabe tão bem quanto eu que odeio o seu time, mas não todos os jogadores, então eu vou sim - Digo, me levantando do sofá que estava sentada esperando alguma coisa aparecer para que eu fizesse. 

-Me odeia em específico - Ele fala, se virando para me olhar.

O loiro estava com uma de suas blusas abotoadas brancas, uma bermuda que chegava um pouco acima do joelho e um tênis branco e preto para combinar com a roupa. Sim, ele estava lindo. Arrascaeta era bonito de qualquer maneira, mas sempre ele me surpreendia mais.

Eu optei por escolher uma calça moletom cinza, um cropped branco e um casaco jeans por cima apenas para ficar uma combinação legal e bonita, não estava frio e o casaco não me causaria calor, as mangas não eram coladas com meu braço, também calcei um tênis branco para combinar com a minha blusa. Gostava de calças que tinham bolsos, assim não precisava ficar carregando bolsa e tinha um lugar para guardar minhas mãos.

O homem pega a chave do carro e eu levanto uma sobrancelha, não sei se ele podia dirigir, então passo ao seu lado e puxo as chaves de sua mão, causando uma expressão de confusão no loiro.

-Desculpe gatinho, hoje eu vou dirigir - Dou uma piscadela para o jogador.

-Você tem carteira de habilitação? - Ele fala, levando as mãos ao bolso de sua bermuda. Balanço a cabeça positivamente - Certo, só não nos mate ainda.

-Relaxe, não tenho interesse em nos matar ainda - Faço um sinal com os dedos indicadores de minhas duas mãos, virando o corpo para frente e andando em seguida.

Arrascaeta me segue sem falar absolutamente nada, eu também fico calada, sem muito assunto do que conversar. Fomos até a garagem, chegando perto de sua aquisição, mas isso aconteceu há um tempo, uma BMW X6.

-Entendo o porquê queria que o João Gomes pagasse pelo arranhão neste carro- Dou uma risada em seguida.

-Espero que eu também não tenha que te cobrar por qualquer arranhão que venha aparecer enquanto você dirige - Ele fala com ironia.

Entramos no carro, fechando a porta do motorista e do passageiro, antes de colocar o cinto, me viro para o jogador e inclino o rosto em sua direção com um sorriso.

-Sou piloto de fuga, meu amor - Mais uma vez usando o apelido em tom de brincadeira, ou não.

Ele desvia o olhar para meus lábios, então eu afasto meu rosto, tínhamos que sair de casa. Com um controle automático o loiro abre o portão, me dando livre arbítrio para sair de sua casa com o seu carro.

Me acostumo rápido com os controles do seu carro, o último carro em que dirigi foi o Volvo XC90 de Pedro e isso porque fui obrigada, já que o meu amigo não estava com vontade de dirigir até onde iríamos. Finalmente poderei ver Pedro novamente, eu liguei para o moreno dias antes contado sobre todo o assunto da minha adoção e sobre Fagner ser o meu irmão.

-Tava pensando, eu e os meninos vamos sair novamente dois dias antes do jogo do Corinthians contra o Fluminense, ou seja, amanhã - Viro o carro em uma das ruas para ir ao Maracanã, seguindo por uma das rodovias - Se você tiver interesse, pode ir conosco.

-Vou pensar, a ideia de passar um tempo observando Roger se jogar para você não me agrada - Ele fala, sinto seu olhar sob mim.

-Roger não se joga exatamente pra cima de mim - E eu acabei lembrando do último momento que nós encontramos, o jogador corinthiano estava literalmente em cima de mim, mas foi porque caímos depois de um lance no futebol.

𝐎 𝐀𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨 -𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora