Capítulo 3

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Madeline Miller .

Acordo horas depois, estava tarde da noite, pego meu celular e olho o horário, eram 20:00 da noite e eu estava morrendo de fome. Tinham mensagens de Pedro que chegaram a horas atrás, provavelmente depois que Arrascaeta lhe mandou um aviso sobre eu ficar por aqui.

Pedro:
Hey, como você está?

Madeline:
Olá, me desculpe por demorar tanto para responder, estou bem melhor do que antes.

Não demora muito para que receba uma resposta de Pedro.

Pedro:
Está com insulina suficiente?

Madeline:
Não, mas vou comprar assim que amanhecer, ou talvez eu vá ainda hoje.

Pedro:
Se quiser, eu vou aí te buscar.

Madeline:
Certo, qualquer coisa eu te ligo.

Deixo o celular em cima da minha cama e saio do quarto, estava com fome, a casa estava bem vazia, provavelmente os empregados tinham ido embora ou estavam descansando em algum cômodo da casa, acredito que eles tenham os próprios quartos. A casa estava um pouco escura, exceto por uma luz que ultrapassa a brecha da porta um pouco aberta.

A curiosidade se acende em minha mente, querendo saber se tinha alguém ali e o que era o cômodo. Me aproximo lentamente da porta, empurro um pouco a porta para ver um pouco do cômodo. Sei que estava sendo curiosa e dependendo, fingiria uma amnésia.

Consigo enxergar através da brecha que abri assim que empurrei a porta, vejo Arrascaeta lendo alguns documentos que eu não faço ideia do que poderia ser, ali deveria ser o escritório do jogador. Seguro na maçaneta e puxo, acho que com força demais, fazendo um barulho soar. Droga.

Dou uma leve corridinha até a cozinha, pegando uma xícara pois tinha visto uma garrafa bem luxuosa que parecia ter café ou um chá, iria testar. Mas antes abro a geladeira, pegando um queijo estranho, mas que parecia ser bom, ou não, pego também um pão e coloco tudo na mesa, além do talheres estarem na mesa também. Tento mexer na garrafa, mas ela não libera o que seja que esteja dentro da garrafa, olho para ela atentamente, tentando entender como ela funciona. 

-Aperte o botão que tem no lado da garrafa - Uma voz soa no cômodo, sabia bem que era Arrascaeta, tinha chamado a atenção do loiro sem querer quando bati a porta.

Olho para o lado da garrafa, percebendo um botão ao lado, posiciono a xícara embaixo do lugar onde sairia o líquido e aperto o botão. Ergo o olhar para o loiro que me olhava atentamente, eu arqueio as sobrancelhas e digo:

-Vai ficar me olhando comer?

-Ninguém nunca te ensinou a não sair bisbilhotando os cômodos de uma casa que você nunca esteve na vida? - Ele pergunta, um sorriso de canto, me deixando confusa sem saber se ele estava bravo ou não.

-Do que está falando? - Pago de sonsa.

-Não precisa fingir, eu não estou bravo e sei que foi você que bateu a porta do meu escritório em uma de suas bisbilhotadas -Ele fala.

-Como tem tanta certeza? - Levo a xícara de café a boca, com o olhar erguido para observar o homem.

-Só temos eu e você aqui - Ele afirma uma coisa que eu claramente não sabia.

-Não acredita em fantasmas?

-Talvez acreditasse que tem um fantasma assombrando a minha casa se você estivesse morta - Ele diz, se aproximando da bancada e pegando um dos pães que tinha para minha refeição.

𝐎 𝐀𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨 -𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora