Capítulo 4

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Madeline Miller.

-Vai ser apenas um jantar, fique tranquila - Ele dá duas batidinhas no meu ombro, andando pelo corredor até entrar no seu quarto no fim daquele corredor.

Passo a passo vou para o meu quarto nervosa, estava a menos de duas horas para o jantar, decidi me arrumar cedo, não queria que ela chegassem e eu ainda estivesse no meu quarto me aprontando. Arrascaeta organizou tudo para que saísse tudo certo, o jantar tinha sido feito especialmente para a minha falsa sogra.

Decido usar um vestido preto que eu julgava ser muito bonito, esperava que ela também fosse gostar. Escolho um salto agulha, uma maquiagem sem muita coisa espalhafatosa, com o básico que eu gostava de usar, me olho no espelho, gostando do resultado final e ainda bem que resolvi me arrumar duas horas antes do combinado pra o jantar, pois quando eu termino, faltavam apenas 20 minutos para que ela chegasse.

Acho que quis me aperfeiçoar demais para isso, eu tinha passado grande parte do dia fora, pagando as minhas contas pendentes. Eu não queria colocar tudo a perder, o acordo foi de alguns meses, apenas para que as pessoas acredite e depois terminariamos tudo, tinha medo que a mãe de Arrascaeta descobrisse antes e ele pedisse o dinheiro que tinha me dado de volta, até mesmo o que gastei.

Também tinha me escrito novamente no curso para jornalista esportiva, era minha vontade e agora estava podendo fazer isso, um curso de alguns meses que me levaria para meu sonho. Eu sei que naquela noite, naquele tempo que estava me arrumando, estava procurando uma perfeição que não existe em mim, mas precisava fingir bem naquela noite para que a minha falsa sogra acredite.

Já tínhamos causado um burburinho inicial, as pessoas já estavam comentando sobre a foto postada por Arrascaeta, algumas já tinham gostado da combinação de pessoas, por mais que eu não fosse uma pessoa famosa. Quando saio do quarto e vou até a sala de jantar, tudo já estava pronto para receber as pessoas, a mesa estava muito chique e bonita, as comidas seriam servidas quando pedíssemos, mas os pratos, talheres, copos e taças já tinham sido colocadas.

-Tem alguma coisa que quer alterar senhora? -Uma das empregadas pergunta de um jeito delicado.

-Não precisa, está tudo perfeito - Eu digo com um sorriso.

Ela se retira da sala de jantar, me deixando sozinha apreciando a mesa que estava muito bonita, até que escuto os passos de alguém na sala, me virando subitamente e encontrado Arrascaeta me olhando de baixo para cima, eu faço o mesmo com o loiro, que estava com um terno preto, até mesmo a camisa era preta, devia dizer que ele estava lindo. Eu não iria elogiar o moreno, mas eu estava achando ele uma das setes maravilhas do mundo, estou começando a entender o porquê as mulheres piram neste homem, já tinha percebido o quanto ele é bonito até mesmo desarrumado.

-Acho que está tudo pronto - Eu falo, parando de observar tanto o jogador, que apenas balança a cabeça, como se estivesse saindo de um transe.

-Sim, tudo está ao gosto da minha mãe - Ele balança a cabeça positivamente.

Ficamos em silêncio, acho que fiquei sem jeito para agir na frente do homem, apenas estávamos parado na frente um do outro, ele me observava de cima abaixo enquanto prestava atenção no quão bonito ele estava. Até que a campainha toca, nos chamando atenção, a mesma empregada tinha falado comigo no início corre até a porta, atendendo quem quer que esteja ali.

Duas mulheres de cabelos castanhos e olhos seguindo a mesma cor entram na sala, digamos que eram bem parecidas, até mesmo o jeito que andam, nenhuma delas tinha uma aparência muito velha, não soube distinguir quem era a mãe de Arrascaeta e quem era outra, talvez uma amiga que eu não sabia que viria. O jogador logo se coloca ao meu lado, esperando que as mulheres chegassem perto de nós, os olhos de uma delas brilham, como se acabassem de ver alguma coisa que lhe trouxe um grande agrado.

𝐎 𝐀𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨 -𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora