Dias atuais...
Madeline Miller.
Foi um trabalho cansativo para assistir ao jogo do Corinthians pessoalmente na Neo Química, já que eu e Fagner estávamos no Rio de Janeiro resolvendo algumas coisas para depois pegar um avião que nos levasse direto para São Paulo. O Corinthians empatou com os Argentinos Juniors, o que não é tão bom, mas não é tão ruim.
O ideal era que o Corinthians ganhasse, assim teríamos uma vantagem maior na classificação das fases de grupo, porém com o empate, ainda temos alguma chance de se classificar para as oitavas de finais.
Olho para o meu irmão que estava ao meu lado, com uma cara de quem vai pedir alguma coisa. Os outros dois jogadores que estavam no banco de trás do carro conversavam entre si, mas param assim que eu digo:
-Ei Fagner, podemos passar em uma livraria? Gostaria de comprar mais livros, eu já li todos os livros que eu tenho.
-Pode ser, todos de acordo? - Ele pergunta para Roger Guedes e Yuri Alberto que estavam no banco de trás do carro.
-Sim - Eles dizem em uníssono.
-Quero uma indicação de livro - Roger diz - Que seja pequeno.
-Quando chegarmos lá, eu vejo qual seria o melhor agora um iniciante como você - Sorrio.
Ele também sorri, mas não diz nada, ficamos falando sobre algumas coisas aleatórias que víamos na rua, ele para em uma das livrarias que ele conhecia já que eu não conheço muita coisa aqui em São Paulo.
-Nunca tinha vindo aqui antes - Yuri comenta enquanto andamos para dentro da loja.
-Se você tivesse vindo ficaria bastante estranho - Fagner diz, olhando para o amigo.
Entramos completamente na loja, era bem grande, repleta de estantes com variações de tamanho, livros de capas distintas, autores diferentes, sagas e livros únicos. Esse era meu paraíso, um lugar silencioso onde era perfeito para pensar e escolher seus livros, até mesmo os barulhos dos carros e motos na estrada não entravam dentro da loja. Ultimamente estou preferindo ocupar a minha mente com alguma coisa, assim eu só penso no que estou fazendo, ao invés de ficar esperando algum pronunciamento de Théo, que inclusive tem apenas dois dias para pedir desculpas, ou então ficar pensando na minha adoção, ou ficar pensando na pessoa que eu mais odeio, Arrascaeta.
Nem sei o porquê minha mente insiste em se focar nele, acho que era apenas pela raiva que sinto do meu namorado falso. Roger para na frente da estante de fantasia, puxando um dos livros, "O Príncipe Cruel".
-Gosta de fantasia? - Ele dá um riso malicioso, virando o olhar para mim, franzo a sobrancelha - O que pensou, Roger Guedes?
-Não sei se você vai querer saber - Ele diz, continuando com um sorriso malicioso que dava indícios do que ele estava pensando no momento - Se seu namorado estivesse aqui e eu falasse o que acabei de pensar, provavelmente levaria um muro em meu rosto.
-Então cuide muito bem de seu rosto, meu namorado as vezes pode parecer bem ciumento - Eu digo, olhando para seus olhos que me olhavam com divertimento.
-Parecer? - Ele pergunta, levantando as sobrancelhas.
Bato os olhos em um dos livros que eu queria, era também da categoria fantasia. Roger olha para o livro que eu escolhi.
-Ele é - Eu mesma me corrijo - Arrascaeta é bem ciumento as vezes. Mas mudando todo esse assunto, você gosta de fantasia?
Troco o assunto rapidamente, porque eu nem sabia se Arrascaeta é ciumento ou não, eu não fazia ideia de como ele seria com uma pessoa que ele sente ciúmes.

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𝐎 𝐀𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨 -𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚
Fiksi PenggemarMadeline Miller é uma moça endividada, com inúmeras contas para pagar, mas seu trabalho local não estava lhe dando o dinheiro necessário para as dividas que tinha feito pela sua condição de saúde, além do seu sonho de se tornar jornalista esportiva...