03

223 32 3
                                    

– Eu tô te falando Rosie, ela estava se mordendo de ciúmes quando o Minzinho falou que foi o melhor fim de semana de todos, ela estava para morrer com o jeito do garoto.

– Lisa eu não consigo ver a graça que você vê nisso, ela vai me matar, vai me esquartejar e dar para os cachorros comerem.

Lisa e Jisoo riam contando como foi a semana com a Jennie, o Minho chorou pra ir embora com ela, o que com toda certeza deve ter feito ela me odiar ainda mais, mas tudo bem, o que importa é que agora ela sabe que eu posso passar um tempo mais longo com ele e cuidar bem dele.

Jennie tem me ligado mais vezes, a pedido do nosso filho, ele está sempre querendo falar comigo, contar algo novo ou até mesmo me mostrar um de seus desenhos, ele pediu pra passar o fim de semana comigo novamente e o que mais me chocou foi que ela concordou sem nem pestanejar. Kim matriculou o nosso pequeno em uma aula de taekwondo a pedido da Lisa, eu fiquei super empolgada ao saber que quem ficaria responsável por levar e buscar o pequeno seria eu mesma, contratei mais gente pra me ajudar na administração do escritório e tenho tirado todo tempo necessário para compensar meu pequeno.

(...)

– Jennie pelo amor de Deus fale com calma, eu não estou conseguindo te entender.

Eram 10:00 da manhã e Jennie me tirou do meio de uma reunião com os acionistas japoneses alegando ter uma emergência com nosso filho. Quando a tela do celular mostrou a foto dela eu apenas levantei deixando os homens confusos com tamanha falta de respeito, mas eu realmente não me importo com eles, não quando ela precisa de mim. Eu pedi para que minha assistente encerrasse a conversa e marcasse para outro dia, já estava chegando ao estacionamento para ir até a escola dele enquanto tentava entender o que a Jennie falava no outro lado da linha.

Ele se machucou, eu, eu não sei o que houve Rosie, por favor me diga que já está a caminho.

Ouvir ela usando meu apelido só fez meu ritmo cardíaco aumentar, as batidas estavam dolorosas, o medo de que meu garoto pudesse estar ferido misturado com a sensação de que ela precisava de mim para ajudá-la, mesmo que fosse minha obrigação de mãe, me fazia sentir uma pontinha de esperança.

– Eu já estou no carro, okay? Me diga que está indo de uber por favor. Você não está em condição de dirigir.

Jisoo está dirigindo, vá rápido, você está mais perto.

Ouvir seu choro de desespero era algo que me fazia ter tudo que precisava pra derrubar um edifício de 100 andares, saber que esse desespero era por conta de que nosso filho havia se machucado na aula de luta me fazia ter ainda mais determinação que isso, adicionando um histórico de mais de 6 sinais vermelhos e algumas multas por velocidade a minha carteira de habilitação, eu cheguei em menos de 10 minutos na escola.

– Onde ele está? Cadê meu filho?

A recepcionista levou poucos segundo para me reconhecer, meu desespero talvez tenha assustado a garota, mas sem delongas ela me conduziu até a sala de enfermaria onde pude ver meu menininho sendo distraído pela enfermeira, os olhos molhados, com alguns doces nas mãos, quando ele me viu jogou tudo pra longe e voltou a chorar.

Corri para pegá-lo e o segurei firme em meu colo, o apertei contra meu peito e com a mão esquerda fiz um carinho em seus cabelos, a enfermeira estava com um olhar calmo e com um sorriso me tranquilizou, foi só um susto, o machucado parecia ser tão pequeno que eu nem o vi.

Corri para pegá-lo e o segurei firme em meu colo, o apertei contra meu peito e com a mão esquerda fiz um carinho em seus cabelos, a enfermeira estava com um olhar calmo e com um sorriso me tranquilizou, foi só um susto, o machucado parecia ser tão...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
365 dias para amar - ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora