Eu andava de um lado para o outro dentro do meu quarto, fazia dois dias que Lalisa tinha me passado toda aquela bomba e eu não sabia como contar tudo para Jennie, eu estava com medo de ela pensar que eu estava tramando algo, por conta de tudo que aconteceu não seria algo tão inesperado por ela, já que agora depois da festa ela voltou a me odiar como nunca antes. Tenho medo de estragar tudo e ela me odiar ainda mais, jogando todo o trabalho da Lisa no lixo.
Sou tirada dos meus pensamentos pelo som irritante do meu celular que eu não faço ideia de onde ele esteja. Procurei pela cama e pelo balcão do lado da cama mas nada, tateei o chão até encontrar o aparelho que já nem tocava mais, na tela uma chamada perdida da Jennie, o contato dela ainda estava salvo como "Hubby", não consegui mudar. Retornei a chamada mas no lugar da voz da Jennie o que eu ouvi foi o choro do meu pequeno, alguns gritos de uma discussão feia no fundo e seu suspiro meloso me deixaram instantaneamente em alerta.
– Oi amor, o que houve, por que está chorando?
– Mamãe, vem me buscar, tio Jongin tá brigando com a Omma de novo. Vem logo mamãe, vamos levar a Omma pra tomar um sorvete pra ela não chorar mais.
– Meu amor, fique quietinho aí, em poucos minutos a mamãe vai estar com vocês.
Corri com a roupa do corpo, estava prestes a dormir, era passado de 23:00 pm e eu nem me importei com mais nada além de correr o mais rápido para tirar a minha família das garras daquele homem, logo entrei no carro e tomei meu rumo pelas ruas pouco movimentadas da cidade. O coração na boca e uma sensação de incapacidade tomaram conta de mim, eu deveria ter feito algo antes, deveria ter agido e esse cara era pra estar longe deles agora, eu precisava correr.
Ao chegar no condomínio o acesso foi liberado imediatamente, afinal, eu morava ali e quando me mudei continuei visitando o local esporadicamente, nos últimos meses com mais intensidade, o que me garante a facilidade de entrada. Notei que em frente a casa não tinha nenhum carro, saí do meu veículo e corri pra entrada encontrando a porta apenas encostada, abri com calma e entrei no imóvel grande.
– Jennie? Minho? Cadê vocês?
Encostei a porta atrás de mim e tudo parecia silencioso, até o pequeno surgir por entre os corredores e vir até mim como um raio, ele correu o mais forte que pode sendo seguido por Kuma que parecia tão assustado quanto ele. Segurei seu corpo contra o meu e o ergui no colo, ele já não chorava mais e isso de certo modo me deixou um pouco mais calma. Da cozinha surgiu Jennie com os olhos vermelhos e os cabelos bagunçados, ela parecia arrasada, quando me viu, seus olhos derramaram em tristeza, caminhei até ela.
– Onde ele está?
– Ele saiu.
A puxei pelo braço e ela não recusou o contato, envolvi seu corpo junto ao meu e com nosso pequeno entre nós, ela timidamente com as mãos levemente tremendo me abraçou pela cintura, se agarrando na minha camisa como sempre fazia. Eu apertei seu corpo com firmeza tentando passar segurança a ela enquanto suas costas tremiam em um choro silencioso.
– Eu tô com sono.
Minho reclamou contra meu pescoço e Jennie se separou de meus braços mas sem se distanciar e nos conduziu até o andar onde ficavam os quartos, antes de subir me atentei de travar a porta e encaminhei uma mensagem a portaria, impedindo a entrada de Jongin no condomínio. Já no quarto do meu filho eu coloquei o pequeno em sua caminha e ele realmente estava com muito sono, em poucos minutos ele adormeceu enquanto recebia meu carinho e aos cuidados dos olhos atentos de Jennie que nos observava. Após ter certeza de que ele não acordaria tão cedo, me levantei e fui até ela, estava com os olhos vermelhos ainda mas parecia bem mais calma.
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365 dias para amar - Chaennie
FanfictionAkai - Ito o fio vermelho do destino, uma antiga lenda da china que conta sobre a vida de almas gêmeas, pessoas destinadas uma a outra independente de tempo, lugar ou circunstância... Se fosse o caso, o destino deveria estar muito puto com Chaeyou...