Epílogo 2

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3 anos depois...

Protegido pela cortina que cobria a imensa parede de vidro que ladeava seu escritório, Bernado observava a cena que se desenrolava no lado Sul da propriedade, mas precisamente no Jardim de árvores frutíferas.Alice e as gêmeas dançavam em meio as flores, cada uma com uma coroa de flores naturais ornarndo a tez.Idéia da Luna, a Maria com a  personalidade mais parecida com a mãe.Enquanto a Zoe era sua xerox desde a aparência até a personalidade, a Luna era  a personificação da mãe: ponderada, concisa, meiga ... os tios a apelidaram na de o "grilo falante" da irmã, seja a consciência da dupla,
no entanto, suas filhas, a despeito das diferenças de comportamento, eram idênticas na aparência tinham uma sintonia tão forte que até uma febre,  

" - Três fadinhas em meu jardim e, são minhas."

O pensamento trouxe um sorriso ao rosto bonito.A mulher sorria para as criança, parecia ter superado  a notícia que o marido lhe dera pela manhã.Uma nova vida era gerada no seu ventre.Ela não percebera as mudanças até então, sutis, o marido atento a esposa, pediu um beta após desconfiar que as novas medidas da esposa nao eram frutos apenas de uma dieta mais farta.
Alice primeiro ficou em choque, deixando cair em seguida veio a negação.Ela não falou, más certamente o culpava pelo atual estado.Não bateu a porta.Saiu em silêncio.Ele lhe daria o espaço e tempo necessário para assimilar a informação.Iria esperar kAgora sabia que

Os últimos meses não foram exatamente fáceis, Olga após esconder por anos um linfoma morrera dormindo, uma carta deixada com a avó de Alice explicava o motivo por trás da decisão de manter a doença em segredo, e o motivo de escolher não tratar-se.O principal era não prolongar um sofrimento que só a desgastaria e retardaria o inevitável.Bernado também recebeu uma, dessa feita pelas mãos do advogado e em sigilo, as gêmeas com três anos de idade, só abririam as suas dali há 12 anos.
Bernado sentiu o golpe da perda.O último elo com sua infância partia, silenciosa, discreta como um fechar cortinas.

" Certa vez você me perguntou se eu era feliz, se não me ressentia por viver, segundo seu ponto de vista, a sombra do Joshua.E eu respondi que você, era tudo que e poderia esperar de uma família.E hoje, vê-lo feliz e realizado com sua família sinto que cumpri meu propósito de vida e a promessa feita a sua mãe.Parto em paz.Fique em paz.Nada ficou pendente."

"Nada ficou pendente."

Desde aquele dia, o assunto nunca foi mencionado.Exceto pelo Michael, más ele não permitiu.Com a morte da Olga, ele sentiu a necessidade de contar para a esposa.Dividir o fardo.Não sabia como ela reagiria, principalmente agora com uma nova gestação.

Alice ficou sem chão, Olga era a representação da figura maternal que um dia tivera.E após o nascimento das gêmeas, ela dividiu com Matilda Schneider o papel de avó das pequenas,  o que lhe trazia um certo alento, ter lhe proporcionado uma velhice

A governanta sentia o mesmo pela garota que resgatara o seu Bernado que se perdera na infância de tortura e medo e, se reencontrou ao descobrir o amor.

Nua diante do espelho do banheiro, Alice acariciava a ainda inexistente barriga.

Uma nova gestação.

Ela não percebera os sinais.

Estavam tão claros:peso, a emotividade que associou a partida da querida Olga, os enjoos matinais...
F
Agora o marido estava pensando que ela não queria, quando lhe comunicou, parecia pisar em ovos.
Fechou os olhos sentindo lágrimas quentes ganharem sua face
Sentiu a presença do Bernado quando entrou silenciosamente no recinto, e o  calor do marido ao lhe abraçar

- Não chore meu amor - as mãos grandes limparam o rosto delicado com tanta ternura , o que a fezverter mais lágrimas - Se não estiver preparada , eu estarei aqui, seja qual for a decisão que tomar.

Surpresa, Alice limpou as lágrimas, se soltando do abraço, voltou-se para o marido.

- V- você diz ...

Ele assentiu ante a pergunta não verbalizada.

- Você não quer

Ele observou ela levar as mãos a barriga.E novas lagrimas brotarem.Era o instinto materno, na gravidez das gêmeas ele presenciou esse mesmo comportamentosemp.Tão indefesa e vulnerável

Bernado se ajoelhou diante da esposa, beijou-lhe as mãos antes de afasta-la.Beijou a barriga e sussurrou:

- Oi bebé, ou bebês - riu - Aqui é o papai, espero vocês desde que foram concebidos, a mamãe é um pouco chorona, por isso espero que não chute muito.Estou em minoria aqui, você ou vocês tem duas irmãs, preciso de reforço.
Alice acariciava os cabelos louros.
Se ergueu beijando o corpo da esposa, passando pelos seios até chegar a boca da esposa a beijando com sede.A tomou no colo levando ao quarto, a depositou na cama gentilmente, deitando ao lado

- Quando você irá entender que eu quero tudo de você, com você?
Alice chorou mais forte.Bernado vinha lhe surpreendendo de tantas formas, sua generosidade,

- Então você me engavidou novamente?
Era uma pergunta retórica

Bernado se acomodou entre as pernas da mulher beijando todo o rosto amado e pairando diante da boca

- Por que você acha que são gêmeos novamente? - Alice perguntou o encarando, as bocas se tocando sem nenhum tomar a iniciativa do beijo apesar do desejo evidente.

- Por que você gosta de me dar sustos mulher! - sussurrou antes e tomar a boca para si, num beijo que expressava toda fome que sentiam, duelo de línguas e mãos que se tocavam 
Alice deslizou as mãos pelo pescoço, descendo até a frente da calça nasculina tentando abrir a braguilha:
- Você está muito vestido marido. Preciso de você agora.

Bernado a ajudou empurrando as caixas para o chão e içando o corpo dela para o seu quadril, a prencheu num só golpe.O gemido de ambos preencheu o banheiro e foi o único som ouvido, além do barulho dos corpos se chocando a cada investida, até atingirem o climax.

- Você tem o melhor de mim Alice, nunca duvide disso.

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora