Capítulo 54:"Não me sufoque!"

4K 469 37
                                    


Alice acordou sozinha na manhã seguinte, então percebeu o que lhe despertara:a ausência do calor do seu marido ogro junto ao seu corpo.Más o que a despertou totalmente foi ao virar-se e ver as horas no visor do celular, e a constatação de que tinha dormido demais a fez pular da cama.

Precisava encontrar-se com a junta de advogados responsáveis pela auditoria e o melhor local seria sua sala no prédio do Heckmann.Como era suposto estar sozinha, não se preocupou com sua nudez ao levantar e correr para o banheiro, arrependendo-se em seguida, ao esbarrar no marido de toalha, recém saído do banho.Ele a amparou, evitando que caísse, as mãos na sua cintura, ao perceber  os olhos enevoados de desejo passeando pelo corpo esguio da esposa.

- Se soubesse que estava acordada teria esperado no banho.

A voz rouca de desejo acendeu o corpo dela.As mãos dele eram fogo na sua pele.Ele baixou a cabeça na altura do pescoço, inalando seu cheiro.A boca máscula deixou um rastro de fogo pelo pescoço, clavícula e colo, más refreava o próprio desejo em beija-la e não conseguir resistir a bela sereia negra desnuda em seus braços.

- Melhor vestir algo, ou irá resfriar.

Ao ser lembrada da própria nudez, a fez se refugiar no banheiro, atingida por um constrangimento súbito, o que era um tanto quanto sem nexo uma vez que dormiu ao lado do marido sem qualquer inibição.

- Não quer ajuda?

Ele ainda provocou.

- Tchau Bernado. - Respondeu ao ligar o chuveiro, recebendo a ducha fria que tanto odiava, más que no momento se fazia necessária.

🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺

- Porque você está tão mau humorada esposa?Não dormiu bem?

Bernado se divertia com o mau humor matinal da esposa e, ainda mais porque tinha certeza que a origem de tanta rabugice era frustação sexual.Desde que entraram no veículo que os levariam a sede dos hotéis, ela se mostrava arredia e pouco sociável, ao contrário do sempre sisudo marido que parecia vender bom humor.

Ela parou de andar e se voltou para o belo espécime que a acompanhava e respondia pela alcunha de seu marido, o sorriso malicioso brincando no rosto bonito, o deixando ainda mais lindo e se perguntou como poderia estar de tão bom humor depois da sua negativa no quarto.

Resolveu ignora-lo, lhe as costas e voltou a andar.

- Não vai responder?Isso não soa muito educado vindo de uma esposa recém saída da lua de mel.

- Ande Bernado!Você quiz vir, aconselho que seja útil ou voltará da porta!

- Você não faria isso!

Ela o olhou por sobre o ombro.

- Não?

Por via das dúvidas, ele não questionou, parou de provoca-la a seguindo do estacionamento até o saguão do hotel.
Ao chegarem a mesa da recepção,Alice cumprimentou as sofisticadas e belas recepcionistas, informando que era aguardada.As três tinhão o cabelo tão louro que ofuscava de tão brilhante.Com desgosto percebeu que tanto sua irmã, quanto Joseph tinham um critério para seleção de pessoal muito rigoroso quanto a estética e um tanto quanto flexível quando a capacidade intelectual

Antes porém de receber a informação do andar desejado, Alice foi alvo de olhares maldosos de pura inveja, enquanto seu marido era despido pelos olhares luxuriosos das três belas recepcionistas.

Bernado que tinha as mãos possessivas na cintura da brasileira, parecia alheio ao fato de que era alvo do interesse feminino.Só ao ouvir a resposta ácida da esposa sorriu ao perceber que ela dispensava a ajuda da solícita funcionária.

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora