Amigos de Lisa, noite do karaokê e conversas estranhas.

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Na manhã seguinte, quando acordei, tudo o quê havia acontecido noite passada me atingiu como uma bola de beisebol. Eu não conseguia acreditar que realmente perguntei aquilo para Lisa. Me sentia perturbada com aquilo.

Eu agradeci todos os deuses possíveis quando Jisoo disse que Lisa fora a primeira a ir embora, porquê obviamente, não teria que ficar vermelha de vergonha ao encará-la pela merda que perguntei noite passada. Logo após conversar um pouco com Jisoo, também ouvi a buzina de meu pai soar na rua. Suspirei esfregando as têmporas.

Quando entrei no carro, meu pai não falou muito mais do que o necessário, me desejando bom dia e perguntando como havia sido a noite. Respondi o básico, dizendo que comemos besteira e que vimos filmes ruins na Netflix. Obviamente escondi o fato de que havíamos bebido. Meus pais eram realmente pulso firme quando se tratava de bebida alcoólica. Para ser sincera, eles eram bem pulso firme com tudo.

Depois de passar por minha mãe e desejar um bom dia fraco, esclarecendo que já havia tomado café na casa de Jisoo, fui rapidamente em direção ao meu quarto. Quase suspirei de alívio quando meu corpo entrou em contato com a cama quentinha e arrumada. Eu deveria tentar dormir um pouco agora, mas não conseguia parar de pensar em Lalisa e aquilo estava me deixando assustada.

Eu nunca havia ponderado alguma vez beijar alguma garota ou ter qualquer tipo de relação que não fosse uma amizade. Sempre me considerei hétero e nunca tive vontade de experimentar coisas novas, como diria Minnie. Mas, desde que Lisa entrou em minha vida, ela havia criado uma confusão enorme em minha cabeça e eu não gostava nada daquilo. Lisa sempre mexeu comigo, desde a primeira vez que a vi, e acho que por conta disso desenvolvi um ódio mortal por ela. Eu nunca havia a odiado, não realmente, só tinha medo da atração que eu sentia por ela.

No início, tentei ignorar de todos os jeitos, inventando que a odiava e que deveria me afastar, mas, essas últimas semanas estavam sendo como um inferno para mim. Eu estava conhecendo a verdadeira Lalisa, e estava me encantando mais ainda por ela. Isso era uma grande merda. Ontem a noite, se Miyeon não tivesse nos interrompido, sabe-se lá que merda eu teria feito. Mas ninguém podia me culpar, eu quero dizer, já viram como ela é?!

Sinceramente, acho que Lalisa tem o poder de despertar interesse até na garota mais hétero do mundo porquê, inferno, a garota era um pedaço de mal caminho. Suspirei balançando a cabeça, tentando tirar esses malditos pensamentos de mim. Eu estava tão imersa com aqueles pensamentos inúteis, que acabei pegando no sono sem me dar conta.

Quando acordei da minha soneca, notei que já eram quatro da tarde e havia algumas mensagens em meu celular. Minha mãe avisando que havia voltado às pressas para seu escritório, porquê aparentemente algum cliente precisava dela com urgência, e meu pai avisando que estaria de plantão no hospital, então constatei que estava sozinha em casa. Também olhei de relance e percebi que havia algumas mensagens no grupo das meninas. Nada realmente novo.

Mas quando rolei a tela para baixo, um nome em específico me deixou surpresa e ansiosa. Lalisa. Sério, meu coração deu um salto horrível do peito e revirei meus olhos. Que merda era aquela, afinal?

Eu queria deixar bem claro que só havia anotado o número dela porquê eu odiava ver os números no chat do grupo, me dava agonia. Era verdade.

Lalisa Manoban: tá afim de sair?

Jennie: as meninas disseram algo no grupo? Desculpe, não havia visto.

Então eu me senti mais nervosa ainda por ver o quão rápido ela visualizou. E estava digitando também.

Por Deus, eu parecia uma garota de quatorze anos esperando a mensagem de um crush.

O quê?

Lalisa Manoban: ñ... eu quis dizer só nós duas e tal

Caos, Farpas e Afins (Jenlisa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora