Introdução

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Olá, estranho! Se você está lendo isto agora é porque, a menos que eu esteja terrivelmente enganada, já parti dessa para pior, e você, estando num futuro distante – espero assim –, do momento em que escrevo estas palavras, por um acaso do destino,...

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Olá, estranho! Se você está lendo isto agora é porque, a menos que eu esteja terrivelmente enganada, já parti dessa para pior, e você, estando num futuro distante – espero assim –, do momento em que escrevo estas palavras, por um acaso do destino, deparou-se com estes escritos perdidos no lugar mais inusitado possível – onde pretendo futuramente escondê-los –, sendo subitamente dominado pela excitante perspectiva de encontrar-se cara a cara com uma importante descoberta de tal maneira que não poderia conter uma curiosidade obsessiva em passar os olhos pelas primeiras páginas empoeiradas.

Entretanto, no meu nobre senso de empatia sobre-humana, chegando ao absurdo nível de ficar desconfortável até mesmo com a mais vaga possibilidade de qualquer feito meu vir, futuramente, tornar-me responsável por qualquer grau de frustração ou decepção alheia (ainda que para com pessoas absolutamente desinteressantes com as quais eu jamais terei o desprazer de me relacionar), sou, neste momento, tomada pelo impulso de forçá-lo a frear sua leitura ao precavê-lo quanto aos relatos aqui contidos, tais quais, em suma, não são muito mais do que uma série de situações patéticas regadas a uma enxurrada de alumentos intrínsecos às experiências desta que vocês falam em seu derradeiro ano no ensino médio.

Experiências essas, diga-se de passagem, que jamais foram alcançadas pela grande massa populacional em qualquer área deste pequeno e peculiar planeta com o adjetivo "interessante".

NADA de "sexo, drogas e rock 'n' roll" (ou qualquer um que seja o estrondo que os jovens de sua época estavam ouvindo), e, principalmente, NADA de romance utópico entre garota tímida e galã popular!

Salvo esse aviso, caso ainda deseje, de todo o meu coração, concedo-lhe o meu total consentimento para que prossiga com sua leitura do modo que o faça mais infeliz . Isso mesmo, acomode-se no primeiro lugar mais confortável que você encontra e tente não pegar no sono.

Agora se, na PIOR das minhas hipóteses, você já me conhece, entrou no meu quarto, encontrou estas folhas dentro de uma pasta escondida numa gaveta e está lendo estas palavras enquanto ainda estou viva ... E você sugiro que pare imediatamente se não quiser que eu quebre todos os seus ... A quem espero confiar afinal? Fui uma pessoa intimidadora e agora que meu primeiro passo nessa direção seguir que o uso da palavra "sugiro" não é a mesma forma melhor de iniciar uma sentença ameaçadora.

Pensando melhor, estou mesmo perdendo o meu tempo nesta introdução. Qualquer sujeito que tivesse tais maiores pretende jamais chegar perto de ler tal ridículo quase ameaça tendo publicado diretamente para as páginas seguintes na busca por possivelmente meus poderes. Se a linha anterior despertou-lhe o mesmo interesse, eu afirmo, poupando o seu precioso tempo, a absoluta verdade de que o máximo que encontrar a seguir não será mais do que um pouquinho de bolor em algumas das minhas atitudes.


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AlienadaOnde histórias criam vida. Descubra agora