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JASPER

Meus lábios desciam pela sua barriga ou subiam pelas suas coxas, sempre com o mesmo objetivo, sempre com um único desejo. Nós éramos dois perdidos, deixando mais cicatrizes um no outro apenas por lazer. Mordi a parte interna da sua coxa direita enquanto meus dedos agiam dentro dela. Vi Lucille arfar de prazer e era uma tortura não poder brincar com suas emoções como costumo fazer com quem eu tenho um caso.

A imagem ficou gravada na minha memória, por mais que depois que a gente acabou, começamos a agir como se nada demais tivesse acontecido.

— Já pensou em anular seu próprio dom? Nem que fosse só por um momento?— perguntei a ela enquanto passávamos na estrada A71, subindo pelo mapa da França.

Lucille me olhou, mordendo os lábios e penteando os cabelos loiros. Ela transbordava malícia.

— Por que? Quer controlar minhas emoções?— ela acertou na mosca.

Dei de ombros, não estava afim de me entregar.

— Só uma pergunta.— digo como quem quer desconversar. Lucille sorri.

— A gente pode ir treinando, né?

Cinco dias se passaram, roubamos mais carros, mais roupas que detestávamos, invadimos mais lugares em busca de abrigo contra o sol.

Chegamos a Paris na quarta feira e o lugar estava lindo como esteve das últimas vezes que o visitei. O problema das cidades grandes era que eu não podia caçar e já estava começando a ficar com fome de novo, ao passo que Lucille continuava matando gente inocente sem o menor pudor.

— Sua resistência é uma burrice, sabia?— ela me disse, largando o corpo de uma mulher, aparentemente uma turista mulçumana, no chão do beco. Cerrei os dentes e virei o rosto para a rua pouco movimentada a essa hora da noite.

— Não estou resistindo a nada.

— Está, está sim.— Lucille sorriu para mim como se não tivesse acabado de matar alguém, como se o corpo não estivesse aos pés dela— Acha que sua vida vai acabar se você se alimentar de um humano? A existência deles é finita, Jasper, a maioria só nasce para morrer mesmo.

Eu senti a surpresa e a angústia da mulher quando Lucille cobriu a boca dela e a puxou para o beco, sugando a vida de suas veias dolorosamente. Sua frieza me deixava nauseado. Odiava isso em Lucille, odiava a forma como ela tratava essa merda como se não fosse nada demais. Tentei me enganar enquanto estava em Volterra de que não me importava mais com isso, mas eu me importo. Me importo mais do que deveria e maldito seja Carlisle por colocar essa ideia de misericórdia na minha cabeça.

FRIOS, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora