Nunca pergunte sobre Melanie

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JASPER

Eu quase sorri hoje. Quase. Me sinto forte como antigamente, e a nostalgia é boa de um jeito que meu senso moral não aprova.

Eu precisava lutar, precisava mesmo disso porque depois que entrei neste maldito castelo tudo o que passei foi raiva e desgosto e descontar isso em quem pode aguentar é a melhor parte. Não sinto a menor culpa em esmurrar e levar ao chão estes que agora tenho que considerar meus colegas de trabalho. Vai fazer dois meses que estou aqui e me parece uma eternidade a esta altura do campeonato, no entanto, ouso dizer que estou me divertindo agora depois de ter gastado tantos dias trancado em um cubículo fazendo contas e mais contas.

É bom ser o melhor. Deixei com que cada um dos que ousaram me enfrentar tivesse sua chance. Demorei com eles, examinando seus movimentos imprecisos e previsíveis. Pelo menos no meu primeiro dia aqui em cima, preferi não me exibir demais. Observei e me defendi a maior parte do tempo. Eles todos lutam como um bando de crianças... ou, corrigindo, a maioria. Penso em Lucille e no quanto ela poderia me render uma boa luta.

Gostaria de ficar cansado com ela, mas não a deixaria vencer outra vez.

Me pergunto onde ela pode estar e se subirá aqui hoje para me ver, já que gosta de me julgar como fraco, mas não me detenho no pensamento.

Depois de derrubar o último oponente, palmas lentas e debochadas ecoam pelo amplo salão branco, atraindo minha atenção. Largo o rapaz de cabelos crespos — Dexter, se não me engano — e ele deixa o tatame, irritado pela rasteira que lhe dei. Fui traiçoeiro, confesso, mas se inventar de ser justo neste lugar acabarei sem a cabeça. Literalmente.

Olho por cima do ombro e vejo Alec parar de bater palmas, sorrindo para mim e logo em seguida entrelaçando as mãos nas costas. Mesmo eu tendo ameaçado matá-lo um mês atrás, ele age como se aquilo nunca tivesse acontecido, como se pudéssemos ser amigos. Ele nunca será meu amigo, não como Edward e Emmett, mas não me importo de fingir. Parei de me importar com muita coisa, ultimamente.

Estufei o peito, e foi neste momento que eu quase sorri, porque podia ver no rosto dele que ele sabia que o poder estava subindo a minha cabeça. É viciante, aposto que é assim que os humanos se sentem quando se drogam.

— Está gostando disto, não é?— ele advinha meus pensamentos, mas eu não nego nem admito.

— Está faltando gente competente.— digo, cruzando os braços depois de arregaçar as mangas da camisa branca que parece ser o único tipo de roupa que eles oferecem para os homens aqui. Não me importo de vestir a mesma coisa quase todo dia. Sei que Alice surtaria se me visse repetindo as roupas.— Onde pode estar a única mulher que me derrotou? Uma revanche seria interessante.

FRIOS, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora