Capítulo 25

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MAD:

Quando nossos lábios estavam se roçando um no outro, uma voz desconhecida surgiu logo atrás de nós.

- Que cena mais romântica! Romeu e Julieta estão perdendo pra vocês dois. - ouvimos e nos afastamos olhando pra onde vinha a voz. Tinha um homem quase careca e de terno, nos olhando com um sorriso cínico. Castiel o encarou irritado e se pôs na minha frente, como se quisesse me proteger.

- Zacarias. - falou entre dentes.

- Olá Castiel! Vejo que anda bem ocupado se divertindo com a filha de satã. - o tal Zacarias disse com desdém e eu senti meu sangue ferver com o apelido maldoso.

- Não a chame assim. - Castiel falou em tom de aviso.

- Mas eu não estou mentindo. A propósito, como anda sua transformação Madeline? Já tem chifres e cauda de setinha? - perguntou me olhando debochado.

- Vai pro inferno! - disse com raiva. Quem esse careca pensa que é? Pensei.

- Lamento, mas a única que vai pro inferno aqui é você. - falou e deu um passo à frente.

- O que você quer Zacarias? - Castiel perguntou e pude ver sua lâmina angelical, deslizar pela manga do sobretudo até sua mão.

- Você sabe o quê. Miguel me mandou acabar com essa abominação.

- Eu disse para não chamá-la dessa maneira. - Castiel também deu um passo à frente.

- Ah por favor, não me diga que está apaixonado por essa... coisa? Isso explica o piquenique na floresta. Você já foi melhor que isso Castiel, bem melhor. Sinceramente, tenho vergonha de você, eu e seus outros irmãos também. Você virou motivo de chacota no Céu.

- Não ligo pro que eles pensam de mim.

- Olha só que rebelde! Também, convivendo com essa delinquente, não podia esperar outra coisa.

- Basta! Vá embora daqui agora. - Castiel disse friamente.

- Eu acho que não, não sem o meu troféu. A cabeça da sua namoradinha em uma bandeja de prata.

- Vai ter que me matar primeiro.

- Não seja por isso. - Zacarias falou e num rápido movimento, puxou sua lâmina angelical e avançou tentando acertar o Castiel, mas ele desviou a tempo.

- Saia daqui Madeline! - disse me empurrando com força e me jogando a uns 10 metros de onde eles estavam.

Caí rolando no meio de um monte de folhas secas, mas não me machuquei muito. Eu não podia simplesmente sair dali e deixar o Castiel lutar sozinho com aquele outro anjo, não depois de tudo o que ele me disse. Rapidamente me levantei e corri até onde eles estavam lutando. Zacarias deu um chute no Castiel, o fazendo bater contra uma árvore e depois lançou sua lâmina que cravou no tronco, ao lado da cabeça dele. Ele caminhou até o Castiel, mas o interceptei.

- Ô velhote! - chamei e quando ele se virou pra mim, lhe dei um belo soco, fazendo ele dar dois passos pra trás. - Deixa o meu anjo em paz!

- Desgraçada! Vai pagar por isso! - falou e avançou em minha direção tentando me acertar, mas desviei e lhe dei outro soco.

- Tá ficando enferrujado! - zombei, porém ele fechou a mão em punho, e eu comecei a sentir uma dor absurda, como se os meus órgãos estivessem sendo esmagados.

- AAHHGG!! - gritei me ajoelhando e cuspindo sangue, tentando me manter consciente, mas a dor era demais.

- Quem está enferrujado agora? - perguntou com graça, mas logo senti a dor parar e quando olhei, Castiel tinha o derrubado no chão e estava socando sua cara.

Sangue de AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora