Capítulo 31

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GABRIEL:

Assim que Castiel sumiu em busca de sua amada, eu já comecei minha caçada ao meu querido irmãozinho. Mas só encontrei uma caralhada de demônios espalhados por toda a cidade, então me livrei de todos que cruzaram meu caminho. O plano era o seguinte: enquanto eu distraía Lúcifer, numa luta de arcanjo do senhor contra arcanjo do inferno, os Winchester procuravam a tal Judy e o Castiel salvava a Mad.

Mas até agora o diabinho não deu as caras, e eu tenho a leve impressão de que todos estão com problemas. Então, como eu não sou bobo nem nada, estalei os dedos e algumas barrinhas de chocolate surgiram na minha mão. Eu é que não vou ficar no tédio aqui nesse terraço, esperando o rebelde sem causa do meu irmão! Pensei. Até que, ouvi um bater de asas e senti um cheiro bem forte de enxofre, e logo a princesinha das trevas apareceu na minha frente.

- Podia ter pelo menos tomado um banho! - disse torcendo o nariz, enquanto guardava as barrinhas no bolso da jaqueta e pegava minha lâmina angelical.

- E você devia parar de comer tanto doce! Vai acabar tendo diabetes! - reclamou dando um passo à frente.

- Pode parar hein! - apontei minha lâmina pra ele.

- Gabriel, você por aqui. O que foi? Cansou de brincar de trickster? - perguntou com deboche.

- Lúcifer, você é meu irmão e eu te amo. Mas você é... o rei dos malas-sem-alça!

- Disse o quê de mim? - apontou pro próprio peito.

- Olhe pra si mesmo! Ah, papai brigou comigo e eu vou quebrar os brinquedinhos dele! - disse com uma voz engraçada.

- Veja como fala. - me olhou sério.

- Banque a vítima o quanto quiser, mas não pra cima de mim! Nós sabemos a verdade, você era o favorito, mais que o Miguel e mais que eu. Só que o papai trouxe outro bebê pra casa e aí... você surtou! Então tudo isso é só um grande chilique seu! Vê se cresce. - disse o encarando, enquanto apontava a lâmina pra cara dele. É hoje que eu vou bater nesse fedelho mimado! Pensei.

BOBBY:

Depois que os rapazes saíram, eu juntei todo o material necessário pra fazer as bombas. Estava planejando espalhá-las por toda a loja, e então eu abriria a porta e ficaria com o dedo no botão, esperando esses malditos entrarem. De fato, um plano suicida, mas era por uma causa importante. Assim que posicionei a última bomba, caminhei com dificuldade até a porta e tirei a corrente de ferro. Passei o pé pela linha de sal desfazendo a ligação, mas assim que terminei, um tipo de vento surgiu e reorganizou a linha novamente.

- Devo admitir que, esse é o suicídio mais criativo que eu já vi. - uma voz surgiu atrás de mim e me virei rápido, dando de cara com ninguém mais ninguém menos que Crowley.

- Você?

- Saudades? - perguntou sorrindo com as mãos nos bolsos do sobretudo preto.

- Como entrou aqui? Está tudo lacrado com sal grosso!

- Eu sou um rei, lembra? Tenho meus truques.

- Certo! Então, veio assistir minha morte de camarote?

- Tentador, mas não. Eu vim ajudar.

- Ajudar com o quê exatamente? Uma morte mais rápida? - perguntei irônico.

- Sabe Bobby, se você não fosse tão rabugento, eu teria te levado pra jantar antes do beijo.

- Ora, vá se danar! - xinguei com raiva.

- Está vendo só? Por isso não estamos juntos!

- O que você veio fazer aqui afinal? Zombar de mim?

Sangue de AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora