Capítulo trinta e dois.

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A noite estava escura e estrelada quando Enid, em sua forma de dragão, começou a voar de volta para o ninho dos dragões. Suas escamas brancas brilhavam sob a luz fraca da lua, refletindo a serenidade que ela sentia dentro de si. Seu coração estava leve e seu sorriso era tão amplo que poderia iluminar a escuridão da noite.

Enquanto suas asas batiam suavemente contra o ar noturno, Enid mergulhava em suas memórias recentes com Wednesday. Cada toque, cada beijo, cada momento de paixão compartilhado dançava em sua mente, enchendo-a de alegria e calor. Ela se sentia viva, conectada e plena.

Enid se lembrava do toque suave dos lábios de Wednesday contra os seus, da forma como seus corpos se moviam em perfeita sintonia, buscando prazer e entrega mútua. As sensações ainda reverberavam em sua pele, e ela podia sentir a eletricidade daqueles momentos mágicos percorrendo cada escama de seu corpo de dragão.

Enquanto voava pelos céus, Enid se permitiu mergulhar mais profundamente nas memórias daquela despedida intensa. Ela revivia a sensação dos dedos de Wednesday explorando seu corpo, os suspiros e gemidos compartilhados, a conexão íntima que transcendia qualquer palavra. Era uma lembrança preciosa, um tesouro guardado em seu coração de dragão.

O vento noturno acariciava suas asas enquanto Enid se aproximava cada vez mais do ninho dos dragões. Ao avistar o imponente ninho no horizonte, Enid diminuiu a velocidade e desceu suavemente em direção ao solo. Ela aterrisou com graça e orgulho, sacudindo suas asas uma última vez antes de voltar à sua forma humana. Enid sorriu ao se lembrar das emoções vividas com Wednesday e guardou aquele sorriso em seu rosto enquanto caminhava em direção a sua caverna para dormir.

Enid caminhou em direção à sua caverna, notando o silêncio incomum que pairava sobre o ninho dos dragões naquela noite. Normalmente, o horário noturno era preenchido com fogueiras crepitantes, danças animadas e risadas ressonantes. No entanto, naquele momento, apenas o som sereno da floresta era audível, aumentando a sensação de estranheza.

Enquanto se aproximava da entrada escura de sua caverna, Enid foi surpreendida por uma chama azul que iluminava o interior. Seus olhos se arregalaram de surpresa ao perceber seu irmão, Endy, o primeiro filho de Heavenly, com suas mãos envoltas em chamas azuis e sua pele albina brilhando à luz cintilante.

Endy, o primeiro filho de Heavenly, possuía uma aparência marcante e única. Sua pele era alva, com uma palidez quase translúcida, ressaltando ainda mais seus profundos olhos azuis, que brilhavam com uma intensidade hipnótica. Seu olhar transmitia sabedoria ancestral e uma aura misteriosa.

Seus músculos eram bem definidos, mostrando sua força e poder como um verdadeiro dragão. Cada movimento fluía com graça e agilidade, revelando a harmonia entre sua forma humana e sua herança de dragão. Seu porte era imponente, emanando uma presença magnética e cativante.

O cabelo de Endy era branco como a neve, raspado nas laterais e estilizado em uma aparência ousada e moderna. Era uma expressão de sua personalidade destemida e rebelde, combinando perfeitamente com suas feições marcantes.

Suas presas eram grandes e afiadas, olhos azuis penetrantes, brilhantes, demonstrando sua natureza predatória como um autêntico dragão. Elas eram um lembrete constante de sua herança ancestral e das habilidades que possuía.

O olhar de Endy se encontrou com o de Enid, revelando uma mistura de curiosidade e seriedade em seus profundos olhos azuis.
O jovem dragão albino sorriu suavemente, sua expressão tranquila contrastando com o fogo dançante em suas mãos. Ele se levantou graciosamente e se aproximou de Enid, deixando um rastro de chamas azuis pelo caminho.

Um arrepio percorreu a espinha de Enid quando ela se deparou com Endy. Sua presença no ninho era tão rara que o silêncio noturno indicava que algo estava fora do comum.

O sangue em minhas mãos - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora