Capítulo quarenta.

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As frotas marinhas da Prússia e da Britânia navegavam em direção a Nevermore, formando um impressionante espetáculo no oceano. Quatorze navios, repletos de soldados e pessoas voluntárias que se uniram para ajudar na causa, cortavam as águas com determinação e coragem.

Nas velas dos navios, as bandeiras das duas nações tremulavam ao vento, representando a união e o propósito comum. As tripulações estavam preparadas, mantendo-se alerta e prontas para enfrentar qualquer desafio que surgisse no horizonte.

À medida que as frotas se aproximavam de Nevermore, a tensão crescia. O destino estava traçado, e todos sabiam que o confronto final estava próximo. Mas também havia esperança, a esperança de que a paz pudesse prevalecer e que um futuro melhor pudesse ser construído.

Enquanto os navios avançavam, as pessoas a bordo olhavam para as terras à frente, vendo a imponente silhueta de Nevermore surgir no horizonte. Seus corações estavam cheios de determinação e coragem, prontos para enfrentar os desafios que viriam.

À medida que as frotas marinhas da Prússia e da Britânia se aproximavam de Nevermore, um som aterrorizante ecoava pelos mares. O horizonte se enchia de fumaça negra e densa, proveniente das chamas que devoravam a ilha. Os corações dos marinheiros e soldados apertavam-se em seus peitos, enquanto seus olhos testemunhavam a destruição que se desenrolava diante deles.

Nevermore estava envolta em caos e desespero. Os dragões, furiosos e impiedosos, sobrevoavam os céus, lançando chamas e destruição por toda parte. As estruturas antes grandiosas e majestosas agora eram apenas escombros em chamas. O ar estava impregnado com o cheiro acre de fumaça e o som agonizante dos gritos daqueles que lutavam para sobreviver.

A bordo dos navios, a tripulação observava em choque a cena diante deles. O desespero tomava conta de seus corações, pois parecia uma tarefa quase impossível resgatar qualquer pessoa daquela carnificina. No entanto, a determinação em seus olhos não diminuía.

Wednesday olhou para Nevermore, os dentes cerrados de raiva. Enid estava ao seu lado, observando sua parceira com preocupação. De repente, Wednesday gritou:

-José! Mudança de planos!

José, que estava envolvido em uma discussão com um dos marinheiros sobre onde atracar, rapidamente se aproximou de Wednesday para responder ao seu chamado. Por outro lado, Enid observava Wednesday com ansiedade, incerta sobre o que ela estava pensando.

-Sim? - respondeu José prontamente.

-Se os navios atracarem, sofreremos perdas antes mesmo de chegarmos ao ninho. Talvez não haja muitas pessoas restantes em Nevermore. Aqui está o que podemos fazer: eu irei até a costa para resgatar os sobreviventes, e se os dragões seguirem os navios, Enid poderá mantê-los afastados.

-Você enlouqueceu, Wednesday?! - perguntou Enid preocupada. - E como pretende sair da ilha?

-Depois que os navios se aproximarem do ninho, você dá meia-volta em forma de dragão e nos leva embora. É nossa melhor opção - explicou Wednesday.

-Não! Eu fico com você e vou te ajudar - discordou Enid nervosa.

José suspirou, pensativo, mas acabou concordando com a cabeça.

-Wednesday tem razão, Enid. É nossa melhor chance.

Enid bateu o pé frustrada, mas Wednesday a abraçou, tentando acalmá-la, e disse:

-Não se preocupe. Temos um pacto de sangue, lembra? Não podemos ser separadas.

Enid assentiu relutantemente, seu rosto cheio de preocupação. Estavam prestes a embarcar em um plano perigoso.

O sangue em minhas mãos - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora