Notas do Autor
Aqui começa o segundo arco da história, vocês conhecerão o passado de alguns dos personagens principais na bela cidade de Divinity's Reach.
Alexian Kallamar 28 anos atrás
Sir Axel William kallamar lll caminhava sem parar no corredor em frente à porta de seu quarto. Sua esposa Lady Amanda atingia a vigésima sexta hora de trabalho de parto, suas serviçais que realizavam o parto haviam comunicado Sir Axel que seu filho se encontrava virado do lado errado do ventre e que ambos, esposa e filho corriam perigo de vida. Sir Axel teve de ser retirado à força do quarto pelas serviçais, elas explicaram que sua presença mais atrapalharia que ajudaria naquele momento, a espera por notícias era angustiante. Axel nunca foi um homem religioso, mas se viu orando aos seis Deuses humanos em busca de ajuda para sua mulher e filho. Em meio as suas orações, Axel sentiu uma presença ao seu lado, olhou em volta sem ninguém encontrar, súbito uma voz soou em seus ouvidos, sussurrando como se alguém estivesse falando ao seu lado.
- Não precisa mais orar aos Deuses Axel. Eu irei salvar sua esposa e filho. Mas sua família me deverá um favor. Pode não ser hoje ou amanhã, pode não ser você ou sua esposa, pode não ser seu filho ou netos. Mas um dia eu irei procurar alguém de sua família e irei exigir meu pagamento que deverá ser pago a mim sem questionamentos. Você compreende Axel? Aceita meus termos?
Axel acenou com a cabeça com as suas mãos tremulas, não sabia dizer se estava ouvindo um Deus ou um demônio. Mas sabia que a voz dizia a verdade. Axel conseguiu fazer uma única pergunta antes da voz silenciar.
- Como saberei que minha esposa e filho estão bem? E a voz respondeu antes de sumir.
- Quando o primeiro choro de seu filho você ouvir e a primeira perda você presenciar saberá que fiz minha parte.
- O que quer dizer com perda? Axel perguntou sem receber resposta, logo em seguida o choro de um bebê foi ouvido. Uma das serviçais abriu a porta do quarto com um sorriso no rosto permitindo seu senhor de entrar. O bebê era embalado por uma das servas, a esposa dormia após tantas horas de esforço do parto. Axel pegou seu filho dos braços da serva e olhou para ele dizendo.
- Meu querido filho Alexian que preço eu tive de pagar para tê-lo comigo junto de sua mãe?
- Quem é você e o que faz com meu filho no colo?
A voz era da esposa que despertava. Em seu rosto um olhar que dizia que ela olhava para alguém que nunca havia visto antes, Axel enfim compreendeu o que a voz dizia sobre perdas.
O espetacular Pudim 16 anos atrás
Divinity's Reach sempre foi a cidade mais famosa por seus feriados comemorativos, um destes feriados mais aguardados pela população era o King Jubilee. Todo ano centenas de pessoas participavam dos preparativos para esta data festiva, criando dúzias de outros eventos menores com o objetivo de selecionar os melhores artistas, músicos, cozinheiros e confeiteiros para o aniversário do rei. O mais querido entre estes eventos era o concurso de doces e sobremesas da primavera. Confeiteiros e lojas especializadas em doces competiam com a intenção de serem os vencedores que ganhariam o direito de preparar o bolo de aniversário do rei. Isso garantia que durante todo o ano as vendas triplicariam por causa da propaganda recebida. Este ano cinco confeiteiros disputavam o primeiro lugar, cada um com seus respectivos bolos confeitados, com apenas uma acessão. A de um garoto e seu pai que entraram na competição não com um bolo tradicional, mas com algo inovador. Um grande pudim da altura de um bolo, feito de cinco sabores diferentes com recheio interno de doce de leite e chocolate. Esta obra de arte venceu seus oponentes com facilidade ganhando o direito a participar do King Jubilee. Tal foi a fama adquirida que pai e filho acabaram sendo conhecidos como a família do espetacular pudim.
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Crônicas de Paragon
FantasyEsse romance narra a história dos membros da guilda Holy Avenger quando esses, após a conquista do guild hall encontram nas ruínas do local textos antigos, esta descoberta iniciará uma série e acontecimentos capazes de destruir não só a guilda, como...