01 - Boas notícias.

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— Boas notícias. — Meu pai anunciou, entrando em meu escritório como se ainda fosse o dono dele. O Alpha mais velho havia reduzido consideravelmente seu tempo de trabalho, pois estavam em viagem, afinal eu o mandei ir. Era para ele aproveitar a Itália, mas está aqui.

Velhos hábitos custam a morrer, especialmente quando é um bilionário que criou um vasto império corporativo do nada.

— Pai. Você se lembrou da importância de bater antes de entrar em uma sala? — Eu ofereci, deixando de lado os relatórios de conformidade que eu estava lendo antes da interrupção.

— Não. — Ele disse categoricamente. O loiro largou um tipo de arquivo na minha mesa, sorrindo da mesma forma que sempre fazia quando estava prestes a abrir um presente que ganhava de minha mãe. — Lembra-se da Hinata Hyuuga?

Bem, esse era um nome que eu não ouvia há bastante tempo. Era difícil esquecer quando eu conheci os Hyuuga a maior parte da minha vida.

 Um relacionamento de família, pais amigos, desses relacionamentos era mais tumultuado do que os outros, e sempre que pensava em Neji, o garoto tímido e meio desajeitado que sempre comia sozinho e sentava no fundo da classe.

— Sim. — Eu disse, limpando minha garganta quando percebi que meu pai estava me olhando daquele jeito. Aquele que toda a minha família estava me dando desde o meu primeiro heat.  — Eles são parceiros da empresa, vendem eletrônicos para fora do país, por muito tempo foram inimigos da mamãe. 

— Não mais. — Disse ele com orgulho.

— O que aconteceu? Eles vão à falência ou algo assim? Ou simplesmente a dona Kushina morreu para parar com o ódio do velho Hyuuga? — Eu perguntei, abrindo o envelope que ele jogou na minha mesa, começando a ler o conteúdo, eu senti tudo parar e o ar escapar de meus pulmões ao ler tudo.

Contrato de casamento:

Eu, Minato Uzumaki, concordo e assino esse contrato dando a mão de meu filho Naruto Uzumaki, um Alpha lúpus a Hinata Hyuuga.

Eu, Hiashi Hyuuga assino esse contrato, dando a mão de minha filha Hinata Hyuuga, uma ômega a Naruto Uzumaki.

Sinto um suor frio escorrendo sobre minha testa, eu dei uns dias de férias pro meu pai e é assim que ele me retribui?!

Com um contrato de casamento?

O olhei fuzilando, o mais velho estava com um sorriso de orelha a orelha como se tivesse acabado de me dar um dos melhores presentes.

— Eu não vou me casar com a Hinata Hyuuga! — Afirmo me levanto da minha cadeira sentindo uma raiva descomunal, eu nunca havia chegado a confrontar meu pai em suas escolhas, mas dessa vez ele passou demais de seu limite!

— Isso não é uma escolha Naruto. Não pode viver pra sempre nessa putaria, você deve se casar, é tradicional da família e você já está passando seu cio com a Hyuuga a dois anos, quando pretendia assumi-la?

Ele estava com uma expressão de desprezo em seu rosto seguido de um rosnado, eu odiava quando meu pai me olhava assim.

— Eu não quero me casar.Eu não posso me casar! — Afirmo batendo na mesa, deixando minha presença escapar propositalmente.

— Me dê um bom motivo para não poder me casar. Você é um uzumaki, deveria aprender a assumir suas respon…

— EU JÁ TENHO UM ÔMEGA! — Rosno alto cortando sua fala, vendo seus olhos se arregalarem.

[...]

Acompanhei o passo rápido de Shikamaru, recusando-me a deixar que minha mente se preocupasse com as possibilidades. 

Mantive a cabeça erguida, meu desprezo por aqueles ao meu redor nítido em meu rosto. Na verdade, não era fingimento, pois odiava praticamente todo mundo ali, dos cortesãos e criados dos Hyuuga até os senhores bretões menores sem força moral, que não mostraram resistência quando ele tomou o castelo de sua duquesa para si mesmo.

 Lacaios covardes e bajuladores, todos eles. O Nara fez uma pausa pouco antes de entrar no grande salão, esperou que um pequeno grupo de vassalos passasse, e então os seguiu para dentro, minimizando as chances de que nossa entrada fosse percebida.

Dentro do salão, criados silenciosos corriam de um lado para outro, carregando jarros de vinho, atiçando o fogo, tentando antecipar todas as necessidades antes que pudessem ser repreendidos ou castigados por não atendê-las com rapidez suficiente. 

Havia pequenos grupos de pessoas espalhados por todo o salão conversando furtivamente entre si. Sem dúvida, já haviam sido informados de que o contrato de Hiashi com meu pai.

A única pessoa no salão que não tinha o bom senso de se envolver em cautela era o idiota do Kiba. 

— Onde está Hinata Hyuuga? — Perguntei em um tom sério usando minha voz de Alpha, fazendo todos ali se tremerem de menos Shikamaru que já estava acostumado.

— Estou aqui Naru~ 

Um rosnado escapou de meus lábios e ecoou por todo salão silencioso, eu me virei para dar de cara com a ômega peituda que não usava quase nenhuma roupa.

— Pra você é Kurama. — Eu vi ela se encolher e um gemido choroso escapar dos lábios pintados de vermelho, apenas me deu nojo. — Que porra de contrato é aquele?! Faça seu pai terminar com aquilo Hinata!

— NÃO! — O grito dela fez meus ouvidos quase sangrarem, eu olhei para ela e a mesma estava com os olhos lacrimejando.

— Não? 

— Não! E-eu fiz meu pai começar com esse acordo! Eu fiz ele perturbar o relâmpago amarelo atrás deste contrato, e como você está na época de arrumar um casamento e só vive na balada, seu pai aceitou rapidamente!

Eu rosnei em desgosto e raiva e ao ver um brilho vermelho refletindo nos olhos perolados, eu percebi que meu lobo estava querendo assumir o controle.

Antes que algo pior pudesse acontecer, que minha vontade era literalmente avançar e rasgar a cara daquela puta, eu senti Shikamaru me puxar para trás e segurou minha nuca com força.

— Shikamaru! Me larga.

Calado Kurama, você não está bem e se matá-la agora na frente destes criados seu nome e sua influência vai cair na lama, querendo ou não essa vadia é importante.

Rosnei em resposta sentindo meu sangue fervendo. Eu odiava quando aquele Alpha estava certo, e o pior é que isso acontecia frequentemente… Shikamaru eu confiava minha vida de olhos fechados e deixava a empresa nas mãos dele sem me preocupar.

— Vamos embora Kurama. — Ele falou soltando minha nuca e uma última vez eu olhei para a Hyuuga que tinha um sorriso vitorioso, eu iria arrancar esse sorrisinho da cara dela, de um jeito ou de outro.

Eu soltei um rosnado e saí do local, seguindo Shikamaru, o Alpha que a todo momento me olhava para ter certeza que eu não iria avançar na Hyuuga.

My Omega By Rent - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora