10 - Abra a porta!

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Sasuke está sentado no tapete da sua pequena e humilde sala, em uma posição relaxada, enquanto concentra-se em escrever as regras em sua agendinha Totalmente determinado ao criar essas diretrizes.

"Sério que vai colocar a questão dele não conviver com você?" Chidori perguntou.

"Vou!"

Ele terminava a lista de regras. Dez delas eram dedicadas exclusivamente a manter Naruto à distância, proibindo qualquer toque sem permissão. As outras dez tratavam de um tema igualmente essencial: comida e roupas. O alfa teria a responsabilidade de satisfazer todos os seus desejos, comprando tudo o que ele quisesse, sem jamais permitir que Sasuke colocasse a mão no bolso.

Estava profundamente concentrado. Ao finalizar as últimas dez, um sorriso de orgulho surgiu em seus lábios. Essas últimas diretrizes eram as mais importantes: tratavam da proteção que julgava imprescindível. Nenhum membro esquisito que o loiro conhecia deveria se aproximar de si.

Orgulhoso de si mesmo, ele fechou a pequena agenda com um gesto cuidadoso, o som suave das páginas se comprimindo uma contra a outra ecoando levemente pela sala. Com um suspiro satisfeito, deixou o caderno sobre a mesinha de centro.

— Acabei — disse ele em voz alta, dirigindo-se ao Chidori.

O lobo respondeu com uma voz calma e envolvente, como um ronronar satisfeito.

"Você fez um bom trabalho. Estou impressionado".

Antes que ele pudesse saborear o elogio, o momento foi interrompido por uma batida firme na porta. O som abrupto quebrou o silêncio aconchegante do ambiente, trazendo consigo uma súbita tensão. Ele ergueu os olhos, olhando de onde via os barulhos.

Curioso e levemente perplexo, Sasuke se levantou e caminhou em direção à porta. Pensando em quem seria essa hora, seria Itachi?

Ao abrir a porta, o moreno se surpreende ao ver quem menos esperava. Fugaku.

O ômega congelou no lugar, os olhos se arregalando em um misto de incredulidade e temor ao encarar seu pai à sua frente. Por um instante, o mundo pareceu parar junto com ele, cada fibra do seu ser paralisada pela incerteza.

Ele sabia que qualquer movimento, por mais ínfimo que fosse, poderia desencadear uma reação do outro, e o medo o mantinha imóvel, suspenso entre a vontade de agir e o terror das consequências. Com Fugaku na porta, uma onda de angústia e ansiedade tomou conta dele, junto ao medo. Seu coração dispara, como se estivesse preso em um ciclo incessante de medo e preocupação.

As lembranças das interações passadas com aquele monstro afloram em sua mente, trazendo à tona sentimentos de inadequação e de não ser bom o suficiente. Os pensamentos negativos preenchem sua mente, questionando sua própria existência e valor.

Sasuke se sente aprisionado por essa angústia, dominado pela pressão de seu pai. Na situação de perigo iminente, a única coisa que o ômega pensa é algo óbvio.

"Preciso me proteger" Ele pensou, saindo do transe, seus pés se movem com agilidade e destreza, percorrendo o caminho até a cozinha em poucos segundos, sentindo o coração bater mais rápido quando escuta Fugaku correndo atrás de si. Ao chegar na cozinha, ele direciona seu olhar às gavetas e armários, em busca da arma necessária para se proteger. Seus olhos rastreiam com urgência as facas disponíveis.

Com um gesto rápido, Sasuke agarra a faca - uma grande, com cabo branco, tal que tinha ganhado de um colega açougueiro - escolhida em suas mãos.

Medo, uma emoção poderosa e avassaladora, rapidamente envolve o peito do Uchiha. Uma sensação opressora que começa como um pequeno desconforto e logo se expande, tomando conta de seu coração e mente.

My Omega By Rent - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora