𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑺𝒐𝒍𝒅𝒊𝒆𝒓𝒔

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𝙴𝚕𝚕𝚒𝚎

Soldados perfeitos Cap: 24

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Soldados perfeitos
Cap: 24

— Eu Estou Pronta.

Entro na sala, armada não com uma pistola ou uma faca, mas com o plano que bolei ontem, à noite inteira. Quatro e Eric disseram que o terceiro estágio requer preparação mental, ou seja, a criação de estratégias para superar nossos medos.

Eu gostaria de saber em que ordem os medos virão, os cabos descem e se ligam a mim furando minha pele me dando aquela sensação de flutuar outra vez. Então só espero que o primeiro apareça.

Já estou sem fôlego.

O chão desaparece sobre os meus pés e automaticamente eu ergo as mãos pra segurar em algo no mesmo segundo. Agarro as grades com força de olhos arregalados com meu coração disparado ao ouvir as ondas se quebrando nas rochas lá em baixo.

— Não... — Resmungo olhando pra baixo e vejo um corpo boiando em meio às ondas violentas. Forço a visão pra ver de quem se trata enquanto seguro mais forte ainda. Quando outra onda se quebra nas rochas fazendo uma neblina subir, o corpo se vira revelando Al. — NÃO...

As lágrimas começam a tomar conta do meu rosto e eu desvio o olhar quando seus olhos ficam fixos nos meus e ele sibila um "A culpa é sua!"

Olho pra cima outra vez e Eric está ajoelhado sobre a grade com seu joelho encostado sobre o peito. Seus olhos ficam fixos nos meus.

— Peça ajuda Careta... Não seja estúpida. — Disse ele e eu balanço a cabeça em negação.

— Me ajude Eric... Por favor... Não me deixe cair... — Imploro e ele agarra minha meu antebraço com força. Eu solto da grade e seguro nele com as duas mãos tentando ajudá-lo a me subir.

Um sorriso maldoso surge nos seus lábios me assustando. E eu sinto como se um cobertor de neve embalasse meu coração e minhas entranhas.

Isso te torna ainda mais patética...

Ele abre sua mão me soltando e eu grito alto enquanto caio no abismo. Afundo na água e olho em volta, vejo Al nadando em minha direção, fazendo menção de me pegar, com bolhas de ar saindo de sua boca enquanto ele grita meu nome de forma horrenda e eu começo a nadar pra baixo com desespero, cada vez mais fundo.

Então a água desaparece e eu estou de joelhos no meu colchão, quase caída de tanta dor, na minha casa na Abnegação. Sinto a chicotada nas minhas costas e eu choro alto, mas não grito por ajuda.

Ele vai chicoteando por minutos que me parecem horas e a cada segundo meu medo vira raiva...

Quando meu pai para e vai até a cozinha buscar sal pra colocar em minhas feridas, eu me arrasto até o chicote improvisado que ele deixou caído no chão. Me arrasto pro canto da outra parede ao lado da porta e quando ele entra novamente, está de costas pra mim, procurando sinal do meu paradeiro.

𝕀𝕟𝕕𝕠𝕞𝕒́𝕧𝕖𝕚𝕤 (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora