𝑾𝒆'𝒓𝒆 𝑭𝒐𝒄𝒌𝒆𝒅

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𝙴𝚕𝚕𝚒𝚎

Estamos ferradosCap:33

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Estamos ferrados
Cap:33

Eles não saíram de perto de mim até o efeito passar. O efeito do soro passa cinco horas depois, quando o sol está se pondo. Eles me mantiveram trancada em meu quarto durante todo o dia, fazendo visitas de hora em hora para ver como eu estava. Dessa vez, quando a porta se abre, Eric entra, estou sentada na cama encarando a parede furiosamente.

— Graças a Deus — disse ele, encostando a testa na porta com a sombra de um sorriso aliviado ao virar alvo do meu olhar mortal. — Estava começando a acreditar que o efeito nunca passaria e que eu seria obrigado a deixar você aqui… Cheirando flores, vomitando arco-íris ou seja lá o que você ia querer fazer sob o efeito dessa coisa.

— Eu vou matá-los. Eu vou matá-los.

– Não precisa meu anjo. Vamos embora em dois dias. – Ele fecha a porta e retira o disco rígido do bolso. – Pensei em esconder isso atrás da sua cômoda.

Tris deu a idéia de nunca deixar o disco rígido com uma só pessoa em um só lugar.

– É exatamente onde estava, Eric.

– Eu sei. Por isso mesmo o Peter não vai procurar lá de novo.

Engulo seco olhando pra cômoda, lembrando da forma que eu estava entre ela e Peter.

Tobias entra derrepente e Eric afasta a cômoda da parede com uma das mãos e enfia o disco rígido atrás dela com a outra.

— Finalmente! — Disse ele e Tris apertou os lábios em um sorriso.

– Por que será que não consegui combater o soro da paz? Se o meu cérebro é estranho o bastante para resistir ao soro da simulação, por que não resistiu também a este?

– Para ser sincero, não sei. – Eric desaba ao meu lado na cama, empurrando o colchão. Tobias se senta no sofá e Tris entra no quarto se sentando ao seu lado.

– Talvez, para resistir ao efeito de um soro, você precise realmente querer. — Tris diz dando de ombros.

– Mas é claro que eu queria – digo, frustrada, mas sem muita convicção.

Será que eu realmente queria? Ou será que foi agradável esquecer a raiva, a dor, esquecer tudo por algumas horas?

– Às vezes – diz Eric, deslizando os braços ao redor dos meus ombros –, as pessoas só querem ser felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.

Ele tem razão. Mesmo agora, esta paz entre nós vem de não falarmos sobre as coisas, sobre Will, sobre os amigos que matei na sede da Audácia, sobre eu ter cogitado atirar nele ou sobre desejar a morte do nosso pai. Mas não ouso interromper este momento com a verdade, porque estou ocupada demais me apoiando neles.

𝕀𝕟𝕕𝕠𝕞𝕒́𝕧𝕖𝕚𝕤 (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora