𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒔𝒕𝒚𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒂𝒖𝒅𝒂𝒄𝒊𝒕𝒚 𝑷𝑻2

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𝙴𝚕𝚕𝚒𝚎

No estilo da audácia Parte 2
Cap:14

Os membros da Audácia comemoram, levantando os punhos no ar, e formam uma fila, ocasionalmente empurrando uns aos outros para conseguir um lugar melhor.

Não sei como, mas acabo sendo a primeira entre os iniciandos da fila, logo à frente de Uriah. Apenas sete pessoas se encontram entre mim e o cabo. Tris está logo atrás de mim.

Mesmo assim, algo dentro de mim reclama: ainda preciso esperar sete pessoas? É uma mistura estranha de terror e ansiedade, que eu nunca havia sentido até agora.

O próximo membro, um rapaz de aparência jovem e cabelo comprido até os ombros, prende-se ao arnês de costas, e não de barriga para baixo. Ele estica bem os braços à medida que Zeke o empurra pelo cabo de aço.

Nenhum dos membros demonstra qualquer sinal de medo. Eles agem como se já tivessem feito isso milhares de vezes, e talvez realmente tenham. Mas, quando olho para trás, vejo que a maioria dos iniciandos parece pálida e preocupada, mesmo conversando animadamente.

O que acontece entre a iniciação e o momento de se tornar um membro da facção que faz com que o pânico se transforme em diversão? Ou será que as pessoas simplesmente aprendem a esconder melhor seus medos?

Três pessoas na minha frente. Outro arnês; o membro entra com os pés primeiro e cruza os braços sobre o seu peito. Duas pessoas. Um rapaz alto e largo pula feito uma criança antes de prender-se no arnês e solta um grito agudo ao desaparecer no ar, fazendo a garota na minha frente rir. Uma pessoa.

Ela se prende ao arnês com a cabeça para a frente e mantém as mãos esticadas enquanto Zeke aperta as cintas.

Depois, é minha vez.

— Se você morrer aqui, eu vou dizer o que pro seu irmão hein? Que você se jogou de um prédio a trezentos metros de altura, ou que a gente saiu da Audácia sem supervisão? — Tris se diverte com minha ansiedade.

— Diga que a última coisa que a última coisa que fiz, foi gritar até perder a voz... Depois põe a culpa no Zake!

Digo mais alto e o moreno me olha lambendo os lábios pra conter um sorriso. Meu corpo estremece à medida que Zeke prende meu arnês no cabo. Tento colocá-lo em volta do meu corpo, mas tenho dificuldade; minhas mãos estão tremendo demais.

— Não se preocupe garotinha. — disse Zeke, próximo ao meu ouvido de forma intencional. Ele segura o meu braço e me ajuda a me preparar, me prendendo de barriga para baixo. — Você vai gostar muito disso...

Zeke aperta as cintas no meio do meu corpo e me empurra para a frente, até a beirada do telhado. Olho para baixo, para as vigas de aço e as janelas escuras do edifício, até a calçada rachada. Sou uma idiota por fazer isso. E uma idiota por gostar de sentir meu coração batendo contra minha caixa torácica e o suor se acumulando nas linhas das minhas mãos.

— Está pronta, gata? — Zeke sorri de maneira jocosa para mim, algo me diz que ele está me desafiando por tabela. — Devo admitir que estou impressionado por você não estar gritando e chorando.

— Ainda se surpreende comigo? — Pergunto olhando nos seus olhos. Seu sorriso ladineo me faz olhar para os seus dentes brancos.

— Eu falei — Uriah diz rindo fazendo eu desviar o olhar de Zeke. — Ela é 100% Audácia. Agora, vamos logo com isso Zake. Deixa pra flertar com ela lá em baixo, estamos com pressa aqui.

𝕀𝕟𝕕𝕠𝕞𝕒́𝕧𝕖𝕚𝕤 (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora